Fogo e gelo
Alguns dizem que o mundo acabará em fogo,
Outros dizem em gelo.
Fico com quem prefere o fogo.
Mas, se tivesse de perecer duas vezes,
Acho que conheço o bastante do ódio
Para saber que a ruína pelo gelo
Também seria ótima
E bastaria.
Ao
menos era isso que pensava antes do meu mundo acabar, os mundanos são egoístas,
frios e sem princípios. Outrora me apaixonei e esse amor me deixou cega, não me importava com o que as pessoas
falavam, ou o quanto me criticavam, eu simplesmente o amava. O que mais queria
era que meu mundo acabasse em fogo,
ansiava em afogar-me no fogo da paixão,
eu o amava como se não houvesse o amanhã, e esse amor foi minha ruína.
Amor é como uma chama delicada que
devemos cuidar. O problema é, e se nunca houve esta chama? E se todos os “eu te
amo” foram falsos? Como saber que alguém que você ama, o ama da mesma forma?
Essas são as questões. Não se sabe, até que seja tarde de mais.
Apaixonei-me
e amei loucamente Arthur Styles, como uma mulher apaixonada proporcionei tudo a
ele, amor, luxúria e tudo o que um homem poderia sonhar. Até que um dia, sem
mais nem menos ele me levou até a banheira de nossa casa, ela estava seca, porém
não estranhei, conhecia Arthur e sabia que em sua mente se passavam várias
brincadeiras sexuais, então simplesmente lhe obedeci em tudo, e como uma mulher
submissa, realizei suas vontades naquela banheira. Até que Arthur mudou, ficou
selvagem e agressivo digamos assim, e começou a me machucar.
Não
me importei, verdade seja dita! Porém assim que terminamos, ele não descansou;
levantou-se e saiu da banheira me deixando sozinha, pouco tempo depois ele
voltou, e estava exausta, mas o recebi com um sorriso, sorriso esse que durou
pouco, ele me segurou pelos cabelos e com um movimento brusco e violento,
ergueu parte do meu corpo e antes que eu pudesse gritar de dor, ele passou o
fio de uma navalha em minha garganta, fazendo meu sangue jorrar dentro da
banheira, eu apaguei e morri segundos depois.
Sim eu estou morta, mas essa não é a questão, não é o
assassino que devem procurar, e sim a mim.
II
-David.
–Disse sua prima entrando em seu quarto.
Ele
fechou o livro que estava lendo e disse.
-Espero
que seja importante, pois se você interrompeu minha leitura por besteira...
-A
casa. –Disse ela o interrompendo. –Esta cercada por policiais.
-O
que você fez? –Perguntou ele, levantando-se.
-Eu
não fiz nada.
-Seiiiii.
–falou ele. – Eu preciso saber o que você fez, caso queira que eu lhe tire da
cadeia, caso contrario eu não vou pagar a fiança.
-David.
–Gritou ela.
Ele
começou a rir.
-Creio
que algo muito importante aconteceu. –começou ele antes de Alexander chegar.
-Senhor.
- -Falou ele. –Mr. Lawrence, Miss P.C. e vários agentes da polícia estão lá em
baixo, eles disseram que tinham algo importante para falar, tanto com o senhor,
Miss Felix e comigo.
David
olhou para sua prima e disse.
-Anny,
pelo amor de Deus, o que você fez?
Antes
que ela pudesse defender-se David saiu do quarto e desceu as escadas rindo,
sendo seguido por Alexander.
À
medida que David descia as escadas, ele viu através de algumas vidraças que a
casa estava cercada. Ao chegar a sua sala de visitas deparou-se com três
figuras sentadas em seu sofá, que assim que o viram se aproximar levantaram e
fizeram uma rápida saudação e voltaram a sentar.
David,
Anny e Alexander sentaram a frente deles.
-O
que traz vocês aqui a essas horas? –Perguntou o jovem Huhlvan.
-David. –Começou John. –Você já ouviu falar
nos casos rosa de sangue?
David
serrou os olhos e disse.
-Mas
é claro, isso são assassinatos de fama internacional, mas o que eu sei é apenas
o que todos sabem, um homem ficava com mulheres e em seguida ele as matava
deixando apenas o sangue das vitimas no local e ele sempre jogava uma rosa
branca no meio desse sangue, esse psicopata tanto pelo fato de fazer isso, como
o fato de não deixar o corpo no local, mas eu não ouvi nenhum relato dos corpos
serem encontrados.
-Porque
nunca foram. –Disse Jacqueline. –Tanto o psicopata não havia sido preso quanto
os corpos jamais foram encontrados.
-Como
assim era? –Perguntou Miss Felix.
-Aparentemente.
–Disse M. Lawrence. –Ele se entregou.
-Como?
–Falou David.
-Ele
simplesmente ligou para a polícia e se entregou. –Respondeu John Lawrence. –Só
que há um pequeno detalhe.
-Que
seria? –Voltou a perguntar M. Huhlvan
Desta
vez quem lhe respondeu foi Jacqueline P.C.
-Quando
a polícia chegou à cena do crime, em vez de encontrar a rosa como de costume,
encontraram o psicopata se banhando com o sangue da vítima, que aparentemente
era sua esposa.
-Meu
Deus. –Disse Anny colocando as mãos sobre a boca.
-Você poderia me contar o que
aconteceu nos mínimos detalhes?
Mr.
Lawrence, diretor da agencia de detetives tomou a palavra.
