Aviso!

Olá caro humano, seja bem-vindo ao nosso mundo sobrenatural! Se essa é sua primeira vez aqui, recomendo que comece a lê por nossa primeira história, “O Sequestro”, que pode ser facilmente encontrado se você abrir o botão da primeira geração, Detectives, que fica no menu acima. Caso você seja um de nossos fãs, tenha uma boa leitura e não esqueça de comentar, ou caso contrario, kraismos morderá todos vocês, isso se Castiel não lhe bater primeiro.

sábado, 23 de janeiro de 2016

07 - O segredo da meia noite







Fogo e gelo


Alguns dizem que o mundo acabará em fogo,
Outros dizem em gelo.
Fico com quem prefere o fogo.
Mas, se tivesse de perecer duas vezes,
Acho que conheço o bastante do ódio
Para saber que a ruína pelo gelo
Também seria ótima
E bastaria.

Robert Frost




            Ao menos era isso que pensava antes do meu mundo acabar, os mundanos são egoístas, frios e sem princípios. Outrora me apaixonei e esse amor me deixou cega, não me importava com o que as pessoas falavam, ou o quanto me criticavam, eu simplesmente o amava. O que mais queria era que meu mundo acabasse em fogo, ansiava em afogar-me no fogo da paixão, eu o amava como se não houvesse o amanhã, e esse amor foi minha ruína.
Amor é como uma chama delicada que devemos cuidar. O problema é, e se nunca houve esta chama? E se todos os “eu te amo” foram falsos? Como saber que alguém que você ama, o ama da mesma forma? Essas são as questões. Não se sabe, até que seja tarde de mais.
Apaixonei-me e amei loucamente Arthur Styles, como uma mulher apaixonada proporcionei tudo a ele, amor, luxúria e tudo o que um homem poderia sonhar. Até que um dia, sem mais nem menos ele me levou até a banheira de nossa casa, ela estava seca, porém não estranhei, conhecia Arthur e sabia que em sua mente se passavam várias brincadeiras sexuais, então simplesmente lhe obedeci em tudo, e como uma mulher submissa, realizei suas vontades naquela banheira. Até que Arthur mudou, ficou selvagem e agressivo digamos assim, e começou a me machucar.
Não me importei, verdade seja dita! Porém assim que terminamos, ele não descansou; levantou-se e saiu da banheira me deixando sozinha, pouco tempo depois ele voltou, e estava exausta, mas o recebi com um sorriso, sorriso esse que durou pouco, ele me segurou pelos cabelos e com um movimento brusco e violento, ergueu parte do meu corpo e antes que eu pudesse gritar de dor, ele passou o fio de uma navalha em minha garganta, fazendo meu sangue jorrar dentro da banheira, eu apaguei e morri segundos depois.
            Sim eu estou morta, mas essa não é a questão, não é o assassino que devem procurar, e sim a mim.




