Aviso!

Olá caro humano, seja bem-vindo ao nosso mundo sobrenatural! Se essa é sua primeira vez aqui, recomendo que comece a lê por nossa primeira história, “O Sequestro”, que pode ser facilmente encontrado se você abrir o botão da primeira geração, Detectives, que fica no menu acima. Caso você seja um de nossos fãs, tenha uma boa leitura e não esqueça de comentar, ou caso contrario, kraismos morderá todos vocês, isso se Castiel não lhe bater primeiro.

sábado, 3 de outubro de 2015

04 - Acabrunhas de Aphrodite


Às vezes eu me perguntava se o amor existia, se poderá uma sobra ter um brilho em seu olhar, se a esperança poderia me acompanhar, ou até mesmo a bondade me encontrar. Até que um dia tudo mudou, voltei a solhar e a sorrir, meu coração voltou a amar e a esperança voltou a me acompanhar. Meu nome é Aphrodite e essa é a minha história.




I



            Em um dia de inverno, algo diabólico acontecia em minha casa, ou melhor dizendo, na casa de minha madrinha Ms. Temple.
            -Ahh... –O grito de um homem recuava por toda casa.
            Eu e todos os outros moradores fomos em direção ao grito e encontramos meu tio M. Wictor jazendo no chão.
            -Ai meu Deus!. –Gritou minha madrinha.
            -Ele está morto? –Eu perguntei.
            Andrei, um dos criados de minha tia se abaixou perante meu tio que se fazia jazendo no chão do corredor, colocou a mão em seu pescoço e disse.
            -Ele está morto, senhora Temple.
            -Aphrodite. –Disse ela. -Ligue para polícia.
            Eu só tinha visto minha madrinha falar daquele jeito há alguns meses, quando essa mesma história havia acontecido, e foi nessa época que a minha felicidade acabou e minha vida havia tomado outro rumo. Meu pai foi encontrado morto baleado na cabeça, ele havia sido assassinado e o crime havia ficado impune, pois era desconhecido qualquer motivo para alguém ter o matado, ele não era rico e, portanto não tinha nada de muito valor, a única coisa da qual ele dizia ser seu bem mais valioso era a mim, e assim a polícia disse que meu pai havia bebido e discutido com alguém e essa briga o levou a ser assassinado. E agora a história se repete com meu tio, que era a única pessoa da casa que se importava comigo. E agora novamente eu via minha madrinha falar com sua voz fria e severa.
            -Já estou indo. –Respondi.                                                                                
            Fui correndo para sala onde se  encontrava o telefone e liguei imediatamente para polícia local.
            -Alô,Senhor Helmsley?
            -Sim, quem é? –Respondeu o chefe de polícia.
            -Sou eu, a senhorita Verônica, Aphrodite Veronica, lembra-se, a afilhada da senhora Temple.
            -Sim, sim, lembro-me perfeitamente. –Respondeu-me. –O que foi que aconteceu agora?
            -Meu tio Wictor foi encontrado morto.
            Ouvi um silêncio da outra parte e após alguns segundos, Mr. Helmsley me disse:
            -Senhorita Veronica, infelizmente eu não posso lhe ajudar, mas irei lhe passar o endereço de quem pode.