-Ouça
bem. Às doze e cinquenta e sete da noite de hoje, a polícia recebeu um
telefonema com os seguintes dizeres. –Lawrence falou olhando para uns papeis
datilografados em sua mão. –(Boa noite senhores, meu nome é Arthur Styles, mas
conhecido como o assassino da rosa de sangue e acabei de assassinar minha
esposa e antes que perguntem, eu já me livrei do corpo dela. Agora se forem
rápidos, me encontrarão deitado na banheira de minha casa.) Ele passou o
endereço e desligou o telefone. –Ele guardou os papéis antes de voltar a falar.
–Em menos de dez minutos a polícia já estava dentro da casa dele, e o
encontraram de fato deitado na banheira, com um simples detalhe ela estava com
sangue em vez de água, mas não foi apenas isso que chocaram os oficiais, mas o
fato de Arthur estar sorrindo e havia certo brilho em seu olhar.
-E
por que vocês estão aqui? –Perguntou Alexander. –Possamos deduzir que ele já
esteja preso, não?
-Sim,
ele está. –Respondeu M. Lawrence. –O problema, meu caro é onde ele escondeu os
corpos.
-A
polícia poderia obrigá-lo a falar. –Sugeri-o Anny.
-Não
haverá necessidade. –Disse de contra partida o diretor da agência de detetives.
–É por isso que estamos aqui, ele deu uma lista a M. Helmsley dizendo que
revelaria onde os corpos estão se os cinco citados estiverem a sua frente, e
adivinhem só, nós somos esses cinco.
-Perdão? –Disse o criado de David.
-Jacqueline
P.C., David Huhlvan, Anny Felix, Alexander Silver e eu John Lawrence, somos as
cinco pessoas que Arthur Styles exige ver para contar onde os corpos das suas
vítimas estão.
-Mas
por que eu? –Alexander voltou a perguntar.
-Não
sabemos. –Respondeu Miss P.C.-Tentamos o máximo possível encontrar uma ligação
entre nós, mas tudo foi em vão. David e Anny são primos, você trabalha pra
David há anos, talvez seja o único amigo que restou dele, mas e quanto a mim e
a M. Lawrence, somos apenas conhecidos.
-A
conclusão que chegamos era que. –John tomou a palavra. –Ele sabia dos vários
casos que já trabalhou David e como ele é um dos maiores psicopatas do mundo,
talvez queira um dos melhores detetives envolvidos no caso e no casso Anny e
Alexander estão envolvidos no caso por serem próximos a você. –Houve uma breve
pausa. –Eu não sei o que passa na mente de um serial kill, mas poucas pessoas
sabem sobre sua prima e bem menos ainda sobre Alexander.
-Isso
sem contar que apenas a família da baronesa Mader e de Mrs. Temple sabem que eu sou amiga de David. –Disse
Jacqueline.
-Isso
significa que ele esteve me espionando. –Disse o jovem Huhlvan.
-Exatamente.
–Disse John. –A questão é. Por quê?
Após
uma longa pausa Jacqueline disse.
-E
então David, vai aceitar o caso?
-Tenho
alguma escolha?
Ela
respondeu rindo.
-Claro
que não, nós fomos intimados pela polícia inglesa a comparecer na sela dele.
-O
problema é que eu tenho uma criança e não posso deixá-la sozinha.
-É
por isso que estou aqui. –Disse a terceira pessoa sentada no sofá. –Meu nome é
Mary Horan, sou uma oficial da central e vou cuidar do pequeno Christopher
enquanto o senhor estiver fora.
-Vocês
pensaram em tudo mesmo, não foi? –Disse David olhando para os outros dois.
-O
que você esperava? Que a gente force vir aqui te convencer apenas com o diálogo? –Disse Jacqueline,
levantando-se. –E então, vamos? –Disse ela por fim.
David
acenou com a cabeça, colocando-se de pé, sendo seguido Alexander e por sua
prima, ele virou-se para Ms. Horan e disse.
-O
quarto de Christopher fica à esquerda do primeiro corredor do andar de cima,
caso ele acorde e pergunte por mim, explique que estou trabalhando, no quintal
tem um cachorro, deixe-o brincar com ele, caso você precise de alguma coisa,
sinta-se a vontade.
-Ela
já sabe David. –Disse Jacqueline o segurando pelo braço e o puxando. –Agora
vamos pai coruja.
III
Os
cinco se depararam com um homem alto e forte de cabelos castanhos repicados e
olhos claros, ele estava sentado em uma cadeira no meio da cela, usava roupas
molhadas cobertas por manchas de sangue, no seu rosto e cabelo era possível ver vários
resíduos de sangue, aparentemente a polícia havia lhe jogado água para tirar o
excesso de sangue e o vestiu em seguida.
-Aqui
estão as pessoas que você queria ver, agora fale onde escondeu os corpos.
–Disse um oficial.
Arthur
ergueu a cabeça e sorriu ao ver o rosto de David.
-Não
irei contar nada. –Disse ele sorrindo.
-Mas
nós estamos aqui como você pediu. –Protestou Jacqueline.
-Eu
os reuni aqui não foi para dizer a verdade, mas porque são os melhores, e eu só
quero os melhores para revelarem os meus segredos.
-Então.
–Começou Anny. –Então, você quer que nós descubramos onde você escondeu os
corpos?
-Não
é só isso minha jovem, o fato de eu está aqui dentro e vocês cinco aí fora, faz
parte de um jogo, meu jogo!
-O que
você quer dizer com jogo? –Voltou a perguntar Miss Feliz.
-Simples. Vocês têm até às seis horas
de hoje para encontrar meu ou meus esconderijos.