II


            -David. –Disse sua prima entrando em seu quarto.
            Ele fechou o livro que estava lendo e disse.
            -Espero que seja importante, pois se você interrompeu minha leitura por besteira...
            -A casa. –Disse ela o interrompendo. –Esta cercada por policiais.
            -O que você fez? –Perguntou ele, levantando-se.
            -Eu não fiz nada.
            -Seiiiii. –falou ele. – Eu preciso saber o que você fez, caso queira que eu lhe tire da cadeia, caso contrario eu não vou pagar a fiança.
            -David. –Gritou ela.
            Ele começou a rir.
            -Creio que algo muito importante aconteceu. –começou ele antes de Alexander chegar.
            -Senhor. - -Falou ele. –Mr. Lawrence, Miss P.C. e vários agentes da polícia estão lá em baixo, eles disseram que tinham algo importante para falar, tanto com o senhor, Miss Felix e comigo.
            David olhou para sua prima e disse.
            -Anny, pelo amor de Deus, o que você fez?
            Antes que ela pudesse defender-se David saiu do quarto e desceu as escadas rindo, sendo seguido por Alexander.
            À medida que David descia as escadas, ele viu através de algumas vidraças que a casa estava cercada. Ao chegar a sua sala de visitas deparou-se com três figuras sentadas em seu sofá, que assim que o viram se aproximar levantaram e fizeram uma rápida saudação e voltaram a sentar.
            David, Anny e Alexander sentaram a frente deles.
            -O que traz vocês aqui a essas horas? –Perguntou o jovem Huhlvan.
             -David. –Começou John. –Você já ouviu falar nos casos rosa de sangue?
            David serrou os olhos e disse.
            -Mas é claro, isso são assassinatos de fama internacional, mas o que eu sei é apenas o que todos sabem, um homem ficava com mulheres e em seguida ele as matava deixando apenas o sangue das vitimas no local e ele sempre jogava uma rosa branca no meio desse sangue, esse psicopata tanto pelo fato de fazer isso, como o fato de não deixar o corpo no local, mas eu não ouvi nenhum relato dos corpos serem encontrados.
            -Porque nunca foram. –Disse Jacqueline. –Tanto o psicopata não havia sido preso quanto os corpos jamais foram encontrados.
            -Como assim era? –Perguntou Miss Felix.
            -Aparentemente. –Disse M. Lawrence. –Ele se entregou.
            -Como? –Falou David.
            -Ele simplesmente ligou para a polícia e se entregou. –Respondeu John Lawrence. –Só que há um pequeno detalhe.
            -Que seria? –Voltou a perguntar M. Huhlvan
            Desta vez quem lhe respondeu foi Jacqueline P.C.
            -Quando a polícia chegou à cena do crime, em vez de encontrar a rosa como de costume, encontraram o psicopata se banhando com o sangue da vítima, que aparentemente era sua esposa.
            -Meu Deus. –Disse Anny colocando as mãos sobre a boca.
            -Você poderia me contar o que aconteceu nos mínimos detalhes?
            Mr. Lawrence, diretor da agencia de detetives tomou a palavra.
            -Ouça bem. Às doze e cinquenta e sete da noite de hoje, a polícia recebeu um telefonema com os seguintes dizeres. –Lawrence falou olhando para uns papeis datilografados em sua mão. –(Boa noite senhores, meu nome é Arthur Styles, mas conhecido como o assassino da rosa de sangue e acabei de assassinar minha esposa e antes que perguntem, eu já me livrei do corpo dela. Agora se forem rápidos, me encontrarão deitado na banheira de minha casa.) Ele passou o endereço e desligou o telefone. –Ele guardou os papéis antes de voltar a falar. –Em menos de dez minutos a polícia já estava dentro da casa dele, e o encontraram de fato deitado na banheira, com um simples detalhe ela estava com sangue em vez de água, mas não foi apenas isso que chocaram os oficiais, mas o fato de Arthur estar sorrindo e havia certo brilho em seu olhar.
            -E por que vocês estão aqui? –Perguntou Alexander. –Possamos deduzir que ele já esteja preso, não?
            -Sim, ele está. –Respondeu M. Lawrence. –O problema, meu caro é onde ele escondeu os corpos.
            -A polícia poderia obrigá-lo a falar. –Sugeri-o Anny.
            -Não haverá necessidade. –Disse de contra partida o diretor da agência de detetives. –É por isso que estamos aqui, ele deu uma lista a M. Helmsley dizendo que revelaria onde os corpos estão se os cinco citados estiverem a sua frente, e adivinhem só, nós somos esses cinco.
            -Perdão? –Disse o criado de David.
            -Jacqueline P.C., David Huhlvan, Anny Felix, Alexander Silver e eu John Lawrence, somos as cinco pessoas que Arthur Styles exige ver para contar onde os corpos das suas vítimas estão.
            -Mas por que eu? –Alexander voltou a perguntar.
            -Não sabemos. –Respondeu Miss P.C.-Tentamos o máximo possível encontrar uma ligação entre nós, mas tudo foi em vão. David e Anny são primos, você trabalha pra David há anos, talvez seja o único amigo que restou dele, mas e quanto a mim e a M. Lawrence, somos apenas conhecidos.
            -A conclusão que chegamos era que. –John tomou a palavra. –Ele sabia dos vários casos que já trabalhou David e como ele é um dos maiores psicopatas do mundo, talvez queira um dos melhores detetives envolvidos no caso e no casso Anny e Alexander estão envolvidos no caso por serem próximos a você. –Houve uma breve pausa. –Eu não sei o que passa na mente de um serial kill, mas poucas pessoas sabem sobre sua prima e bem menos ainda sobre Alexander.
            -Isso sem contar que apenas a família da baronesa Mader e de Mrs. Temple sabem que eu sou amiga de David. –Disse Jacqueline.
            -Isso significa que ele esteve me espionando. –Disse o jovem Huhlvan.
            -Exatamente. –Disse John. –A questão é. Por quê?
            Após uma longa pausa Jacqueline disse.
            -E então David, vai aceitar o caso?
            -Tenho alguma escolha?
            Ela respondeu rindo.
            -Claro que não, nós fomos intimados pela polícia inglesa a comparecer na sela dele.
            -O problema é que eu tenho uma criança e não posso deixá-la sozinha.
            -É por isso que estou aqui. –Disse a terceira pessoa sentada no sofá. –Meu nome é Mary Horan, sou uma oficial da central e vou cuidar do pequeno Christopher enquanto o senhor estiver fora.
            -Vocês pensaram em tudo mesmo, não foi? –Disse David olhando para os outros dois.
            -O que você esperava? Que a gente force vir aqui te convencer  apenas com o diálogo? –Disse Jacqueline, levantando-se. –E então, vamos? –Disse ela por fim.
            David acenou com a cabeça, colocando-se de pé, sendo seguido Alexander e por sua prima, ele virou-se para Ms. Horan e disse.
            -O quarto de Christopher fica à esquerda do primeiro corredor do andar de cima, caso ele acorde e pergunte por mim, explique que estou trabalhando, no quintal tem um cachorro, deixe-o brincar com ele, caso você precise de alguma coisa, sinta-se a vontade.
            -Ela já sabe David. –Disse Jacqueline o segurando pelo braço e o puxando. –Agora vamos pai coruja.




