I
-Bom dia. –Disse uma jovem
entrando na sala da rainha. –Quem diria que um dia você iria precisar de meus
serviços. –Disse ela.
-Rainha Elizabeth. –Falou um oficial real. –A senhora
sabe quem é ela, não posso acreditar que a senhora irá pedir a sua ajuda...
A rainha ergueu sua mão para que aquele homem parasse de
falar.
-Então Liza, o que me traz aqui? –Perguntou ela.
-Preciso de sua ajuda senhorita Swan.
-Claro que precisa, isso é obvio, caso contrário não
estaria aqui sem antes ter matado alguns soldados.
Elizabeth respirou fundo perante a pertinência da jovem e
disse.
-Um garoto que estava sobre os meus cuidados, foi
sequestrado há dois dias e quero que você encontre quem fez isso, então me diga
qual o seu preço.
-Primeiro me diga o que o garoto representa para você, aí
eu te digo o que eu quero.
Elizabeth levantou-se e começou a caminhar por sua sala.
-Ele era o filho de uma amiga minha, ela morreu em
um acidente há algum tempo, e ele é tudo o que me restou dela, por isso pedi que
a chamasse, sei que você é a melhor e não me importa o seu preço, estou disposta a pagar.
A garota a encarou
antes de respondê-la.
-Entendo e aceito o caso.
-E o preço? Quanto você quer?
-Acho que o quanto não é a questão e sim o quê? Eu quero
apenas que você fique me devendo um favor, apenas isso.
-Ótimo então.
-Majestade. –Falou o oficial. –A senhora não pode
aceitar, ela é membra da Cúpula, é perigoso demais, a senhora não sabe o que de
fato ela vai querer.
-Não se intrometa. –Disse a rainha o fuzilando com os
olhos. –Eu darei o reino se for preciso, eu prometi que cuidaria do garoto e é
isso que irei fazer.
Swan deu um leve sorriso ao ouvir o que a rainha havia
acabado de falar.
-Trato fechado então? –Perguntou a garota.
-Sim, você tem a minha palavra. –Respondeu a rainha
regente.
-Ótimo. –Disse a garota se retirando, mas antes que
pudesse cruzar a porta ela se virou e disse. –Majestade, espero que quando eu
lhe cobrar o favor você não o recuse, seria uma pena arrancar sua cabeça fora. –Finalizou
ela com um sorriso no rosto batendo a porta em seguida.
-Majestade, a senhora sabe as consequências de vossos
atos?
-Sim, claro que sim, mas foi necessário.
II
Natallie Swan é uma bela jovem de altura razoável,
cabelos longos e ondulados de uma coloração castanha, seus olhos eram verdes
com certo tom dourado e sua pele clara. Ela estava antando até o quarto onde
ficava o garoto sequestrado encontrando uma das copeiras reais.
-Senhorita. –Falou ela.
-Prazer, meu nome é Natallie e fui encarregada do caso
pela rainha, a senhora poderia abrir a porta por gentileza.
A velha senhora abriu a porta e entrou no quarto seguindo
a jovem.
-Não sei o que você vai procurar, mas esse quarto já foi
revirado várias vezes pela polícia à procura de pistas...
-Qual era mesmo o nome do garoto? –Perguntou a jovem a
interrompendo.
-Miguel. –Respondeu a criada. –Creio que aqui tenha uma
foto dele. –Falou ela abrindo uma das gavetas do criado mudo que estava perto
da cama e entregando a senhorita Swan.
Miguel aparentava
ter uns quatorze anos de idade, tinha uma pele clara e cabelos escuros, seus
olhos eram negros dando certa valorização a sua pele, ao olhar a foto, Natallie
a entregou de volta a velha senhora e pediu para que ela a deixa-se sozinha no
quarto.
Swan começou a vasculha o quarto do garoto a procura de
qualquer coisa deixada para traz, e após certo tempo revirando o quarto ela
encontrou um pequeno bilhete e depois de lê-lo ela o enfiou no bolço e saiu do
quarto dando de cara com um rapaz, alto, e belo, de olhos escuros e cabelos
castanhos, ele usava óculos e usava um uniforme escolar.
-Senhorita? –Perguntou ele.
-Porra, ninguém sabe meu nome nessa bagaça?