-E se
nós recusarmos? –Perguntou M. Lawrence.
Artur
começou a rir feito um louco.
-Vocês
não vão recusar, pois a vida de um inocente está em risco.
-O
quê?
-Deixe-me
explicar tudo. –Começou ele. –vocês têm até as 6h da manhã para descobrir onde
está o corpo de minha esposa e das demais vítimas e terão que descobrir quem
será a próxima pessoa a ser assassinada e terão que resolver tudo isso nesse
meio tempo, ou caso o contrário, a vida de um inocente estará nas mãos de
vocês.
-Isso
é loucura. –Disse John.
-É
claro que é, e eu sei bem disso, mas não vejo motivos para ficarem chateados,
vocês são os melhores no que fazem, excerto a senhorita Felix, ela está aqui
apenas para fazer volume.
-O
quê?! –Disse ela.
David
e Alexander seguraram o riso.
-Preste
bem atenção, essa será a única pista que vos darei. Eu matei Larry Styles.
–(Ouvi esse desgraçado falar meu nome deixou-me, não sei descrever ao certo,
com raiva?) –Pontualmente meia noite, levei uma hora para matá-la, me livrar do
corpo e ligar para a polícia, vocês podem chamar esse caso de o segredo da meia
noite, pelo fato de eu achar poético. –Finalizou ele com um sorriso.
Creio
que estamos metidos em uma baita confusão. –Disse Alexander.
Mr.
Lawrence se aproximou de um dos oficiais e disse.
-Teria
como ceder uma sala, para que possamos conversar mais a vontade?
-Claro,
creio que vocês terão muito trabalho daqui pra frente, sigam-me.
Eles
foram levados para uma pequena sala, onde só havia uma mesa e alguns papéis.
-Creio
que não temos muito tempo. –Falou David olhando para um relógio de bolso. – já
são duas horas e cinquenta e dois minutos.
-Tá, por
onde iremos começar? –Falou Miss P. C.
-Temos
que a analisar todos os locais possíveis que ele possa ter ido, e eu preciso de
um relatório sobre todas as vítimas, preciso saber se elas têm algum tipo de vínculo.
-Pera.
–Falou Anny. –Quem disse que você é o líder?
-Alexander.
–Disse ele.
-Entendido
senhor. –Falou ele em reposta.
Mr.
Silver foi em direção a Anny colocando a mão sobe os seus ombros e começou a
conduzi-la para a saída a empurrando e trancando a porta em seguida.
-Isso
não é justo. –Gritou ela do lado de fora, logo após ouviram pequenos choros,
foi quando ela disse. –Tá, eu vou procurar café então.
-Podemos
continuar? –Perguntou David ignorando sua prima.
Os
demais concordaram e ele disse.
-Mr.
Lawrence, poderia me trazer um relatório com os nomes de todas as vítimas,
contando os nomes das famílias, idades, empregos e tudo o que for possível.
-Mas
é claro. –Disse ele saindo o mais rápido possível da sala, como ele era diretor
de uma agência de detetives, não seria difícil para ele conseguir tais papéis,
aparentemente ele só fez umas duas ligações.
David
olhou para as paredes e viu um mapa da cidade pendurado em uma delas, ele o
arrancou e o jogou sobre a mesa.
-Jacqueline
e Alexander vocês são bons em algumas coisas, como encontrar pistas. –Falou ele
olhando para a garota. –E como conhece cada rua dessa cidade e andar por elas
rápido demais e de uma forma tão eficaz que ninguém os notam. –Disse ele se
virando para seu amigo. –vejam. –Falou ele apontando para o mapa. –Aqui fica a
casa de M. Styles, suponhamos que ele não tenha escondido os corpos perto de
sua casa, levando em consideração o que ele nos falou. Ele teve uma hora para
matar e esconder o corpo de sua esposa, se ele tivesse levado o corpo dentro de
um carro, até onde ele poderia ter ido?
-Temos
que levar em consideração o tempo que ele levou para matar sua esposa, eu não
conheço a estrutura de sua casa, não posso falar onde fica a banheira onde ele
cometeu o homicídio, mas calculando um tempo qualquer; ele levou o corpo de sua
esposa e voltou para sua casa ligando assim para a polícia desligando o
telefone pontualmente uma da manhã, fazendo tudo literalmente em uma hora,
então. –Jacqueline pegou uma caneta que estava no canto da mesa.
Ao pensar um pouco Alexander disse.
-Então.
–Ele pegou a caneta das mãos de miss P.C. e disse formando um círculo no mapa. –Essa
é a área estimada de onde ele poderia ter escondido o corpo.
-Ótimo.
–Disse M. Huhlvan. -Vamos até a casa dele, iremos partir de lá. –Ele pegou um
pedaço de papel e escreveu algumas instruções para M. Lawrence, saindo em
seguida sendo acompanhando dos outros dois.
-David.
–Disse Jacqueline quando ele já estava dirigindo.
-Sim?
–Respondeu ele.
-Sobre
a última vítima que ele mencionou, você acha que teria possibilidades de ser a
esposa dele, tipo, e se ele não a matou, e se o sangue que a polícia encontrou
fosse, sei lá, de algum animal, poderia ser ela a última vítima que ele estava
falando, pense bem. E se ela estiver presa no lugar onde ele escondeu os
cadáveres e sei lá, uma bomba caseira ou algum tipo de tecnologia estrangeira
estivesse sendo usada e algo estivesse
programada para matá-la as 6 horas em ponto.
-Isso
pode ser levado em consideração, mas acho pouco provável que o sangue seja de
animal, mas iremos descobrir em breve.