III


            Os cinco se depararam com um homem alto e forte de cabelos castanhos repicados e olhos claros, ele estava sentado em uma cadeira no meio da cela, usava roupas molhadas cobertas por manchas de sangue, no  seu rosto e cabelo era possível ver vários resíduos de sangue, aparentemente a polícia havia lhe jogado água para tirar o excesso de sangue e o vestiu em seguida.
            -Aqui estão as pessoas que você queria ver, agora fale onde escondeu os corpos. –Disse um oficial.
            Arthur ergueu a cabeça e sorriu ao ver o rosto de David.
            -Não irei contar nada. –Disse ele sorrindo.
            -Mas nós estamos aqui como você pediu. –Protestou Jacqueline.
            -Eu os reuni aqui não foi para dizer a verdade, mas porque são os melhores, e eu só quero os melhores para revelarem os meus segredos.
            -Então. –Começou Anny. –Então, você quer que nós descubramos onde você escondeu os corpos?
            -Não é só isso minha jovem, o fato de eu está aqui dentro e vocês cinco aí fora, faz parte de um jogo, meu jogo!
            -O que você quer dizer com jogo? –Voltou a perguntar Miss Feliz.
            -Simples. Vocês têm até às seis horas de hoje para encontrar meu ou meus esconderijos.
            -E se nós recusarmos? –Perguntou M. Lawrence.
            Artur começou a rir feito um louco.
            -Vocês não vão recusar, pois a vida de um inocente está em risco.
            -O quê?
            -Deixe-me explicar tudo. –Começou ele. –vocês têm até as 6h da manhã para descobrir onde está o corpo de minha esposa e das demais vítimas e terão que descobrir quem será a próxima pessoa a ser assassinada e terão que resolver tudo isso nesse meio tempo, ou caso o contrário, a vida de um inocente estará nas mãos de vocês.
            -Isso é loucura. –Disse John.
            -É claro que é, e eu sei bem disso, mas não vejo motivos para ficarem chateados, vocês são os melhores no que fazem, excerto a senhorita Felix, ela está aqui apenas para fazer volume.
            -O quê?! –Disse ela.
            David e Alexander seguraram o riso.
            -Preste bem atenção, essa será a única pista que vos darei. Eu matei Larry Styles. –(Ouvi esse desgraçado falar meu nome deixou-me, não sei descrever ao certo, com raiva?) –Pontualmente meia noite, levei uma hora para matá-la, me livrar do corpo e ligar para a polícia, vocês podem chamar esse caso de o segredo da meia noite, pelo fato de eu achar poético. –Finalizou ele com um sorriso.
            Creio que estamos metidos em uma baita confusão. –Disse Alexander.
            Mr. Lawrence se aproximou de um dos oficiais e disse.
            -Teria como ceder uma sala, para que possamos conversar mais a vontade?
            -Claro, creio que vocês terão muito trabalho daqui pra frente, sigam-me.
            Eles foram levados para uma pequena sala, onde só havia uma mesa e alguns papéis.
            -Creio que não temos muito tempo. –Falou David olhando para um relógio de bolso. – já são duas horas e cinquenta e dois minutos.
            -Tá, por onde iremos começar? –Falou Miss P. C.
            -Temos que a analisar todos os locais possíveis que ele possa ter ido, e eu preciso de um relatório sobre todas as vítimas, preciso saber se elas têm algum tipo de vínculo.
            -Pera. –Falou Anny. –Quem disse que você é o líder?
            -Alexander. –Disse ele.
            -Entendido senhor. –Falou ele em reposta.
            Mr. Silver foi em direção a Anny colocando a mão sobe os seus ombros e começou a conduzi-la para a saída a empurrando e trancando a porta em seguida.
            -Isso não é justo. –Gritou ela do lado de fora, logo após ouviram pequenos choros, foi quando ela disse. –Tá, eu vou procurar café então.
            -Podemos continuar? –Perguntou David ignorando sua prima.
            Os demais concordaram e ele disse.
            -Mr. Lawrence, poderia me trazer um relatório com os nomes de todas as vítimas, contando os nomes das famílias, idades, empregos e tudo o que for possível.
            -Mas é claro. –Disse ele saindo o mais rápido possível da sala, como ele era diretor de uma agência de detetives, não seria difícil para ele conseguir tais papéis, aparentemente ele só fez umas duas ligações.
            David olhou para as paredes e viu um mapa da cidade pendurado em uma delas, ele o arrancou e o jogou sobre a mesa.
            -Jacqueline e Alexander vocês são bons em algumas coisas, como encontrar pistas. –Falou ele olhando para a garota. –E como conhece cada rua dessa cidade e andar por elas rápido demais e de uma forma tão eficaz que ninguém os notam. –Disse ele se virando para seu amigo. –vejam. –Falou ele apontando para o mapa. –Aqui fica a casa de M. Styles, suponhamos que ele não tenha escondido os corpos perto de sua casa, levando em consideração o que ele nos falou. Ele teve uma hora para matar e esconder o corpo de sua esposa, se ele tivesse levado o corpo dentro de um carro, até onde ele poderia ter ido?
            -Temos que levar em consideração o tempo que ele levou para matar sua esposa, eu não conheço a estrutura de sua casa, não posso falar onde fica a banheira onde ele cometeu o homicídio, mas calculando um tempo qualquer; ele levou o corpo de sua esposa e voltou para sua casa ligando assim para a polícia desligando o telefone pontualmente uma da manhã, fazendo tudo literalmente em uma hora, então. –Jacqueline pegou uma caneta que estava no canto da mesa.
Ao pensar um pouco Alexander disse.
            -Então. –Ele pegou a caneta das mãos de miss P.C. e disse formando um círculo no mapa. –Essa é a área estimada de onde ele poderia ter escondido o corpo.
            -Ótimo. –Disse M. Huhlvan. -Vamos até a casa dele, iremos partir de lá. –Ele pegou um pedaço de papel e escreveu algumas instruções para M. Lawrence, saindo em seguida sendo acompanhando dos outros dois.
            -David. –Disse Jacqueline quando ele já estava dirigindo.
            -Sim? –Respondeu ele.
            -Sobre a última vítima que ele mencionou, você acha que teria possibilidades de ser a esposa dele, tipo, e se ele não a matou, e se o sangue que a polícia encontrou fosse, sei lá, de algum animal, poderia ser ela a última vítima que ele estava falando, pense bem. E se ela estiver presa no lugar onde ele escondeu os cadáveres e sei lá, uma bomba caseira ou algum tipo de tecnologia estrangeira estivesse sendo usada e algo estivesse  programada para matá-la as 6 horas em ponto.
            -Isso pode ser levado em consideração, mas acho pouco provável que o sangue seja de animal, mas iremos descobrir em breve.
            Não demorou muito e Alexander já estava dando um jeito de abrir a porta, pois eles se esqueceram de pegar as chaves com os oficiais.
            A casa era simples, porém com cada objeto bem organizado, a casa era de primeiro andar e o banheiro que meu marido havia utilizado ficava no primeiro andar.
            O sangue, não! O meu sangue ainda estava nas paredes e a banheira estava intacta, toda manchada de sangue.
            -Ele fez um estrago e tanto aqui. –Falou David
            Eles foram até a sala de jantar, onde colocaram o mapa sobre a mesa.
            -Alexander. –Começou David. –Você veio o caminho todo olhando o mapa, quais são os possíveis locais  que ele poderia usar como esconderijo?
            -Há um depósito ao Norte, um ferro velho ao centro-oeste, tem algumas casas também que estão abandonadas, creio que ele não ousaria escolher um local por perto, seria muito arriscado.
            -Podemos verificar todos os locais que Alexander mencionou, Creio que temos tempo para isso, você deveria se reunir com Lawrence e descobrir mais sobre a próxima vitima, e talvez descobrindo quem é a pessoa, possamos encontrar com mais facilidade o local, onde ele escondeu os corpos.
            -Tenho que concordar senhor. –Disse Alexander.
            -O.K., então vão. –Disse David. –Irei dar uma olhada em toda a casa, qualquer coisa sabe onde me encontra.
            Quando eles saíram David foi até o escritório, ver se encontraria algo útil por lá.
            David vasculhava a biblioteca de Arthur, incrédulo com as diversas coleções de obras clássicas que havia ali. Era difícil saber como um psicopata pensa, muitos acreditam que eles são antissociais, loucos, mas não, meu Arthur sempre foi normal, normal até demais.
            David olhou entre os livros em busca de alguma coisa, uma pista, talvez até mesmo um bilhete, qualquer coisa que levasse até o esconderijo de meu marido, mas nada ele encontrou.
            (Ele era frio, calculista e acima de tudo um belo ator) Pensou David.
            -O pior é que ele já havia planejado tudo desde o início. –Falou ele consigo mesmo. –Mas por que eu? –Disse ele respirando fundo caminhando para fora do escritório. –Arthur Styles? Creio que nunca tenha cruzado com ele antes, então por quê? –David cruzou o corredor e foi em direção ao primeiro andar, ele estava voltando até o local do crime.
            Mr. Huhlvan deu uma boa olhada no banheiro à procura de detalhes, ele se aproximou da banheira e disse.
            -Pelo que foi dito todo o crime aconteceu durante exatamente uma hora, pontualmente à meia noite ele matou sua esposa, escondeu o corpo, voltou para casa e ligou para a polícia. –Ele encarou a banheira antes de continuar. –Provavelmente ele cortou a garganta dela, pois não haveria maneira mais rápida e fácil de fazer alguém sangrar até a morte, ele não foi muito longe, pois ele se banhou com o sangue da esposa, ou seja, isso ocorreu antes dele coagular, ou seja, o esconderijo, então por que exatamente uma hora?
(Por que vocês não chamam esse caso de o segredo da meia noite)- Lembrou-se.
            -Mas é claro, por puro perfeccionismo. –Ele sorriu colocando a mão no rosto. –É um louco. Finalizou ele olhando entre as brechas dos dedos para as manchas de sangue.