O jovem começou a rir diante da falta de educação da
moça.
-Acho que começamos errados. –Disse ele. –Prazer, meu
nome é Filip, e a senhorita?
-Natallie, Natallie Swan. –Disse ela forçando um sorriso
ignorando o comprimento que o jovem fez com a mão.
-Você precisa de ajuda?- Perguntou ele sem jeito.
-Talvez, eu sou a responsável por encontrar o jovem
Miguel, conhece?
-Você é a responsável? –Disse ele confuso. –Bom, ele é
meu irmão, acho que o conheço.
-Ótimo. Isso facilita meu trabalho. Vamos. –Disse ela
segurando seu braço e o puxando para o quarto do garoto desaparecido o
empurrando sobre a cama. –Fale-me sobre o garoto, sobre o caráter de seu irmão.
–Disse ela por fim cruzando os braços e encarando o garoto.
-Bom... –Disse Filip tentando formular seus pensamentos.
–Ele sempre foi uma criança um tanto que conturbada, sempre se metia em
problemas, creio que ele sempre estava encrencado para chamar a atenção de
nossa mãe, de certa forma ele também se achava muito carente.
-Por quê?
-Bem, porque nosso pai morreu pouco tempo depois que ele nasceu.
Mamãe sempre estava trabalhando e eu sempre fiquei com a cara enfiada em algum
livro, creio que ele de certa forma se sentia sozinho.
-Ele não tenha nenhum amigo?
-Alguns colegas de escola, mas não é a mesma coisa de não
ter um pai ou uma mãe presente em sua vida.
-Você culpa seus pais pela malcriação de seu irmão?
–Perguntou a jovem oficial.
-De certa forma sim, mas também me culpo, pois também
nunca dei muita bola pra ele.
Natallie passou um bom tempo encarando o jovem, fazendo-lhe
de certa forma corar.
-Você é bem bonito disse ela por fim. –Suas palavras
atingiram um garoto com uma intensidade que sua pele clara mais parecia um
pimentão.
Natallie riu da cara do garoto e disse.
-Relaxa, eu não vou te estuprar ou coisa do tipo, ainda.
–Falou a última palavra em um tom de sussurro. –mas antes disso vou querer sua
ajuda no caso.
-M-mas c-como v-você sabe que não f-fui eu que fiz tais
coisas. –Falou Filip gaguejando ainda vermelho pelo o que a jovem Swan havia
acabado de falar.
-Seu tom de voz ao se culpar pela a formação do mau
caráter de seu irmão e pela sua reação quando mencionei que você é gato, você
não é o tipo de pessoa que sequestraria alguém, você é tímido e inocente,
provavelmente ainda é vigem, a única explicação para tal ato, seria se você
tivesse uma dupla personalidade, coisa que aposto que você não tem. –Ela olhou
para o relógio e disse. –Já está um pouco tarde, você já deveria está na
escola, mas como eu disse que você vai me ajudar no caso, que tal irmos tomar
café em uma cafeteria, eu deixo você pagar. –Finalizou ela com um sorriso e
segurando na mão do garoto o fazendo segui-la.
III
-E então, qual a relação de sua família com a rainha,
pois pelo que percebi, ela gosta muito de você e de seu irmão, afinal de contas
ela contratou a mim, e eu acho se o filho ou o neto dela estivesse no lugar de
seu irmão, ela acionaria a polícia britânica e não a mim. –Disse a garota tomando
um gole de seu café.
-Bom, a rainha devia um favor a minha mãe, não sei
exatamente o porquê, ela nunca tocou no assunto comigo.
-Compreendo. –Falou a jovem. –Qual foi mesmo a única
pessoa que viu seu irmão no quarto.
-Até onde eu saiba, fui eu. –Respondeu ele.
“Esse caso está complicado e chato.” Pensou Miss Swan.
-E você? –Falou Filip.
-Eu o quê?
-Fale-me sobre você.
-Não!
-Por quê?
-Três motivos, primeiro isso não vem ao caso, segundo
isso não é um encontro e terceiro, não é de sua conta.
-Bom. –Disse o garoto em sua defesa. –Pelo o que percebi
seria mais fácil lhe dá com toda a frota de soldados britânicos do que com
você, eu soube, e quando eu digo soube, eu ouvi Nicolas, conversando um pouco
alto sobre seu preço, e pelo que percebi não seria em dinheiro. Por quê?