Não
demorou muito e Alexander já estava dando um jeito de abrir a porta, pois eles
se esqueceram de pegar as chaves com os oficiais.
A
casa era simples, porém com cada objeto bem organizado, a casa era de primeiro
andar e o banheiro que meu marido havia utilizado ficava no primeiro andar.
O
sangue, não! O meu sangue ainda estava nas paredes e a banheira estava intacta,
toda manchada de sangue.
-Ele
fez um estrago e tanto aqui. –Falou David
Eles
foram até a sala de jantar, onde colocaram o mapa sobre a mesa.
-Alexander.
–Começou David. –Você veio o caminho todo olhando o mapa, quais são os
possíveis locais que ele poderia usar
como esconderijo?
-Há
um depósito ao Norte, um ferro velho ao centro-oeste, tem algumas casas também
que estão abandonadas, creio que ele não ousaria escolher um local por perto,
seria muito arriscado.
-Podemos
verificar todos os locais que Alexander mencionou, Creio que temos tempo para
isso, você deveria se reunir com Lawrence e descobrir mais sobre a próxima
vitima, e talvez descobrindo quem é a pessoa, possamos encontrar com mais
facilidade o local, onde ele escondeu os corpos.
-Tenho
que concordar senhor. –Disse Alexander.
-O.K.,
então vão. –Disse David. –Irei dar uma olhada em toda a casa, qualquer coisa
sabe onde me encontra.
Quando
eles saíram David foi até o escritório, ver se encontraria algo útil por lá.
David vasculhava a biblioteca de Arthur, incrédulo com as
diversas coleções de obras clássicas que havia ali. Era difícil saber como um
psicopata pensa, muitos acreditam que eles são antissociais, loucos, mas não,
meu Arthur sempre foi normal, normal até demais.
David olhou entre os livros em busca de alguma coisa, uma
pista, talvez até mesmo um bilhete, qualquer coisa que levasse até o
esconderijo de meu marido, mas nada ele encontrou.
(Ele era frio, calculista e acima de tudo um belo ator)
Pensou David.
-O pior é que ele já havia planejado tudo desde o início.
–Falou ele consigo mesmo. –Mas por que eu? –Disse ele respirando fundo
caminhando para fora do escritório. –Arthur Styles? Creio que nunca tenha
cruzado com ele antes, então por quê? –David cruzou o corredor e foi em direção
ao primeiro andar, ele estava voltando até o local do crime.
Mr. Huhlvan deu uma boa olhada no banheiro à procura de
detalhes, ele se aproximou da banheira e disse.
-Pelo que foi dito todo o crime aconteceu durante exatamente
uma hora, pontualmente à meia noite ele matou sua esposa, escondeu o corpo,
voltou para casa e ligou para a polícia. –Ele encarou a banheira antes de
continuar. –Provavelmente ele cortou a garganta dela, pois não haveria maneira
mais rápida e fácil de fazer alguém sangrar até a morte, ele não foi muito
longe, pois ele se banhou com o sangue da esposa, ou seja, isso ocorreu antes
dele coagular, ou seja, o esconderijo, então por que exatamente uma hora?
(Por que vocês não chamam
esse caso de o segredo da meia noite)- Lembrou-se.
-Mas é claro, por puro perfeccionismo. –Ele sorriu
colocando a mão no rosto. –É um louco. Finalizou ele olhando entre as brechas
dos dedos para as manchas de sangue.
IV
Alexander arrombou a porta de um armazém abandonado com
um único chute, adentrando nele sendo seguido por Miss P.C.
-Nossa. Você é mais forte do que eu pensei. –Falou ela
por fim.
-Eu não sou um simples criado, caso seja isso que queira
saber.
-Oh! Desculpe-me, não foi isso que eu quis dizer.
Alexander a ignorou e subiu algumas escadas segurando uma
arma por precaução, porém seus esforços até agora haviam sido em vão.
-O mapa? –Perguntou ele.
Jacqueline o entregou e disse.
-Creio que a gente está olhando de forma errada.
-Foi o que pensei. –Respondeu ele a seco.
-Esses são os pontos mais prováveis, dentro dos padrões
do horário. Ela olhou para seu parceiro e disse. –Creio que deveríamos olhar os
menos prováveis.
-Mais esses seriam pontos perto de sua casa, e isso seria
impossível, ele não teria essa audácia, alguém poderia vê-lo.
-Pense
bem meu caro, ele levantaria mais suspeitas indo a lugares abandonados e
desertos, e ele também poderia ter alguém trabalhando para ele.
-Acho pouco provável o fato dele ter um parceiro. –Disse
Alexander. –Mas você pode está certa em relação ao esconderijo. Mas não vejo
nenhum local provável para esconder uma pilha de corpos.
-Vamos ao ferro velho. –Disse ela apontando para o mapa.
–Talvez ele tenha usado alguma coisa lá como caixão, sei lá.
V
-Já chegamos? –Perguntou Miss Felix.
-Sim, essa é a casa. –Respondeu John Lawrence.
Eles saíram do carro e seguiram juntos para dentro da
casa, onde encontraram M. Huhlvan dentro do antigo escritório de Arthur.
-David. –Falou John. –Encontrei os registros das vítimas,
mas não sei no que isso poderá ajudar.
David sorriu, levantando-se da cadeira exibindo um
pequeno caderno.
-Nos ajudará em muito, meu caro! –Começou ele. –Esse é o
diário de Arthur, e aqui está registrado cada processo, cada vítima, as mortes
nos mínimos detalhes.