II



-Cérebro, preciso comer cérebro. –Disse Miss Felix fantasiada de fada.
-Anny, pelo amor do Bon Dieu, você é uma fada, não um zumbi.
-E qual é o problema? Uma fada não pode gostar de comer cérebro, isso é preconceito sabia?! Eu vou te processar, David. Hum... –Disse ela, dando-lhe as costas.
“Eu hein”. Pensou ele.
-Papai, como eu estou? –Disse um garoto de uns 8 a 9 anos de idade vestindo as roupas de David.
-O que significa isso, Christopher? –Perguntou o jovem detetive.
-Minha fantasia, eu estou fantasiado de detetive.
-E onde está sua roupa de monstro?
-É que a fantasia ficava apertando minha. –Ele pegou a camisa de David, fazendo-lhe abaixar e falando algo em seu ouvido.
-Humm... Então, você pode ir para festa com minhas roupas.
Anny olhou para seu primo e perguntou.
-David, por que você não está fantasiado?
-É porque eu deveria estar fantasiado? Eu não vou à festa. –Respondeu ele.
-Isto é injusto sabia! você não pode fazer isso comigo e nem com seu filho.
-Ah tá. Mande-me uma carta que eu penso em levar seus argumentos em consideração. –David olhou em minha direção e disse: - Desculpe-me, no que posso lhe ajudar, Senhorita?
- Verônica, Aphrodite Verônica, mas o senhor pode me chamar de Aphrodite.
-Está certo então, Aphrodite o que lhe trouxe aqui?
-Um táxi!
-An?
-Desculpas, força do hábito. –Eu Disse com o rosto corado. –O senhor Helmsley  me mandou falar com o senhor, sobre a morte do irmão de minha madrinha.
David estava olhando para mim quando me disse.
-Conte-me os detalhes da morte dele.
-Para ser sincera, senhor Huhlvan, ninguém sabe nada a respeito da morte dele, tanto eu quanto as demais pessoas lá presente só ouvimos um grito e saímos correndo em direção aos quartos e quando chegamos lá, encontramos ele jazendo no chão do corredor e havia um taco de beisebol largado perto dele.
-Legal!
-O quê?
-Nada, força do abito. –Disse David com ironia.
“Esse garoto realmente é o detetive Huhlvan que Mr. Helmsley me contou?”.
-Senhor Huhlvan, eu gostaria que o senhor aceitasse esse caso e colocasse o maldito que fez isso na forca.
-Está bem, senhorita “como eu não tenho nada melhor para fazer e quero me livrar de Anny” eu aceito o caso.
-Serio?!
-Serio, agora vamos ao trabalho. –Disse David seriamente. –Conte detalhadamente tudo o que aconteceu sem me esconder nenhum fato.
-Como eu já lhe disse, senhor Huhlvan, nós não sabemos de nada, somente o que eu já lhe disse.
-Conte-me como seu tio era, fale-me sobre o caráter dele. –David perguntou calmamente.
-Ele era uma boa pessoa e era bastante compreensivo, pelo menos comigo.
-Ele gostava de você mademoiselle?
-Bastante, sabe senhor Huhlvan, depois da morte de meu pai ele foi a única pessoa que realmente se importou comigo.
-Sei como é isso. –Disse ele. –Então vamos para a casa de sua madrinha, nós não temos tempo a perder, temos que colocar um assassino atrás das grades.
-Na forca, o senhor quis dizer.
-An, a senhorita disse alguma coisa?
-Não, nada. –Eu não sei o que deu em mim, mas não quis repetir aquelas palavras.
Acompanhei David até seu carro e em seguida fomos para a casa de minha madrinha, onde o corpo de meu tio ainda permanecia.