IV


            Alexander arrombou a porta de um armazém abandonado com um único chute, adentrando nele sendo seguido por Miss P.C.
            -Nossa. Você é mais forte do que eu pensei. –Falou ela por fim.
            -Eu não sou um simples criado, caso seja isso que queira saber.
            -Oh! Desculpe-me, não foi isso que eu quis dizer.
            Alexander a ignorou e subiu algumas escadas segurando uma arma por precaução, porém seus esforços até agora haviam sido em vão.
            -O mapa? –Perguntou ele.
            Jacqueline o entregou e disse.
            -Creio que a gente está olhando de forma errada.
            -Foi o que pensei. –Respondeu ele a seco.
            -Esses são os pontos mais prováveis, dentro dos padrões do horário. Ela olhou para seu parceiro e disse. –Creio que deveríamos olhar os menos prováveis.
            -Mais esses seriam pontos perto de sua casa, e isso seria impossível, ele não teria essa audácia, alguém poderia vê-lo.
            -Pense bem meu caro, ele levantaria mais suspeitas indo a lugares abandonados e desertos, e ele também poderia ter alguém trabalhando para ele.
            -Acho pouco provável o fato dele ter um parceiro. –Disse Alexander. –Mas você pode está certa em relação ao esconderijo. Mas não vejo nenhum local provável para esconder uma pilha de corpos.
            -Vamos ao ferro velho. –Disse ela apontando para o mapa. –Talvez ele tenha usado alguma coisa lá como caixão, sei lá.




V


            -Já chegamos? –Perguntou Miss Felix.
            -Sim, essa é a casa. –Respondeu John Lawrence.
            Eles saíram do carro e seguiram juntos para dentro da casa, onde encontraram M. Huhlvan dentro do antigo escritório de Arthur.
            -David. –Falou John. –Encontrei os registros das vítimas, mas não sei no que isso poderá ajudar.
            David sorriu, levantando-se da cadeira exibindo um pequeno caderno.
            -Nos ajudará em muito, meu caro! –Começou ele. –Esse é o diário de Arthur, e aqui está registrado cada processo, cada vítima, as mortes nos mínimos detalhes.
            -Como foi que você conseguiu isso? –Falou Anny o interrompendo.
            -Bom...