-Eu aprendi desde cedo que tudo na vida vem seguido de um
preço e que cada ação gera uma reação, meu preço é apenas equivalente ao pedido
que Elizabeth me fez.
-E por que eles têm tanto medo de
você?
-Creio que isso não lhe diz
respeito. –Falou de modo ríspido. –Mas se você realmente quer saber, eu não
cresci em um lar feliz, na verdade fui jogada em uma lixeira assim que nasci,
fui criada por um e por outro, vivia praticamente de favores, nenhuma família
passava mais de um mês comigo, quando me dei por conta eu havia fugido de um
orfanato e estava vivendo nas ruas, passando forme e frio, sendo desprezada por
todos, inclusive pelo governo que estava pouco se lixando para mim ou para
qualquer outro desabrigado, mas eu não me importava, sempre conseguia o que
comer e onde dormir, mas isso tinha um preço, sempre tinha, e quando eu cresci
mais um pouco, o preço por migalhas de pão e um cobertor passou a ser meu
corpo, como você pode ver, eu sou bem mais que linda, sou perfeita, e não demorou
muito para que eu fosse desejada por homens e mulheres, e então meu corpo
passou a ser o preço por minha sobrevivência. Agora a única coisa que quero é
acabar com toda essa palhaçada, que vocês chamam de democracia e sociedade e
talvez seja por isso que as pessoas me temem. Por que eu irei mostrar ao mundo
o verdadeiro preço por uma vida. –Finalizou ela com um sorriso.
Filip não sabia o que dizer, ele
estava simplesmente chocado, seus olhos estavam úmidos, para ele era
simplesmente impossível imaginar que aquela jovem bela e autoritária havia
passado por tudo isso.
O telefone celular da garota começou
a tocar e logo após ter atendido ela olhou para seu parceiro e disse.
-E do palácio, encontraram seu
irmão, temos que ir. –Ela disse com um semblante sério.
IV
O corpo jazia em uma das salas do
palácio, o garoto havia sido asfixiado cruelmente, suas órbitas estavam brancas
e sua pele pálida, a expressão em seu rosto era de medo, medo pelo que estava
acontecendo ou talvez por ter presenciado o anjo da morte.
Natallie analisou perfeitamente cada
detalhe daquele corpo e após certo tempo
ela disse encarando Elizabeth.
-Quero uma lista de todos que
estavam no palácio no dia em que ele desapareceu, e outra lista de quem esta no
palácio há cerca de uma hora.
Não demorou muito e Natallie, Filip
e a Rainha Elizabeth estavam dentro de um salão acompanhados de algumas outras
pessoas.
-Aqui está a lista que você pediu.
–Disse Filip entregando as folhas a sua parceira.
-E provavelmente os aqui presentes
são as pessoas aqui mencionadas, certo?
Ele acenou com a cabeça.
Natallie leu lentamente as folhas e
em uma terceira colocou os alguns nomes e os leu em voz alta.
-Elizabeth, Margarida, Nicolas,
John, Fel, Benjamim, Mary, Marie, Lucy e Tomas. –Ela encarou a rainha e voltou
a falar. –Uma dessas pessoas provavelmente foi ou foram os responsáveis pelo
sequestro e morte do jovem Miguel. –Ela deu um leve sorriso e voltou a falar.
–Eu quero anunciar a vocês que eu já sei quem foi, a única coisa que falta é
saber o porquê, então preparem-se, senhoras e senhores, eu irei interrogar cada
um de vocês, e antes que me esqueça, Liza, gostaria de lhe pedir mais uma
coisa, eu gostaria de julgar e condenar a pessoa que está por trás desses atos,
se você não se importar, é claro.
Rainha Elizabeth apenas fez um sinal
com a cabeça aprovando o pedido da garota.
-Ótimo, Filip, venha comigo, temos
muito que fazer. Falou ela saindo do salão sendo seguida pelo garoto.
-O que foi aquilo lá dentro?
–Perguntou o jovem. –Você não sabe quem é o assassino, pois caso contrario
teria evitado a morte dele.