III






Ao chegamos à residência dos Temple, o detetive Huhlvan me pediu que o levasse para o local onde o corpo se encontrava.
Chegando lá, havia dois homens que pelo, que pode observar um deles era conhecido do jovem David.
-John o que faz aqui? –David perguntou indo para direção de um dos homens.
-Ora, meu caro David, o mesmo que você. –Respondeu o outro, dando-lhe um forte aperto de mãos. –Este é o doutor Fred Gaspar, ele é médico legista. –Disse ele apresentando David a um senhor que aparentava não ter mais de um metro e quarenta de altura.
-Prazer em conhecê-lo, David Huhlvan ao seu dispor. –Disse o detetive Huhlvan, estendendo-lhe uma das mãos.
-Ouvi falar muito ao seu respeito, senhor Huhlvan. –Disse aquela figura baixa correspondendo ao aperto de mão.
Com o leve sorriso David virou-se para o corpo ainda no chão e disse:
-O que temos aqui, senhores.
-Como podemos observar- falou o médico legista, aproximando-se do corpo. –Foi conferido um golpe em sua cabeça com aquele taco de beisebol cheio de pregos, bom ele sangrou até a morte.
-Há impressões digitais no taco? –Perguntou o detetive mais jovem.
-Negativo. –Respondeu Gaspar.
David se aproximou pegou o taco para si.
Afastando-se dos demais, ele disse.
-Senhores, vejam isso. –Com pequenos gestos o garoto começou a narrar à origem do incidente. –Quem quer que tenha o matado, veio dessa direção arrastando o taco pelo piso de madeira, causando esses arranhões, então, a vítima assustada começou a correr, foi quando o assassino acelerou o passo causando arranhões maiores, e exatamente nesse ponto ele saltou, atingindo a vítima na nuca, fazendo-lhe cair na posição onde está. Verônica me informou que ele havia gritado, creio que ele tenha feito isso quando percebeu que o assassino havia começado a persegui-lo.
-Nós havíamos chegado a essa conclusão meu caro. –disse John.
-Ótimo. –Falou M. Huhlvan. –Então creio que vocês já saibam que o assassino é canhoto.
-Como assim David? –Perguntou o outro detetive.
-Ele está certo M. Lawrence. –Disse o médico. –A forma que o taco de beisebol atingiu a vítima não poderia ter sido feita por uma pessoa destra, veja. –Concluiu ele apontando para a o buraco no crânio da vítima.
Antes que alguém pudesse falar mais alguma coisa, Andrei, o mordomo particular de Ms. Temple falou:
-Desculpe-me atrapalhá-los, senhores, mas a Ms. Temple gostaria de falar com os detetives se possível.
-Ah claro. –Disse o mais jovem. –Devemos lhe pedir desculpas, pois entramos em sua casa sem nem falar com nossa anfitriã.
Os detetives seguiram o velho mordomo até a cozinha, onde sua patroa estava.
Ms. Temple, não era muito velha, apesar de que era isso que David esperava, minha madrinha não havia chegado a casa dos 50 ainda, ela era de uma altura razoável, cabelos escuros começando a ficar  grisalhos, pele clara, típica de uma legítima inglesa.
Minha madrinha vinha de uma típica família rica, diferente mim, que vim de uma família tradicional de camponeses, digamos assim. Mas não vamos nos ater a isso.
Enfim.
Ao sentarem a mesa onde Ms. Temple estava ela disse:
-Boa noite, senhores. –Disse ela sem está muito segura de si.
John percebendo a situação disse:
-Ms. Temple, seria possível nos contar o ocorrido dessa noite?
-Creio que minha afilhada já tenha falado tudo o que aconteceu.
-Sim, Sim. –Falou David. –Mas para que cheguemos até o assassino, gostaríamos de lhe fazer algumas perguntas, se possível.
-E o que gostariam de saber, senhores?
-Bom. – Disse John retomando a palavra. –Onde a senhora estava na hora do assassinato?
-Estava no escritório revisando uns documentos de negócios.
Bom, antes que eu esqueça, a família Temple é conhecida por toda Londres por ser uma família que empresta dinheiro a juros há gerações.
-Quantas pessoas estavam na casa na hora do incidente? –Voltou ele a falar
-Levando em consideração que hoje foi o dia de folga da maioria dos funcionários, tinha em torno de. –Ela pensou um pouco e voltou a falar. –Seis pessoas.
-E quem seriam essas pessoas?