{...~...}
            David olhava entre as brechas de seus dedos quando começou a andar em direção à banheira e entrou nela, o sangue que havia lá dentro havia saído pelo cano, quando a polícia chegou ao banheiro horas antes, e encontrou Arthur lá, ao se levantar meu marido puxou a tampa do ralo, fazendo assim o sangue escoar encanação a baixo. David se fazia em pé dentro da banheira, ele olhava para cada lado daquele banheiro, observando cada detalhe, mas foi quando ele levantou a cabeça, olhando por fim para cima, ele viu uma pequena alteração no teto, um pedaço da madeira um pouco fora do lugar, por assim dizer. O jovem detetive subiu nas bordas da banheira, ao ficar em pé ele tocou o pedaço de madeira que se fazia ali, e só então puxou do bolso de seu blazer um pequeno canivete, e com certo cuidado ele colocou sua pequena faca entre as brechas daquele teto e puxou a madeira para baixo, o arrancando de vez, deixando um pequeno buraco no teto. Ao colocar a mão ali, ele sentiu alguma coisa lá dentro e foi então que ele retirou o diário do maldito, sem coração, filho de uma mãe aquele desgraçado que não vale nada, digo o diário de meu amado marido.
{...~...}


            -Bom, como eu consegui isso creio que não seja importante. –Disse David. –Mas sim o que tem aqui dentro. –Ele colocou o diário sobre a mesa. –As vítimas, foram nove mulheres contando com sua esposa e dois homens. –David deu um leve sorriso antes de continuar. –E todas as vitimas tinham algo em comum.
            -Que seria? –Perguntou Lawrence.
            -Todas eram virgens.
            -Mas e a esposa dele, pelo o que eu vi eles eram casados há anos. –Questionou sua prima.
            -Exatamente, Larry era casada com Arthur já faz um bom tempo, e presumo que nesse tempo eles, bom vocês sabem, mas há um detalhe importante, Larry casou-se virgem com nosso psicopata favorito, vendo isso por outro ângulo, Arthur planejava matar sua esposa desde o início.
            -Isso é um absurdo. –Disse M. Lawrence.
            -Não necessariamente. –Disse David em resposta. –Eu comecei a perceber como a mente dele funcionava quando percebi a estética de seu último homicídio, em fazer tudo dentro de uma hora, para assim o caso ter um nome bonitinho.
            -O segredo da meia noite. –Lembrou M. Lawrence.
            -O segredo da meia noite. –Falou David mais alto. –os detalhes dessa morte, relacionado às demais, o fato dele deixar uma rosa branca em meio ao sangue e agora ele mesmo está deitado no sangue em vez da rosa. –David não pode segurar o riso. –Aquele maldito planejou tudo desde o começo, planejou tudo nos mínimos detalhes, desde seu primeiro assassinato a seu casamento. Ele associava a cor da sua pele às rosas deixadas para trás, pois ele sabia que em seu último trufo ele ficaria para trás. Aquele desgraçado se casou até com sua última vítima, ele é de longe um psicopata, eu diria a até que ele é um gênio, um artista. –David levantou a cabeça colocando a mão sobre seu rosto dando uma leve risada. –A única coisa que ele não planejou de primeira foi a escolha das pessoas que trabalharia no caso. –Disse ele voltando a encarar os outros dois que agora aparentavam estar com medo de suas atitudes. –Ele está se divertindo com a situação, ou apenas está testando a gente, mas não contava que eu sou melhor do que ele pensava. –Terminou ele voltando a se sentar na cadeira.
            -Seu primo é louco. –Falou John para Miss Felix.
            -Você não viu nada, tenta morar com ele. –Disse ela como resposta.
            Nesse momento Jacqueline e Alexander entraram no escritório, eles aparentavam estar cansados.
            -Senhor. –Disse Alexander chamando a atenção de David para sir.
            -Bon ami. –Disse ele mostrando um leve sorriso. –tiveram sucesso na busca de vocês?
            -Não. –Respondeu Miss Potter. –Fomos a todos os locais possíveis e não, não encontramos absolutamente nada.
            -Creio que vocês não viram através dos olhos do nosso amigo M. Styles, mas obrigado assim mesmo, vocês foram úteis, e a busca de vocês apenas confirma que nosso amiguinho é um gênio, dê-me o mapa da cidade.
            Eles estenderam o mapa sobre a mesa e ao tocar no ponto onde ficaria a casa de Arthur David disse.
            -Meus caros, qual o único lugar que alguém ousaria em procurar por cadáveres? –Falou ele ficando em pé e começando a andar pelo escritório. –Volto a mencionar que Arthur Styles nada mais é que um gênio amante das artes. Olhem ao redor, vejam os livros que ele costumava ler, são todas obras clássicas e famosas, agora meus caros, qual escritor inglês tem fama internacional? Claro que é meu amado William Shakespeare. –David olhou para os demais antes de prosseguir. –Qual foi o intuito de todas essas mortes? Diversão é claro. E o que essas mortes geraram? Ódio e sede de vingança. Agora pelo amor do mon Dieu, usem a criatividade de vocês, nosso amigo psicopata deixou várias pistas. –David se virou e pegou dois livros na estante. –A duas obras de Shakespeare que falam sobre vingança, A tempestade, que possui um final feliz e Hamlet, que possui um final trágico, como Arthur é perfeccionista, provavelmente a história correta é a da segunda  opção. –Falou ele jogando A tempestade fora. –Agora meus caros, Onde ocorreu a cena mais chocante da história? No cemitério, claro! –Falou ele abrindo o livro e o colocando sobre a mesa. –Agora eu vos pergunto novamente, qual o local onde ninguém ousaria procurar um cadáver? –Finalizou ele colocando o dedo sobre uma determinada área no mapa.
            -Isso seria insano. –Disse John.
            -Mas ao mesmo tempo seria argiloso. –Falou Jacqueline.
            -Isso significaria que ele planejou até mesmo o local onde moraria, pois o cemitério não é longe desta casa. –Concluiu Alexander.
            -Muito bem. –Falou o jovem detetive os aplaudindo, foi quando ele pegou seu relógio de bolso para conferir a hora e disse. –Agora temos que ir, temos menos de duas horas para o horário determinado por Arthur.