-Eu sei, você também sabe, mas a
questão meu querido é que eles não. –Ela parou para encará-lo. –E nesse exato
momento o “responsável” está morrendo psicologicamente e o pior que Liza
entendeu minha verde, fazendo assim que o quem fez essas coisas fique ainda mais
desesperado.
-Acho que estou entendendo, mas por
que o fato de você julgar o responsável piorou tudo?
-Você é jovem demais para saber.
-Tenho sua idade...
-Mas não minha experiência, agora
vamos, temos que planeja uma armadilha. Essa espelunca que vocês chamam de
palácio tem câmeras de seguranças, não tem?
V
-Como imaginei, os vídeos de
segurança estão estragados. –Falou a jovem Swan.
-E agora, o que pretendes fazer?
–Perguntou o lindo rapaz de olhos negros.
-Agora teremos que ir ao plano B, a moda
antiga, mas antes de interrogá-los gostaria que você me falasse um pouco sobre
cada um citado por mim.
-Bom. –começou o garoto. – Elizabeth
todo mundo já a conhece, ela é a rainha da Inglaterra, é uma boa pessoa, meiga
e educada, não tenho o que falar mal dela, quando minha mãe morreu ela cuidou
muito bem de meu irmão e de mim e acho que é isso. Margarida é uma das copeiras
da casa, creio que você já a conhece, foi a que lhe deixou no quarto de Miguel,
ela é simpática, mas não é de falar muito e é um pouco desconfiada. Nicolas é o
braço direito da rainha, você também deve conhecê-lo, ele deveria está da sala
da rainha quando você chegou, nunca falei muito com ele, portanto não sei o que
dizer sobre, John é o motorista real, particularmente ele é muito agradável
sendo assim uma boa pessoa, ótima eu diria, Fel é um dos cozinheiros, ele
sempre está no palácio mesmo nos dias de folga, aparentemente ele não tem
família e não tem quem visitar, por isso sempre está aqui, ele é legal para
quem não o conhece e como Margarida não é de falar muito. Benjamim é quem cuida
da biblioteca e dos documentos reais, ele sempre está organizando alguma coisa
,como eventos, seminários, e bailes, eu acho que ele faz mais do que deveria e
provavelmente não recebe a mais por isso, ele é bem simpático e meigo, é um de
meus favoritos aqui, e antes que me esqueça ele não chegou a falar muito com
meu irmão, apesar de contas ele sempre odiou livros e coisas relacionadas á
leitura. Mary não sei bem o que ela faz, ela é tipo uma agente sei lá, e está
sempre ocupada, nunca parou para falar comigo ou com alguém da casa, não sei o
que falar sobre ela. Marie não é daqui, ela está apenas trabalhando para uma
revista se não me engano e, portanto está passando uns dias aqui. Lucy e Thomas
trabalham com a segurança, Thomas é o cara que nos deixou ver os vídeos da
segurança, nunca falei diretamente com nenhum dos dois.
-Ótimo. –Disse a garota se jogando
no sofá.
-E agora? –Perguntou Filip.
-E agora? –Falou Swan sem entender.
–Pensei que fosse óbvio para você, e agora nada, eu ameacei o assassino então o
óbvio é que ele virá atrás de mim, a única coisa a fazer é absolutamente nada,
só descansar e aproveitar o resto do dia. Falando nisso, você não se abalou
quando viu seu irmão morto.
-Chorar não iria trazê-lo de volta.
–Falou ele por fim.
-Tem razão. –Falou ela ficando em
silêncio em seguida.
A noite não demorou muito para
chegar e antes que alguém pudesse perceber Natallie já estava acomodada em um
dos quartos do palácio, sentindo-se em casa, como se tivesse uma.
-Boa noite mundo. –Disse ela
fechando os olhos e cobrindo-se com um lençol branco, ela estava vestida com um
pijama claro feito de seda que ela provavelmente roubou do quarto da nora da
rainha, mas enfim.
Na calada da noite, quando os vivos
repousam, a porta do quarto se abriu o vulto segurava uma seringa em uma de
suas mãos, a sombra aproximou-se da cama e com a mão livre puxou o cobertor que
cobria o jovem Filip e ao erguer a mão com a seringa um fio de navalha foi
colocado em seu pescoço.
-Mais um movimento, e eu te mato.
NI-CO-LAS. –Falou Natalie segurando uma adaga feita de prata.