-Andrei, meu mordomo particular, que por si era um dos únicos funcionários que estava a trabalhar, minha filha Alex, meu sobrinho Nicolas, meu chofer Stiven que foi o encarregado de  buscá-lo na agência M. Lawrence, minha afilhada Verônica e eu.
-A senhora faz ideia de onde cada um estava na hora do incidente?
-Creio que essa não seja a pergunta certa a se fazer. –Interrompeu David. –E sim, quem chegou primeiro ao local do assassinato?
Minha madrinha o encarou e disse:
-Quando cheguei ao andar de cima, minha filha, Verônica e Stiven já estavam lá, depois se não me engano, chegou meu sobrinho e Andrei por último.
-obrigado, Ms. Temple. –Falou David desviando o olhar. –Madame, é uma bela peça de chá essa que a senhora tem, se importa? –Perguntou ele estendendo a mão.
-Claro. –Respondeu ela lhe entregando uma de suas xícaras.
-Mon Dieu, é perfeita, cada detalhe, pode ver que foi trabalhada à mão, ela não é uma peça inglesa, estou certo? –Perguntou o garoto lhe devolvendo a peça.
-Correto, senhor. –Respondeu ela pegando a xícara. –Foi feita por encomenda, ela pertence a um jogo chinês que eu tenho há alguns anos.
-Formidável, agora se a senhora me der licença, eu gostaria de interrogar os demais moradores.
Ao saírem da cozinha John falou.
-Eu devo comentar alguma coisa voltada a xícara de chá?
-Não, fique na sua.
Ao chegarem à sala de estar, eles encontraram a maioria dos moradores. David caminhou em direção à única garota da sala e disse.
-Miss Temple. Suponho.
Ela se, pôs em pé e disse.
-No que poderia ser útil?
-Gostaria de nos acompanhar até o escritório de vossa mãe para que possamos  lhe fazer algumas perguntas?
-Claro. –Respondeu ela. –Queiram me acompanhar, senhores.
Alex lembrava sua mãe quando jovem, sua pele era pálida, a altura era praticamente a mesma, e seus cabelos eram longos e escuros.
Não demorou muito e eles já se encontravam dentro do escritório.
David pegou alguns documentos que estavam sobre a escrivaninha e disse:
-Esses são os documentos que controlam os negócios da família, certo? Acho que eles não deveriam ficar largados em todos os cantos.
-O senhor está certo. –Respondeu ela fazendo posse dos papéis e guardando-lhes um armário.
Ao retornar ela se sentou na frende dos investigadores, e foi quando eles começaram o interrogatório.
-Miss Temple. –Começou o mais velho. –Onde a senhora estava na hora do incidente?
-Na sala, estava lendo um livro, quando ouvi o grito do meu tio vindo do andar de cima.
-Foi quando a senhorita saiu correndo para ver do que tratava, Certo? –Disse David.
-Sim. –Respondeu ela.
-Tem alguém que prove que a senhorita estava na sala lendo?
Sem pensar muito ela disse.
-Meu primo Nicolas estava comigo. Ele poderia confirmar isso aos senhores.
-OK. –Disse John. –Quando a senhora chegou até o local do crime, já havia alguém lá?
-Sim. –Disse ela sem pensar muito. –Minha prima Verônica e o motorista M. Jackson.
-E qual era sua relação com seu tio? –Perguntou lhe M. Huhlvan.
-Normal, eu acho, digo, eu não nego que a sobrinha favorita dele era Veronica, mas eu não me importava com isso.
-Entendo. –Disse David. –Eu não tenho mais perguntas. Mr. Lawrence?
-Digo o mesmo. –Respondeu ele. –A senhorita pode se retirar, só peça que seu primo Nicolas entre, não é querendo lhe desmentir, mas precisamos conferir sua história.
Ela acenou com a cabeça e não muito tempo depois, Nicolas estava perante os detetives.
-Mr. Castell, onde o senhor estava na hora do incidente? –Perguntou M. Lawrence.
-Estava repondo as ideias na sala de estar, creio que Alex tenha mencionado que eu estava com ela, ela estava até lendo no memento.
-Sim, ela mencionou.
John olhou para o lado, esperando que David intervisse, mas ele estava muito ocupado tentando resolver um jogo de palavras cruzadas que havia encontrado largado no escritório.
Depois de dar um uma boa suspirada John voltou a falar.
-Nicolas, posso lhe chamar de Nicolas, certo? –Ele esperou uma aprovação e continuou. –Qual era a sua relação com seu tio Wictor?
-Bom, ele na verdade não é o meu tio, eu sou sobrinho de Ms. Temple e Wictor  era irmão do marido dela, mas retomando a sua pergunta, era digamos normal, ele não conversava muito comigo, então não tenho o que dizer dele.