-Como foi que você conseguiu isso? –Falou Anny o
interrompendo.
-Bom...
{...~...}
David olhava entre as brechas de seus dedos quando começou
a andar em direção à banheira e entrou nela, o sangue que havia lá dentro havia
saído pelo cano, quando a polícia chegou ao banheiro horas antes, e encontrou
Arthur lá, ao se levantar meu marido puxou a tampa do ralo, fazendo assim o
sangue escoar encanação a baixo. David se fazia em pé dentro da banheira, ele
olhava para cada lado daquele banheiro, observando cada detalhe, mas foi quando
ele levantou a cabeça, olhando por fim para cima, ele viu uma pequena alteração
no teto, um pedaço da madeira um pouco fora do lugar, por assim dizer. O jovem
detetive subiu nas bordas da banheira, ao ficar em pé ele tocou o pedaço de
madeira que se fazia ali, e só então puxou do bolso de seu blazer um pequeno
canivete, e com certo cuidado ele colocou sua pequena faca entre as brechas
daquele teto e puxou a madeira para baixo, o arrancando de vez, deixando um
pequeno buraco no teto. Ao colocar a mão ali, ele sentiu alguma coisa lá dentro
e foi então que ele retirou o diário do maldito, sem coração, filho de uma mãe
aquele desgraçado que não vale nada, digo o diário de meu amado marido.
{...~...}
-Bom, como eu consegui isso creio que não seja
importante. –Disse David. –Mas sim o que tem aqui dentro. –Ele colocou o diário
sobre a mesa. –As vítimas, foram nove mulheres contando com sua esposa e dois
homens. –David deu um leve sorriso antes de continuar. –E todas as vitimas
tinham algo em comum.
-Que seria? –Perguntou Lawrence.
-Todas eram virgens.
-Mas e a esposa dele, pelo o que eu vi eles eram casados há
anos. –Questionou sua prima.
-Exatamente, Larry era casada com Arthur já faz um bom
tempo, e presumo que nesse tempo eles, bom vocês sabem, mas há um detalhe
importante, Larry casou-se virgem com nosso psicopata favorito, vendo isso por
outro ângulo, Arthur planejava matar sua esposa desde o início.
-Isso é um absurdo. –Disse M. Lawrence.
-Não necessariamente. –Disse David em resposta. –Eu
comecei a perceber como a mente dele funcionava quando percebi a estética de
seu último homicídio, em fazer tudo dentro de uma hora, para assim o caso ter
um nome bonitinho.
-O segredo da meia noite. –Lembrou M. Lawrence.
-O segredo da meia noite. –Falou David mais alto. –os
detalhes dessa morte, relacionado às demais, o fato dele deixar uma rosa branca
em meio ao sangue e agora ele mesmo está deitado no sangue em vez da rosa.
–David não pode segurar o riso. –Aquele maldito planejou tudo desde o começo,
planejou tudo nos mínimos detalhes, desde seu primeiro assassinato a seu casamento.
Ele associava a cor da sua pele às rosas deixadas para trás, pois ele sabia que
em seu último trufo ele ficaria para trás. Aquele desgraçado se casou até com
sua última vítima, ele é de longe um psicopata, eu diria a até que ele é um
gênio, um artista. –David levantou a cabeça colocando a mão sobre seu rosto
dando uma leve risada. –A única coisa que ele não planejou de primeira foi a
escolha das pessoas que trabalharia no caso. –Disse ele voltando a encarar os
outros dois que agora aparentavam estar com medo de suas atitudes. –Ele está se
divertindo com a situação, ou apenas está testando a gente, mas não contava que
eu sou melhor do que ele pensava. –Terminou ele voltando a se sentar na
cadeira.
-Seu primo é louco. –Falou John para Miss Felix.
-Você não viu nada, tenta morar com ele. –Disse ela como
resposta.
Nesse momento Jacqueline e Alexander entraram no escritório,
eles aparentavam estar cansados.
-Senhor. –Disse Alexander chamando a atenção de David
para sir.
-Bon ami.
–Disse ele mostrando um leve sorriso. –tiveram sucesso na busca de vocês?
-Não. –Respondeu Miss Potter. –Fomos a todos os locais
possíveis e não, não encontramos absolutamente nada.
-Creio que vocês não viram através dos olhos do nosso
amigo M. Styles, mas obrigado assim mesmo, vocês foram úteis, e a busca de
vocês apenas confirma que nosso amiguinho é um gênio, dê-me o mapa da cidade.
Eles estenderam o mapa sobre a mesa e ao tocar no ponto
onde ficaria a casa de Arthur David disse.
-Meus caros, qual o único lugar que alguém ousaria em
procurar por cadáveres? –Falou ele ficando em pé e começando a andar pelo
escritório. –Volto a mencionar que Arthur Styles nada mais é que um gênio
amante das artes. Olhem ao redor, vejam os livros que ele costumava ler, são
todas obras clássicas e famosas, agora meus caros, qual escritor inglês tem
fama internacional? Claro que é meu amado William Shakespeare. –David olhou
para os demais antes de prosseguir. –Qual foi o intuito de todas essas mortes?
Diversão é claro. E o que essas mortes geraram? Ódio e sede de vingança. Agora
pelo amor do mon Dieu, usem a
criatividade de vocês, nosso amigo psicopata deixou várias pistas. –David se
virou e pegou dois livros na estante. –A duas obras de Shakespeare que falam
sobre vingança, A tempestade, que possui um final feliz e Hamlet, que possui um final trágico, como Arthur é perfeccionista,
provavelmente a história correta é a da segunda
opção. –Falou ele jogando A tempestade fora. –Agora meus caros, Onde
ocorreu a cena mais chocante da história? No cemitério, claro! –Falou ele
abrindo o livro e o colocando sobre a mesa. –Agora eu vos pergunto novamente,
qual o local onde ninguém ousaria procurar um cadáver? –Finalizou ele colocando
o dedo sobre uma determinada área no mapa.