VI


            Os cinco estavam no cemitério à procura da catacumba da família Styles, coisa que eles não demoraram muito para encontrar. A porta estava praticamente aberta, como se já esperassem por eles, mas algo não estava certo.
            -Aqui. –Falou Jacqueline descendo uma escada que havia nos fundos, os outros a seguiram em silêncio, e por fim acabaram se deparando com vários sarcófagos de mármore.
            -Abram todos. –Disse M. Lawrence.
            -Acho melhor eu ficar aqui. –Disse Anny mantendo distancia.
            Todos os sarcófagos foram abertos e em todos havia um corpo, ao abrir o último, lá estava eu jazendo dentro de uma caixa fria de mármore. Mas algo estava extremamente errado, faltava algo e isso sem contar que estava fácil demais.
            -Tem algo errado. –Falou David. –Tá fácil demais.
            -Como assim fácil demais? –Questionou Miss Felix. –Se não fosse por você, jamais teríamos encontrado os corpos a tempo.
            -Sim eu sei, mas mesmo Arthur não sabendo quem ele escolheria para brincar de encontre os corpos, no mínimo ele deduziria que as pistas deixadas por ele seriam óbvias, para a mente brilhante que ele escolheria futuramente. –Mr. Huhlvan olhou para seus companheiros e disse. –Está faltando algo, nós acreditávamos que ao encontrar a localização dos corpos, encontraríamos a última vítima enterrada viva, ou até mesmo a peça do último quebra-cabeça, mas não encontramos nada, a não ser uma pilha de corpos inúteis.
            Os presentes preferiram ficar calados, não por não ter nada para falar, e sim por medo de questionar o Senhor Huhlvan.
            David abaixou a cabeça fechou os olhos e respirou fundo, ele não sabia o que fazer ao certo, então fez aquilo que sabia fazer de melhor, pensar.
            Após alguns segundos ele encarou os outros e disse.
            -O segredo da meia noite, zero hora, vinte quatro horas, não doze horas, Arthur assassinou dois homens e nove mulheres totalizando onze vítimas, até agora vimos que de fato ele é um artista e que a uma certa estética por trás de tudo, onze vítimas doze horas, isso é apenas uma confirmação que haverá um décimo segundo homicídio, mas como se ele está preso e não há nada aqui? –Houve uma breve pausa antes dele continuar. –Mr. Lawrence, poderia me entregar a relação de todas as vítimas?
            -Claro. –Disse ele o entregando um envelope.
            David sentou-se no chão e começou a analisar o conteúdo que lá havia  comparando com o diário de M. Styles.
            -Creio que além do fato deles serem virgens, todos eram os caçulas da família, não eram os primogênitos mais simplesmente os mais novos. –David encarou os papéis antes de voltar a falar. –Creio que devemos voltar à cela de Arthur, algo não está certo.
            Não demorou muito e eles já estavam na frente de Arthur Styles.
            Ele permanecia da mesma forma de antes, estava sentado em uma cadeira, com as mesmas roupas manchadas de sangue, com as mãos algemadas para trás.
            -Já estão de volta, não os esperavam tão cedo. –Falou ele com a voz sarcástica.
            -Vamos parar de gracinhas, nós encontramos os corpos no cemitério, porém eu quero respostas. –Disse David com voz autoritária.
            -Não, você não quer. –Falou Arthur. –O que você precisa é de perguntas, pois são perguntas que eu irei lhe dar.
            David apenas o olhava em silêncio.
            -Você deve ter passado o tempo todo se perguntando por que você? Entre tantos, por que eu escolhi você? Por que era o mais capaz? Não! Porque era o mais jovem detetive da história. –Arthur deu um leve sorriso e voltou a falar. –Eu matei e onze violentei sexualmente onze pessoas, e fiz isso da melhor maneira possível, deixando para trás mistério e beleza, mas creio que isso você já saiba, e como você já descobriu a localização dos corpos creio que também já saiba o porquê?
            -Amor à arte! –Exclamou David.
            -Mas algo não se encaixa, e você quer saber o porquê, não? A décima segunda vítima, essa infelizmente não poderei desfrutar do toque da pele ou do prazer de ouvi-la gritar, mas o fato de eu ter planejado a morte dele, já é alguma coisa. –falou ele com o leve sorriso no rosto.
            David apenas o olhava com olhos assustados.
            -Creio que você já esteja encaixando as últimas peças, afinal de contas você é o grande David Huhlvan. –Falou M. Styles fazendo David perder a cabeça.
            Mr. Huhlvan avançou para cima do prisioneiro totalmente histérico, seus amigos o seguraram antes que ele pudesse matar Arthur estrangulado.
            -O que foi que aconteceu David. –Falou sua prima quase gritando.
            David estava enfurecido, a ponto de gritar e de insultar um mero psicopata sem escrúpulos.
            -Senhor. –Disse Alexander sem entender absolutamente nada. –O que aconteceu.
            -Acho que nem eu estou entendendo. –Falou Jacqueline.
            Meu marido apenas ria com toda a situação.
            -Sua reação foi melhor do que eu esperava. –Falou ele por fim, voltando a gargalhar.
            -Como! –Gritou David dentro da sela. –Como!!!
            -Normalmente quando uma dama se casa, ela muda o nome. –Disse M. Styles voltando a rir.
            David se soltou dos braços de M. Lawrence que o segurava com medo das reações do jovem. Então M. Huhlvan saiu correndo da sela de Arthur, passando pelos oficiais, indo em direção à rua, ele se jogou dentro de seu carro, gritando feito louco a palavra NÃO.
            -NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO. Gritava ele cada vez mais alto, e a cada grito ele pisava mais ainda no acelerador do carro.