-compreendo, mas ele tinha essa mesma convivência com os demais?
-Quase a mesma coisa, com exceção de Verônica, uma grande parte de sua atenção era direcionada a ela.
-Hmm. –Suspirou John. –E quem o senhor acha que poderia ter cometido tal assassinato?
-Desculpe-me, mas não sei responder a tal pergunta, minha convivência aqui é muito pouca e não tenho tal intimidade com os moradores, não sei dizer quem poderia ter cometido tal coisa.
-Compreendo, foi uma pergunta idiota. –Mr. Lawrence olhou para David e disse o interrompendo. –Gostaria de pergunta alguma coisa M. Huhlvan?
-Não, obrigado. –Respondeu ele. –Só uma coisa como se responde esse jogo? Eu não consegui entender.
-Pelo amor de Deus David. –Disse o detetive levantando-se. -Um assassinato foi feito aqui e você acha que esse jogo é mais importante que isso.
Nicolas começou a rir e disse.
-Deixe-me ajudá-lo garoto. –David lhe entregou o jogo e a caneta. –Você ler o que está escrito nesse quadrado e em seguida responde a pergunta, preenchendo com uma letra em cada quadrado em direção a ceta, como por exemplo, aqui, qual a capital da Bélgica, resposta, Bruxelas, entendeu?
  -Oui, oui, merci.
-Por favor, M. Nicolas, poderia pedi para M. Jackson entra?
-Claro M. Lawrence. –Ele respondeu se retirando.
Logo após a saída de Nicolas, John teve uma rápida discussão com o jovem Huhlvan.
-Pelo amor de Deus David, o que foi aquilo?
-Meu caro John, eu não lhe questiono suas maneiras de trabalhar, então pelo bon Dieu, não questione os meus.
-Claro, claro, apenas trabalhe então, creio que desde que começamos os interrogatórios você não está levantando nada a sério.
-Eu não diria isso meu caro. -Falou o garoto. -Eu sei o que faço. -Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa Stiven bateu na porta pedindo licença para entrar.
-Queira sentar-se M. Jackson. -Mr. Lawrence tomou mais uma vez a frente da interrogação. -Onde o senhor estava na hora do assassinato?
-Estava saindo da cozinha com a senhorita Verônica, senhor.
-E para onde estavam indo?
-Para a sala, foi quando ouvimos um grito e subimos correndo para cima.
-Então vocês foram os primeiros a chegarem lá? - Voltou a pergunta o diretor da agência de detetives.
-Sim senhor. -Respondeu ele. -A senhorita Temple e o senhor Castell. Chegaram logo depois seguidos pela senhora Temple e Andrei.
-Qual sua relação com M. Temple?
-Ele sempre foi uma boa pessoa, sempre parava para me ouvir, e era muito gentil com Verônica, creio que com todos os demais desta casa não tenho nada de ruim para falar dele.
-Entendo. John olhou rapidamente para David, então voltou a falar. -Como eu sei que o detetive Huhlvan não irá lhe perguntar nada, peça à senhorita Veronica que entre.
David fitou M. Jackson até o momento que ele fechou a porta, então disse.
-Mr. Lawrence, como eu sei que o senhor não vai precisar de minha ajuda, peço-lhe licença.
Antes que David pudesse deixar a sala, eu entrei.
-Senhorita. -Falou ele me estendendo a mão, eu não sei o porquê mais acabei me atrapalhando quando fui a segurar. -Se me der licença, gostaria  de verificar algumas coisas. -Ele terminou de falar largando minha mão.
Bom, eu sentei-me em frente a M. Lawrence, e assim que me acomodei ele começou a me interrogar.
-Senhorita, poderia me contar como era o seu relacionamento com M. Temple?
-Bom. -Eu disse. -A gente se dava muito bem, após a morte de meu pai, ele era praticamente tudo o que me restou da minha família.
-Compreendo. A senhorita sabe me dizer se seu tio tinha alguma rivalidade com alguém?
-Não senhor, ele sempre foi uma boa pessoa, e até onde eu saiba, ele nunca se envolveu em brigas, não devia a ninguém, ele sempre foi uma boa pessoa com todos desta casa.
-A senhorita está aqui a quanto tempo?
-Uns seis meses, senhor.
-Você veio morar aqui logo após a morte do seu pai, certo?
-Isso mesmo.
-Senhorita Verônica, a senhora duvida ou suspeita digo: em sua opinião quem poderia ter cometido esse assassinato?
-Desculpe-me senhor, mas não creio que alguém desta casa tenha cometido tal delito
John respirou fundo então disse:
-O.K. senhorita, você pode se retirar
Levantei e saí do escritório sem olhar para trás.