-Isso
seria insano. –Disse John.
-Mas ao mesmo tempo seria argiloso. –Falou Jacqueline.
-Isso significaria que ele planejou até mesmo o local
onde moraria, pois o cemitério não é longe desta casa. –Concluiu Alexander.
-Muito bem. –Falou o jovem detetive os aplaudindo, foi
quando ele pegou seu relógio de bolso para conferir a hora e disse. –Agora
temos que ir, temos menos de duas horas para o horário determinado por Arthur.
VI
Os cinco estavam no cemitério à procura da catacumba da
família Styles, coisa que eles não demoraram muito para encontrar. A porta
estava praticamente aberta, como se já esperassem por eles, mas algo não estava
certo.
-Aqui. –Falou Jacqueline descendo uma escada que havia
nos fundos, os outros a seguiram em silêncio, e por fim acabaram se deparando
com vários sarcófagos de mármore.
-Abram todos. –Disse M. Lawrence.
-Acho melhor eu ficar aqui. –Disse Anny mantendo
distancia.
Todos os sarcófagos foram abertos e em todos havia um
corpo, ao abrir o último, lá estava eu jazendo dentro de uma caixa fria de
mármore. Mas algo estava extremamente errado, faltava algo e isso sem contar
que estava fácil demais.
-Tem algo errado. –Falou David. –Tá fácil demais.
-Como assim fácil demais? –Questionou Miss Felix. –Se não
fosse por você, jamais teríamos encontrado os corpos a tempo.
-Sim eu sei, mas mesmo Arthur não sabendo quem ele
escolheria para brincar de encontre os corpos, no mínimo ele deduziria que as pistas
deixadas por ele seriam óbvias, para a mente brilhante que ele escolheria
futuramente. –Mr. Huhlvan olhou para seus companheiros e disse. –Está faltando
algo, nós acreditávamos que ao encontrar a localização dos corpos,
encontraríamos a última vítima enterrada viva, ou até mesmo a peça do último
quebra-cabeça, mas não encontramos nada, a não ser uma pilha de corpos inúteis.
Os presentes preferiram ficar calados, não por não ter
nada para falar, e sim por medo de questionar o Senhor Huhlvan.
David abaixou a cabeça fechou os olhos e respirou fundo,
ele não sabia o que fazer ao certo, então fez aquilo que sabia fazer de melhor,
pensar.
Após alguns segundos ele encarou os outros e disse.
-O segredo da meia noite, zero hora, vinte quatro horas,
não doze horas, Arthur assassinou dois homens e nove mulheres totalizando onze
vítimas, até agora vimos que de fato ele é um artista e que a uma certa
estética por trás de tudo, onze vítimas doze horas, isso é apenas uma
confirmação que haverá um décimo segundo homicídio, mas como se ele está preso
e não há nada aqui? –Houve uma breve pausa antes dele continuar. –Mr. Lawrence,
poderia me entregar a relação de todas as vítimas?
-Claro. –Disse ele o entregando um envelope.
David sentou-se no chão e começou a analisar o conteúdo
que lá havia comparando com o diário de
M. Styles.
-Creio que além do fato deles serem virgens, todos eram
os caçulas da família, não eram os primogênitos mais simplesmente os mais
novos. –David encarou os papéis antes de voltar a falar. –Creio que devemos
voltar à cela de Arthur, algo não está certo.
Não demorou muito e eles já estavam na frente de Arthur
Styles.
Ele permanecia da mesma forma de antes, estava sentado em
uma cadeira, com as mesmas roupas manchadas de sangue, com as mãos algemadas
para trás.
-Já estão de volta, não os esperavam tão cedo. –Falou ele
com a voz sarcástica.
-Vamos parar de gracinhas, nós encontramos os corpos no
cemitério, porém eu quero respostas. –Disse David com voz autoritária.
-Não, você não quer. –Falou Arthur. –O que você precisa é
de perguntas, pois são perguntas que eu irei lhe dar.
David apenas o olhava em silêncio.
-Você deve ter passado o tempo todo se perguntando por
que você? Entre tantos, por que eu escolhi você? Por que era o mais capaz? Não!
Porque era o mais jovem detetive da história. –Arthur deu um leve sorriso e
voltou a falar. –Eu matei e onze violentei sexualmente onze pessoas, e fiz isso
da melhor maneira possível, deixando para trás mistério e beleza, mas creio que
isso você já saiba, e como você já descobriu a localização dos corpos creio que
também já saiba o porquê?
-Amor à arte! –Exclamou David.
-Mas algo não se encaixa, e você quer saber o porquê,
não? A décima segunda vítima, essa infelizmente não poderei desfrutar do toque
da pele ou do prazer de ouvi-la gritar, mas o fato de eu ter planejado a morte
dele, já é alguma coisa. –falou ele com o leve sorriso no rosto.
David apenas o olhava com olhos assustados.
-Creio que você já esteja encaixando as últimas peças,
afinal de contas você é o grande David Huhlvan. –Falou M. Styles fazendo David
perder a cabeça.
Mr. Huhlvan avançou para cima do prisioneiro totalmente
histérico, seus amigos o seguraram antes que ele pudesse matar Arthur
estrangulado.