{...~...}
            -Essa tenho que assumir que eu definitivamente não entendi nada. –Disse Jacqueline.
            -Devo dizer a mesma coisa. –Falou Lawrence.
            -Deixe-me explicar para vocês. –Disse Arthur com ironia. –As únicas questões que faltava no quebra cabeça eram quem era a última pessoa a ser assassinada e o porquê de eu ter escolhido David como detetive. –Houve uma breve pausa, tempo esse que o prisioneiro usou para encarar cada um. –Ele percebeu que eu não escolhi vocês pelo acaso, eu o escolhi, simplesmente o escolhi.
            -Continuamos sem entender. –Falou Anny.
            -Deixe-me ser mais claro, há um motivo de eu matar sempre o mais novo da família, eles simplesmente tem um irmão ou uma irmã mais velha que os ama e que são capazes de fazerem qualquer coisa por ele.
            -Ou seja, você esta manipulando o irmão de alguma das vítimas? –Perguntou Alexander.
            -Não, ele não está. –Disse Jacqueline. –Ao menos não ao irmão.
            -Bingo. –Disse Arthur.
            -Pensem bem. –Jacqueline voltou a falar. –Nós não estamos aqui por que somos os melhores, e sim porque somos amigos e família de David. –Ela tomou os relatórios das mãos de M. Lawrence e após olhar bem para os papéis ela voltou a falar. –Esse desgraçado não está manipulando o irmão de uma das vítimas e sim uma irmã, por isso ele disse que quando uma dama se casa ela muda o nome. –Ela virou a folha para os demais. –Mary Walker, irmã da falecida Dany Walker, nós conhecemos Mary, mas por outro nome.
            -Mrs. Horan.
            -Ai me Deus. –Gritou Anny. –Christopher.
            -Eu poderia aplaudir vocês, mas como podem ver não consigo. –Disse Arthur, porém ninguém os deu ouvidos.
            -Temos que voltar para casa rápido. –Disse Alexander.
            -Creio que não temos mais tempo. –Falou Jacqueline olhando para o relógio. –Como David nos disse, tudo não passa de uma obra de arte, temos que ser de fato rápidos, mas não para ir para à mansão, mas para o cemitério, pois é lá que tudo termina.
{...~...}


            David praticamente arrombou a porta de sua casa, ele estava feito um louco.
            -Christopher. –Gritava ele subindo as escadas. –Hades. –Disse ele olhando para seu cachorro caído no corredor. –Aquela desgraçada dopou meu cachorro. –David se levantou e foi para o quarto de seu filho, porém nada lá encontrou, ele foi até seu quarto e retirou uma espada que estava presa à parede.
            Segurando firme sua arma ele desceu rapidamente as escadas voltando para seu carro, ele estava diferente do normal, seus olhos estavam vermelhos, David estava emanando raiva e ódio. Ele acelerou o carro e foi em direção ao cemitério, pois é lá onde tudo termina.




VII

            -Me solta sua, bruxa. –Gritava o mais jovem membro da família Huhlvan enquanto Mary o estava o arrastava cemitério adentro.
            -Cala a boca, fedelho. –Disse ela sem mostrar nenhuma emoção. –Logo, logo isso vai acabar você vai está morto e eu estarei com minha irmãzinha.
            -Nãoooo. Me larga sua bruxa, meu pai vai vir atrás de você e você vai se ferrar.
            -O único ferrado aqui é você garoto agora cale essa boca ou eu...
            -Ou você o quê? Oficial Horan. –Disse M. Lawrence apontando uma arma para ela.
            -Você não tem mais saída Mary, solte o garoto! –Falou Jacqueline com voz autoritária.
            -Vocês não entendem, eu não posso! Aquele maldito vai matar minha irmã se eu não fizer isso.
            -Do que você está falando, sua irmã já está morta. –Questionou Miss P.C.
            -Não. Ela não está. –Disse Mary com lágrimas nos olhos. –Ele disse que apenas a sequestrou, o sangue não era dela e sim de animal.
            -Não Mary, não era! Nós vimos o corpo de sua irmã, ela está morta, agora largue o garoto e se entregue. –Negociou Jacqueline.
             -Mentira. –Ms. Horan gritava desesperadamente. –Ela esta viva, eu sinto que ela está.
            -Oficial Horan, pense bem, não vale apena tirar a vida de um inocente, entre na catacumba da família Styles e veja com seus próprios olhos, sua irmã está morta.
            -Não, não está. –Disse ela segurando o garoto pelos cabelos e levantando a pequena faca que estava em sua mão. –Farei o que Arthur me ordenou e poderei me encontrar com minha amada Dany.
            Ela segurou firme a faca e se preparava para sangrar o garoto quando algo se aproximou rápido demais para que se pudesse raciocinar, David saltou de uma das catacumbas em direção a Mary Horan e com um rápido movimento de sua espada ele arrancou o braço dela fora, fazendo-a se distanciar do garoto e cair no chão aos gritos, ele se pôs em cima dela e estava a pressionar a lâmina de sua espada sobre o pescoço da oficial.
            -David! Não faça isso. Gritou alguns dos ali presentes, porém ele não os ouvia.
            Seus olhos estavam vermelhos e cegos pela raiva que possuía em seu corpo. A oficial Horam já com sua cor ficando pálida devido a perda de sangue devido a ausência de um de seus membros, agora sentia o fio da espada cortar  sua garganta.
            -De-mê um único motivo para eu não te matar. –Disse M. Huhlvan.
            Com a pele pálida e os olhos cheios de lagrimas ela disse.
            -Seu filho está te olhando.
            O coração de David parou por alguns instantes, toda raiva que ele sentia se esvaiu,  ele se levantou soltou a espada e correu até a criança ali presente e a abraçou a erguendo e a segurando nos braços.
            -Rápido chamem uma ambulância.  –Disse Jacqueline.
            -Eu posso fazer os primeiros socorros. –Se pronunciou Alexander.
            -Eu tenho que ir. –Disse David.
            -Espere. –Interrompeu John Lawrence. –Para onde você vai?
            -O jogo ainda não acabou. –Finalizando ele caminhando para a saída do cemitério com seu filho nos braços.
           