IV

A coisa que David disse que tinha que resolver, nada mais era que fuçar as coisas das pessoas, ele estava no andar de cima forçando as portas, para ver se alguma estava aberta, e pra sorte dele algumas estavam, entre essas a do meu quarto.
Ele começou a olhar algumas gavetas que acho melhor não descrever o que havia lá para vocês, vamos para o que interessa afinal.
David se aproximou de minha cama quando:
-Hmm. –Disse ele. –O que é isso? – David puxou um par de luvas do bolso e ao colocá-las disse. –Vejo que nossa querida Verônica faz jus ter o nome de Aphrodite como segundo nome. –Finalizou ele pegando resto de esperma nos lençóis de minha cama.
Logo em seguida ele caminhou para o quarto do meu falecido tio, que estava aberto por ordem de M. Lawrence.
Após alguns minutos ele disse:
-Não há nada de interessante aqui, a não ser essa foto de Aphrodite, esse velho devia gostar mesmo dela. –Ele respirou fundo saiu do quarto voltando à frente do meu quarto.
-Deixe-me ver. –Ele saiu correndo da porta do meu quarto para a local do crime. –O percurso é o mesmo, mas há algo de errado, Verônica e Stiven foram os primeiros a chegarem aqui, um é álibi do outro, ambos chegaram aqui primeiro, talvez eles sempre estiveram aqui, mas algo não está certo. –Ele pensou um pouco e disse em baixa voz. –De onde veio o taco de beisebol? O Esperma na cama era realmente de Stiven, o fato deles não terem organizado a cama ou limpado tudo deve ser por que o velho senhor Temple chegou na hora, mas por quer mata-lo já que eles são adultos? E, de onde veio o taco?
David sentou-se no chão do corredor para refletir um pouco.
(O assassino era canhoto.) –Pensou ele. (Algo não está certo, eu estou deixando passar alguma coisa, mas o que?)
Mr. Huhlvan olhou para os lados quando se levantou e caminhou para a única abertura que dava vista para o jardim.
-Espera. –falou ele. –E se o taco sempre estivesse lá, se a morte foi friamente calculada, e se, e se. –David olhou para baixo quando segurou firme na grade de proteção e saltou  em direção ao chão, caindo em cima de um arbusto de amoras.
David cambaleou um pouco antes de sair de cima do arbusto, deu a volta no jardim e tocou a campainha da casa.
-Mr. Huhlvan? –Disse Alex, surpressa ao abrir a porta. – o que o senhor...
-Longa história minha cara. –Falou ele a interrompendo.
David caminhou em direção à sala de estar quando comentou baixinho.
-Porcaria! sujei minha roupa com aquelas amoras silvestres. –Quando ele deu de conta já estava na sala sendo observado pelos moradores da casa, com exceção da dona da casa e de Andrei, que provavelmente estavam com John pois, alguns segundos depois os três entraram na sala.
-Ai está você detetive Huhlvan. –Falou John com cara de poucos amigos.
-Relaxa meu bom amigo e sente-se. Mrs. Temple  poderia usar seu telefone do escritório?
 -Claro, sinta-se à vontade.
Mr. Huhlvan retirou-se voltando cerca de quinze minutos depois, passando direto sobre nós indo pra o andar de cima, voltando logo em seguida com o taco que matou o senhor Temple.
-Creio que eu já posso falar quem é o assassino, ou a assassina. –Com um leve sorriso estampado no rosto David olhou para seu colega de trabalho com um olhar que dizia, eu venci de nova, chupa, otário! bom, ao menos foi isso que eu deduzi. –A única coisa que eu sabia era que quem cometeu o assassinato era canhoto, bom, eu estava errado, já que todos aqui são destros, como eu sei, simples, Mrs. Temple, entregou-me uma xícara com a mão direita, Andrei nos reverenciou com a mão direita também, Nicolas me ajudou a preencher uma palavra cruzada escrevendo com a mão direita, Alex pegou os documentos para guardar no cofre com a mesma mão, Stiven abriu e fechou a porta com a mão direita também e a senhorita Verônica se atrapalhou quando foi pegar na minha mão para me cumprimentar já que usei a mão esquerda, logo se deduz que ela sempre usava a outra mão, ou seja, ninguém aqui é canhoto.
-Então você está dizendo que foi uma pessoa de fora que cometeu o assassinato? –Interrompeu M. Lawrence.
-De forma alguma, meu caro logo se deduz que a pessoa usa as duas mãos perfeitamente ou seja o assassino é ambidestro. –David respirou fundo antes de voltar a falar. –E em outras palavras o assassinato foi friamente calculado e estamos lhe dando aqui com uma mente psicopata. Agora vamos para o que de fato aconteceu, a senhora Temple disse que estava no escritório organizando alguns documentos, bom, talvez ela estivesse de fato lá, mas não organizando lá, é interessante o fato dela ter chegado por último ao local do crime Junto com seu mordomo, e mais interessante foi quando entrei no escritório e vi que os papeis estavam desorganizados, e fora de lugar, mas o que ela estava fazendo não nos interessa, não é mesmo, ao menos que ela tenha matado alguém essa noite, coisa que ela não fez, pois ela não teria forças para afundar um taco de beisebol no crânio de alguém e seu mordomo creio que não tenha agilidade para saltar em cima de alguém também, então deixaremos isso de lado por enquanto. –Antes de o detetive terminar de narrar Ms. Temple estava sem jeito e corada. –Enfim, a senhorita Verônica e M. Jackson chegam juntos na sena do crime e além disso, foram os primeiros a chegarem lá, isso é se eles já não estavam lá. Eu encontrei vestígios de esperma na cama de Miss Aphrodite, acho que não aconteceu nada de bom por lá. –Eu fiquei sem saber o que falar, a única coisa que fiz foi olhá-lo. –Mas não vamos nos ater a isso, apesar de que essa é a chave do crime. -Ele Respirou e disse. –Eu liguei para M. Helmsley e pedi que ele me passasse tudo por telefone sobre o que ocorreu com o pai de Verônica e bom, senhorita. –Disse ele olhando para mim. –Creio que o motivo da morte do seu pai tenha sido pelo mesmo motivo da do seu tio.