-O que foi que aconteceu David. –Falou sua prima quase
gritando.
David estava enfurecido, a ponto de gritar e de insultar
um mero psicopata sem escrúpulos.
-Senhor. –Disse Alexander sem entender absolutamente
nada. –O que aconteceu.
-Acho que nem eu estou entendendo. –Falou Jacqueline.
Meu marido apenas ria com toda a situação.
-Sua reação foi melhor do que eu esperava. –Falou ele por
fim, voltando a gargalhar.
-Como! –Gritou David dentro da sela. –Como!!!
-Normalmente quando uma dama se casa, ela muda o nome.
–Disse M. Styles voltando a rir.
David se soltou dos braços de M. Lawrence que o segurava
com medo das reações do jovem. Então M. Huhlvan saiu correndo da sela de
Arthur, passando pelos oficiais, indo em direção à rua, ele se jogou dentro de
seu carro, gritando feito louco a palavra NÃO.
-NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO. Gritava ele cada vez mais alto,
e a cada grito ele pisava mais ainda no acelerador do carro.
{...~...}
-Essa tenho que assumir que eu definitivamente não
entendi nada. –Disse Jacqueline.
-Devo dizer a mesma coisa. –Falou Lawrence.
-Deixe-me explicar para vocês. –Disse Arthur com ironia.
–As únicas questões que faltava no quebra cabeça eram quem era a última pessoa
a ser assassinada e o porquê de eu ter escolhido David como detetive. –Houve
uma breve pausa, tempo esse que o prisioneiro usou para encarar cada um. –Ele
percebeu que eu não escolhi vocês pelo acaso, eu o escolhi, simplesmente o
escolhi.
-Continuamos sem entender. –Falou Anny.
-Deixe-me ser mais claro, há um motivo de eu matar sempre
o mais novo da família, eles simplesmente tem um irmão ou uma irmã mais velha
que os ama e que são capazes de fazerem qualquer coisa por ele.
-Ou seja, você esta manipulando o irmão de alguma das vítimas?
–Perguntou Alexander.
-Não, ele não está. –Disse Jacqueline. –Ao menos não ao
irmão.
-Bingo. –Disse Arthur.
-Pensem bem. –Jacqueline voltou a falar. –Nós não estamos
aqui por que somos os melhores, e sim porque somos amigos e família de David.
–Ela tomou os relatórios das mãos de M. Lawrence e após olhar bem para os papéis
ela voltou a falar. –Esse desgraçado não está manipulando o irmão de uma das
vítimas e sim uma irmã, por isso ele disse que quando uma dama se casa ela muda
o nome. –Ela virou a folha para os demais. –Mary Walker, irmã da falecida Dany
Walker, nós conhecemos Mary, mas por outro nome.
-Mrs. Horan.
-Ai me Deus. –Gritou Anny. –Christopher.
-Eu poderia aplaudir vocês, mas como podem ver não
consigo. –Disse Arthur, porém ninguém os deu ouvidos.
-Temos que voltar para casa rápido. –Disse Alexander.
-Creio que não temos mais tempo. –Falou Jacqueline
olhando para o relógio. –Como David nos disse, tudo não passa de uma obra de
arte, temos que ser de fato rápidos, mas não para ir para à mansão, mas para o
cemitério, pois é lá que tudo termina.
{...~...}
David praticamente arrombou a porta de sua casa, ele
estava feito um louco.
-Christopher. –Gritava ele subindo as escadas. –Hades.
–Disse ele olhando para seu cachorro caído no corredor. –Aquela desgraçada
dopou meu cachorro. –David se levantou e foi para o quarto de seu filho, porém
nada lá encontrou, ele foi até seu quarto e retirou uma espada que estava presa
à parede.
Segurando firme sua arma ele desceu rapidamente as
escadas voltando para seu carro, ele estava diferente do normal, seus olhos
estavam vermelhos, David estava emanando raiva e ódio. Ele acelerou o carro e
foi em direção ao cemitério, pois é lá onde tudo termina.
VII
-Me solta sua, bruxa. –Gritava o mais jovem membro da
família Huhlvan enquanto Mary o estava o arrastava cemitério adentro.
-Cala a boca, fedelho. –Disse ela sem mostrar nenhuma
emoção. –Logo, logo isso vai acabar você vai está morto e eu estarei com minha
irmãzinha.
-Nãoooo. Me larga sua bruxa, meu pai vai vir atrás de
você e você vai se ferrar.
-O único ferrado aqui é você garoto agora cale essa boca
ou eu...
-Ou você o quê? Oficial Horan. –Disse M. Lawrence
apontando uma arma para ela.
-Você não tem mais saída Mary, solte o garoto! –Falou
Jacqueline com voz autoritária.
-Vocês não entendem, eu não posso! Aquele maldito vai
matar minha irmã se eu não fizer isso.
-Do que você está falando, sua irmã já está morta.
–Questionou Miss P.C.
-Não. Ela não está. –Disse Mary com lágrimas nos olhos.
–Ele disse que apenas a sequestrou, o sangue não era dela e sim de animal.
-Não Mary, não era! Nós vimos o corpo de sua irmã, ela
está morta, agora largue o garoto e se entregue. –Negociou Jacqueline.
-Mentira. –Ms.
Horan gritava desesperadamente. –Ela esta viva, eu sinto que ela está.
-Oficial Horan, pense bem, não vale apena tirar a vida de
um inocente, entre na catacumba da família Styles e veja com seus próprios
olhos, sua irmã está morta.