A porta do quarto se abriu e alguns
homens vestidos de uniforme preto entraram no quarto sendo seguidos por alguns
guardas reais.
Filip saltou da cama e disse
colocando os óculos.
-O que significa isso?
-Como eu havia pensado o assassino
viria atrás de você.
-N-não, v-você disse que ele iria
atrás de você. –Falou o jovem gaguejando.
-Bom, esse seria o óbvio a se pensar,
mas como Nicolas previa, eu estaria com meus guardas aguardando por ele, então
seria o momento perfeito para que ele lhe matasse, nada pessoal, mas como ele
sabia que eu o pegaria, ao menos me daria um dano, uma perda, e como eu estava
junto a você, você meu caro seria o ideal para ele.
Elizabeth entrou no quarto sendo
seguida por mais soldados.
-Liza querida. –Falou Natallie sem
nenhum pudor. –Ai está o responsável pelo ato de sequestro e assassinato.
-Mas por que, como?
-Veja só minha querida. –Começou a
jovem oficial. –Primeiro, Nicolas praticamente surtou quando me viu entrar em
sua sala ontem de manhã. –Falou ela ontem olhando o relógio conferindo ser mais
de meia noite. – segundo quando eu vi esse bilhete debaixo do travesseiro do
jovem Miguel tive a confirmação de que teria sido ele o responsável pelo
sequestro. –Falou ela exibindo o bilhete e apontando para o oficial Nicolas.
–Esse bilhete é a carta que a senhora Benson escreveu para sua amiga a Rainha, em
seu leito de morte, pedindo que ela cuidasse de seus filhos, no bilhete diz que
ela amava seu filho Filip, e que o mesmo seria útil para a mesma, já seu outro
filho, bom seria um problema, mas isso não vem ao caso, aquele quarto já havia
sido revirado várias vezes de acordo com Margarida, porém nada havia sido
encontrado, dai eu simplesmente encontro uma carta desse nível do nada, no
local mais óbvio que alguém poderia esconder, me poupe Nicolas, você achava que
eu seria tola o suficiente para cair nessa. A ideia original do nosso amiguinho
aqui seria de fato um sequestro, assim ele poderia obter uma grana preta de sua
patroa em um resgate, mas seus planos foram frustrados quando ele me viu entrar
na sala de Liza, e por medo de ser descoberto ele colocou a carta debaixo do
travesseiro do garoto no intuito que eu achasse que ele havia fugido do palácio
após ter lido a carta, e sinceramente cara isso é brincadeira de criança.
–Disse ela novamente encarando o velho oficial. –Mas enfim, deduzir automaticamente
que a única pessoa que teria livre arbítrio para andar no palácio e mexer nas
coisas da rainha, e é claro que seria o nosso amiguinho aqui, mas eu ainda
precisava de provas, então joguei a verde quando todos estavam no salão, e
claro que o idiota aqui caiu nela, daí tive o prazer de sair de mãos dadas com
o jovem Filip, o fazendo pensar que eu estaria tendo algo com ele, caindo assim
na minha telha. Ver os vídeos de segurança estragados apenas confirmaram mais
ainda minhas suspeitas, e o depoimento de Filip sobre o caráter de cada um que
estava no palácio todos os dias, fez apenas que eu descartasse a hipótese de
que houvesse um cúmplice, pois entre os aqui presentes, apenas Nicolas era o
braço direito da rainha, tendo assim total acesso ao palácio.
-Espera. –Interrompeu Filip. –Você
de fato sabia desde o começo quem era, mais, mais mesmo assim deixou meu irmão
morrer?
-Desculpe-me meu caro, mas todos
aqui sabem que seu irmão era problemático, e eu não acredito que alguém possa
mudar, eu apenas fiz um favor a sociedade deixando um futuro marginal morrer.
–Falou Natallie sem sentimentos.
Com lágrimas nos olhos o Jovem Benson saiu correndo de seu quarto,
sem suportar mais olha para a senhorita Swan.
-Onde eu estava. –Voltou a falar
como se nada houvesse acontecido. –A é, rapazes, podem levá-lo, torturem-no e
quando o corpo dele não sentir mais dor, mate-o e o enterre como um indigente.
–Falou ela sorrindo, e os homens de uniforme preto saíram arrastando Nicolas
aos gritos, para fora do prédio.