-Como assim senhor? –Perguntou miss Alex.
-Amor, ou devo dizer obsessão. – David começou a andar de um lado para o outro. –A morte do pai de Aphrodite não se deu por uma briga de bêbados, Mr. Helmsley concordou comigo, a polícia deu o caso como encerrado por falta de provas, mas ele concordou que nenhum bêbado dá um tiro certeiro no meio da testa de alguém, mas o que o pai dela tinha em comum? simples, o amor por Verônica, ambos queriam protegê-la, porém eles fracassaram. Mas vamos voltar para a morte do M. Temple, ele tinha indo até o quarto de sua sobrinha quando se deparou com alguém lá, ao sair correndo pelos corredores ele foi perseguido por alguém e morto por essa pessoa, esse alguém tinha que ter força e agilidade, um homem talvez? Bom, não sejamos machistas, uma mulher jovem poderia ter cometido isso, mas há um porém, o esperma na cama, então nos resta os homens da casa, mas todos tem um álibi, incerto o morto, talvez ele poderia ter se masturbado na cama dela, alguém o viu e o matou, mas quem? Temos também tem a possibilidade de Aphrodite e Stiven estarem tendo uma ótima noite de amor, mas não. –David parou de andar encarou a todos e disse. –Eles já são adultos e não devem satisfação a ninguém, e ninguém transaria com a porta do quarto aberta, ou seja, alguém teve sonhos eróticos na cama de uma jovem e bela dama, mas todos os homens aqui estavam com alguém na hora, Andrei estava transando com sua patroa. –Ms. Temple levantou-se para protestar quando David a deteve aumentando o tom de sua voz. –Ora minha senhora, verdade seja dita, ou a senhora quer que seu amado seja enforcado pela manhã? –Ele esperou ela se acalmar quando voltou a falar. –Isso torna impossível que Andrei tenha matado alguém, isso sem contar que ele não é tão habilidoso para saltar ou correr, Stiven estava com Verônica e Nicolas com sua prima Alex, então quem? Voltemos para o crime. A morte de Wictor foi friamente calculada, o ato de masturbação que houve na cama de Verônica foi uma forma de provocação, pois a mente psicopata sabia que Wictor iria conversar com sua sobrinha, a mente por trás disso meio que se divertiu com tudo isso, e após o assassinato essa quase perfeita mente psicopata correu e se lançou ao andar abaixo caindo em cima de um arbusto, e com ele está carregado de amoras-silvestres a pessoa no mínimo sujou a sola do sapato, então por gentileza, os aqui presentes podem mostrar a sola do sapato?
Todos um por um mostraram a sola de seus calçados, exceto meu primo Nicolas.
-Nicolas mostre os seus pés. –Disse Mrs. Temple. –Vamos meu filho, mostre.
 Os olhos de Nicolas estavam perdidos, porém ele estava calmo, como se já esperasse por isso.
Mr. Huhlvan sacou sua arma e apontou para ele.
-Nicolas Castell, você está preso acusado de assassinato. –Disse ele.
Nicolas começou a rir feito um louco quando disse.
-Meus parabéns, senhor Huhlvan, mas como você explicaria meu álibi?
-Meu caro, quando alguém que gosta de ler encontra uma boa história acaba se perdendo em sua leitura, e não sabe o que acontece ao seu redor, aproveitando isso você subiu até o andar de cima fez o que fez pulou para o jardim entrou pela porta da frente e subiu as escadas como se nada tivesse acontecido, e como você sabia que sua tia estava tendo um caso com um dos funcionários, você tinha os álibis perfeitos.
-Interessante, pena que eu já havia pensado em tudo. –Disse ele encarando a arma de David. –Eu confesso que sinto um amor platônico por Aphrodite, e quando fui falar com o pai dela ele disse que eu nunca ficaria com a filha dele, pois eu tinha má reputação, então eu ri e o matei, mas creio que você já sabia disso, o maldito Wictor disse que eu estava proibido de tocar em um único fio de cabelo de sua sobrinha. –Ele riu.  -Ele teve o mesmo destino de seu cunhado. Pena que você não previu uma coisa.
-E o que seria? –Disse o detetive o encarando.
-Se eu não puder ficar com ela, ninguém fica. –Sem temer a arma de David ele agarrou em meus cabelos e apontou uma arma para minha cabeça.
Todos começaram a gritar e a se afastarem.
-Saiam todos daqui. –Disse John Lawrence.
Nicolas riu e disse.
-Mr. Huhlvan, você não vai querer que eu a mate, certo?
Sem abaixar a arma ele respondeu.
-Vá em frente, eu não me importo, isso não vai lhe impedir de ser preso e morto.
Ninguém ali esperava aquela resposta, Nicolas me soltou e apontou a arma para David.
-Ótimo. –Disse ele. –Então irei levar você comigo.
Eu saí da sala com a orientação de John e me reuni com os demais me jogando nos braços de Stiven.
-Nicolas, abaixe a arma. –Disse David.
Em resposta ele disparou um tiro no garoto, que por sorte não atingiu, David se recompôs e virou uma mesa de chá que ficava na sala, e escondendo atrás dela descarregando sua arma em Nicolas. Ele jogou-se atrás do sofá e revidou atirando em David, e após, alguns segundo os tiroteios cessaram.
David se levantou e caminhou na direção de Nicolas que agora estava em pé.
-Bom trabalho, minha cara Jacqueline P.C.
Jaqueline era uma velha amiga de David, e se não me engano ela estava lhe devendo um favor.
Miss P.C. era alta e bela, pele clara olhos castanhos e cabelos castanhos longos e cacheados.
Ela havia entrado pelo mesmo lugar onde David e Nicolas saltaram para fora, e tinha ficado escondida nas escadas e quando Nicolas se distraiu com os tiros ela chegou por trás e o imobilizou com uma faca na garganta dele, mas antes ela cortou seu braço fazendo que ele derrubasse a arma.
-É um prazer ajudá-lo quando precisa, David.