VIII


            -Creio que você conseguiu a tempo. –Disse Arthur olhando para David ainda segurando seu filho.
            -O jogo acabou. Agora me diga, por quê?
            -Creio que não terei tempo para responder.
            -Não entendi.
            -Você foi rápido mas nem tanto, seu tempo está se esgotando. –Disse ele balançando a cabeça fazendo com que David olhasse para o relógio. –Faltam apenas alguns segundos para seu tempo acabar, a única coisa que posso dizer é que eu não estava sozinho, isso tudo foi um teste, e não irei dizer se você passou ou não.
            David olhou incrédulo para ele.
            -Acho incrível a incapacidade da polícia, sabe, eles me encontraram nu deitado em sangue, a única coisa que fizeram foi me jogar água limpa e me vestir com as roupas que estavam no chão do banheiro. –Disse ele forçando sua mão a pegar uma pequena seringa em seu bolso e a ejetando sobre sua veia. –Você nunca se perguntou o que de fato aconteceu com seus pais. –Ele deu uma leve risada olhando o rosto assustando de David. –Deveria.
            -Guardas. –Gritou David
            -4. –Disse Arthur fazendo contagem regressiva.
            -Abram a cela. –David gritava, assustando seu filho.
            -3.
            Os guardas pegaram as chaves e correram na direção deles.
            -2.
            Antes que eles pudessem abrir a sela o tempo se esgotou.
            -1.
            -Espere, o que você sabe sobre os meus pais.
            -Arte é arte, e como eu disse, doze caíram. -Arthur apenas sorriu ao sentir o veneno percorrer suas veias, seu corpo começou a se debater e sua boca a espumar, David não pode fazer nada a respeito, apenas cobriu os olhos de seu filho.


J. Aeff



22 comentários:

  1. Nossa mais emocionante do que nunca, amei a historia

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. obrigado, estou tentando da o meu melhor. rsrsrs

      Excluir
    2. Eu vou fica loca juro. Muito bom.

      Excluir
    3. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, nada kkkkkkkkkk, fico feliz que tenha gostado rsrs

      Excluir
  2. Cara oq foi isso?
    Nunca tinha lido uma história de suspense TAM boa em td a minha vida kkkk....
    O sarcasmo de Arthur foi extraordinário, ficou MT bom, MT BM MSM...
    Pensei MSM que n daria tempo, que o pequeno Christopher morreria...
    Mim apaixonei por suas histórias!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Estou começando a me acha com seus comentários kkkk muito obrigado

      Excluir
    2. Pois pode se achar MSM kkkkk
      E se VC se perder, comento mais para que se encontre kkkkkkkkk 😂😂😂😂😂😂

      Excluir
  3. VC é MSM melhor dos melhores Fran... As anteriores ficaram boas, MT boas, mais essa ficou, sei lá, MT única, arretada... Super BOA!!!

    ResponderExcluir
  4. Que homem psicopata em.
    Tô amando tudo isso kkk
    As histórias tão demais, Parabéns Fran.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. muito obrigado kkkk e aqui é Jay, não conta meu verdadeiro nome, tenho vergonha kkkkkkkkk

      Excluir
    2. muito obrigado kkkk e aqui é Jay, não conta meu verdadeiro nome, tenho vergonha kkkkkkkkk

      Excluir
  5. Suspense a mil...Nem vou falar muito kkk curiosa pra lê os outros!

    ResponderExcluir
  6. Nossaa,não consegui desgrudar os olhos até terminar de ler...muito fodástico👏👏sem palavras👏e esse Arthur sem nem oque falar dele.Tu arrasa!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bom, Obrigado, creio q essa história foi a melhor da geração.

      fico feliz q tenha gostado rsrs...

      Excluir
    2. Procede,essa realmente foi a melhor.Vou ler as outras.

      Excluir
    3. rsrs... O.K.

      continue lendo e se surpreendendo.

      um abraço. J. Aeff

      Excluir
  7. Ate que fim, que Devid perdeu gostei muito da historia principalmente porque Devid Huhlvan perdeu o suspense foi de matar o drama foi perfeição ação foi de tira o ar espero que Devid tenha mais rivais como esse mas eu sei que isso e so um começo de um estopim

    ResponderExcluir
  8. Você está certo, é apenas o começo do estopim <3

    ResponderExcluir