-Se me dá licença Liza, tenho que
ir, mas não se esqueça que você me deve um favor. –Falou ela retirando-se.
Natallie encontrou-se com Filip no
em um dos pátios daquele lugar.
-Bela atuação a sua, por um estante
até acreditei que você se importava com seu irmão. -Falou a garota se
aproximando.
-Precisava me fazer de inocente, não
queria que a rainha pensasse que eu não tenho coração. –Falou Filip encarando
Swan.
-Entendo, mas agora tenho que ir.
–Falou ela por fim.
Após um certo tempo o garoto se
aproximou dela, dando-lhe um beijo.
-Me leva com você. –Falou ele.
-Não posso estragar sua vida
permitindo que faça parte da minha.
-Então fica e faça parte de minha
vida, você já sofreu muito para uma simples garota.
-Não posso ficar, o que eu disse no
quarto foi a verdade, eu não acredito que as pessoas posam mudar, inclusive a
mim, minha vida já está estragada demais e não tem mais conserto e vai por mim,
você merece bem mais.
Filip a baixou a cabeça e respirou
fundo.
-Espero que um dia você encontre a
felicidade, mesmo que seja com outro alguém, alguém que lhe complete e que
entenda seu mundo e sua vida...
-Sabe. –Disse Natallie o
interrompendo. –Eu só me apaixonei uma única vez, e tudo poderia ter dado certo
para mim se essa minha paixão estivesse dado certo.
-E por que não deu?
-Dois motivos. –Falou ela encarando
a lua. –Primeiro ele é gay, segundo se eu ficasse com ele eu morreria.
–Finalizou ela olhando para o garoto dando um sorriso tentando não chorar.
-Não entendi. –Disse Filip com
cautela.
-Talvez seja melhor assim, agora
tenho que ir. –Falou ela se virando para que o garoto não visse a lágrima que
insistia em rolar sobre seu rosto.
J.
Aeff
Adoreiii a historia, muito boa mesmo
ResponderExcluirobrigado, estou dando tudo de mim, fico feliz por estarem gostando rsrsrs
ExcluirRapariga deixou o coitadinho.Quenga😠✊
ResponderExcluirkkkkkkkkkk pra vc ver
ExcluirMerece morrer 😠
ResponderExcluiro futuro ao autor pertenci
ExcluirGostei dela ter ido embora!!! ;) pq depois eu acho, n sei se vai ser assim, que ela voltará, por algum motivo mais voltará!!!
ResponderExcluirQuem sabe kkkk
ExcluirQuem sabe kkkk
ExcluirVC, vc sabe.... Kkkkkkk
ExcluirFoi uma ótima história... Será que Natallie se reencontrarar cm filip?
ResponderExcluirQM sabe...
Só sei que vou continuar lendo pra saber o que vai acontecer...
Como eu disse, muitas coisas podem acontecer kkkk
ExcluirTomara que SS.... Ele é lindo!!! 😊
ExcluirPovo sem coração kkkk
ResponderExcluirMuito boa a história, eles deviam ficar juntos.
o futuro somente o escritor saberá kkkk
ExcluirUauu!se ela não quer ficar com ele eu fico kkkkk boa história, mas ainda prefiro David ele é um ótimo detetive,ela nem se compara kkk
ResponderExcluirnão deixe bianca ver isso kkkkkkk, David realmente é o melhor entre os melhores
ExcluirMuito bom,ela é muito doidona e coitado de Filip kkkkkk👏👏
ResponderExcluirkkk o bom filho sempre a casa retornar. Senti sua falta Thamara kkkk
Excluirfico feliz q tenha gostado do inicio dessa geração.
Gostei muito da historia mas o que mais mi chamou atenção,foi que as aparências enganam,mesmo Swan com sua beleza ninguém imaginava o que ela ja passou e por ela ser tão fria por causa que ela não pode ter um amor correspondido pela pessoa que ela e apaixonada deve ser muito triste
ResponderExcluirOwntttt, meu caro leito, seu comentário me chamou atenção, você foi o único q comentou sobre a dor q Swan sentia, continue lendo e se surpreendendo e claro, me surpreendendo.
ResponderExcluirUm abraço de seu eterno e amado J. Aeff