VII


-Obrigado por tudo M. Huhlvan. –eu disse me despedindo.
-Não precisa agradecer, eu apenas fiz o meu trabalho.
-Pronto. –Disse Stiven terminando de amarrar gases no obro de David, ele havia sido atingido de raspão por umas das balas.
-Obrigando M. Jackson. Creio que eu deva ir, espero que vocês consigam superar tudo isso.
Stiven segurou minha mão e disse.
-Não se preocupe nada de ruim irá acontecer a Aphrodite, eu não irei permitir.
David sorriu e atravessou o terrento em frente à sua casa e entrou nela sem olhar para trás.
-Anny e Christopher já chegaram, Alexander?
-Eles estão dormindo, Senhor.
-Ótimo então.
-Senhor, tem alguém o aguardando em seu escritório.
-E quem seria a essa Hora?
-Parece que um garoto foi assassinado e querem que o senhor vá até lá.

David fez uma cara de cansado e foi até seu escritório.


J. Aeff

24 comentários:

  1. Adorei essa historia, principalmente a chagada inesperada da amiga de Daivd kkkk

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  2. Eu também adorei, agora gostaria de saber como foi que ele conheceu essa garota?

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  3. Logo, logo vcs saberam a historia de Jacqueline.

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  4. Oi?! Como assim ?!
    Cara muito massa mesmo tipo quando vai lançar um livro? Porque eu certamente vou comprar.

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    1. kkkkkkk muito obrigado kkkkk, creio q em breve, estou em face final do primeiro conto rsrs

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  5. Caramba isso foi muito @foda ( desculpa usar essa palavra mas n encontro outra kkkkkk) ... Totalmente d mais... J.Aeff VC é um excelente escritor, parabéns pelo seu maravilhoso trabalho....
    Cm assim? Esse David é MSM MT inteligente!!! Kkk

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    1. camba kkkkk relaxa ode falar como se sentir a vontade kkkkkkk, David simplesmente é o cara

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  6. Fiquei tipo... An? Cm? Qnd a Jacqueline apareceu... Preciso conhecer ela... Cm eles se conhecem? qual o favor que devia p ele? Td isso ...

    Amei, amei, amei... Sou sua fã!!! Kkkk

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  7. Cara esse final é muito show!
    Esse bang-bang de Nicolas e David é um máximo!

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  8. Não tenho o que falar.
    :) só dá os parabéns.

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    1. obrigado minha cara, rsrs estarei sempre tentando da o meu melhor rsrs

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  9. Tou gostando muito, eu tou gostando e David ele sempre resolver tudo

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  10. rsrsrs, fico super feliz por isso rs

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  11. Surpreendendo cada vez mais👏👏parabéns....esse David é o cara ,e tu também rsrs👏

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  12. Bela história!!! 😍😍 parabéns

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    1. todos concordam que a parti dessa, as coisas começam a ficarem interessantes rs

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