-Não, não está. –Disse ela segurando o garoto pelos
cabelos e levantando a pequena faca que estava em sua mão. –Farei o que Arthur
me ordenou e poderei me encontrar com minha amada Dany.
Ela segurou firme a faca e se preparava para sangrar o
garoto quando algo se aproximou rápido demais para que se pudesse raciocinar,
David saltou de uma das catacumbas em direção a Mary Horan e com um rápido
movimento de sua espada ele arrancou o braço dela fora, fazendo-a se distanciar
do garoto e cair no chão aos gritos, ele se pôs em cima dela e estava a
pressionar a lâmina de sua espada sobre o pescoço da oficial.
-David! Não faça isso. Gritou alguns dos ali presentes, porém
ele não os ouvia.
Seus olhos estavam vermelhos e cegos pela raiva que
possuía em seu corpo. A oficial Horam já com sua cor ficando pálida devido a
perda de sangue devido a ausência de um de seus membros, agora sentia o fio da
espada cortar sua garganta.
-De-mê um único motivo para eu não te matar. –Disse M.
Huhlvan.
Com a pele pálida e os olhos cheios de lagrimas ela
disse.
-Seu filho está te olhando.
O coração de David parou por alguns instantes, toda raiva
que ele sentia se esvaiu, ele se levantou
soltou a espada e correu até a criança ali presente e a abraçou a erguendo e a
segurando nos braços.
-Rápido chamem uma ambulância. –Disse Jacqueline.
-Eu posso fazer os primeiros socorros. –Se pronunciou
Alexander.
-Eu tenho que ir. –Disse David.
-Espere. –Interrompeu John Lawrence. –Para onde você vai?
-O jogo ainda não acabou. –Finalizando ele caminhando
para a saída do cemitério com seu filho nos braços.
VIII
-Creio que você conseguiu a tempo. –Disse Arthur olhando
para David ainda segurando seu filho.
-O jogo acabou. Agora me diga, por quê?
-Creio que não terei tempo para responder.
-Não entendi.
-Você foi rápido mas nem tanto, seu tempo está se
esgotando. –Disse ele balançando a cabeça fazendo com que David olhasse para o
relógio. –Faltam apenas alguns segundos para seu tempo acabar, a única coisa
que posso dizer é que eu não estava sozinho, isso tudo foi um teste, e não irei
dizer se você passou ou não.
David olhou incrédulo para ele.
-Acho incrível a incapacidade da polícia, sabe, eles me
encontraram nu deitado em sangue, a única coisa que fizeram foi me jogar água
limpa e me vestir com as roupas que estavam no chão do banheiro. –Disse ele
forçando sua mão a pegar uma pequena seringa em seu bolso e a ejetando sobre
sua veia. –Você nunca se perguntou o que de fato aconteceu com seus pais. –Ele
deu uma leve risada olhando o rosto assustando de David. –Deveria.
-Guardas. –Gritou David
-4. –Disse Arthur fazendo contagem regressiva.
-Abram a cela. –David gritava, assustando seu filho.
-3.
Os guardas pegaram as chaves e correram na direção deles.
-2.
Antes que eles pudessem abrir a sela o tempo se esgotou.
-1.
-Espere, o que você sabe sobre os meus pais.
-Arte é arte, e como eu disse, doze caíram. -Arthur
apenas sorriu ao sentir o veneno percorrer suas veias, seu corpo começou a se
debater e sua boca a espumar, David não pode fazer nada a respeito, apenas
cobriu os olhos de seu filho.
J. Aeff
Nossa mais emocionante do que nunca, amei a historia
ResponderExcluirobrigado, estou tentando da o meu melhor. rsrsrs
ExcluirEu vou fica loca juro. Muito bom.
ExcluirKkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, nada kkkkkkkkkk, fico feliz que tenha gostado rsrs
ExcluirCara oq foi isso?
ResponderExcluirNunca tinha lido uma história de suspense TAM boa em td a minha vida kkkk....
O sarcasmo de Arthur foi extraordinário, ficou MT bom, MT BM MSM...
Pensei MSM que n daria tempo, que o pequeno Christopher morreria...
Mim apaixonei por suas histórias!!!
Estou começando a me acha com seus comentários kkkk muito obrigado
ExcluirPois pode se achar MSM kkkkk
ExcluirE se VC se perder, comento mais para que se encontre kkkkkkkkk 😂😂😂😂😂😂
VC é MSM melhor dos melhores Fran... As anteriores ficaram boas, MT boas, mais essa ficou, sei lá, MT única, arretada... Super BOA!!!
ResponderExcluirMuito obrigado rs
ExcluirMuito obrigado rs
ExcluirNade's 😌
ExcluirQue homem psicopata em.
ResponderExcluirTô amando tudo isso kkk
As histórias tão demais, Parabéns Fran.
muito obrigado kkkk e aqui é Jay, não conta meu verdadeiro nome, tenho vergonha kkkkkkkkk
Excluirmuito obrigado kkkk e aqui é Jay, não conta meu verdadeiro nome, tenho vergonha kkkkkkkkk
ExcluirSuspense a mil...Nem vou falar muito kkk curiosa pra lê os outros!
ResponderExcluirkkkkk, continue lendo e se divertindo rs
ExcluirNossaa,não consegui desgrudar os olhos até terminar de ler...muito fodástico👏👏sem palavras👏e esse Arthur sem nem oque falar dele.Tu arrasa!
ResponderExcluirBom, Obrigado, creio q essa história foi a melhor da geração.
Excluirfico feliz q tenha gostado rsrs...
Procede,essa realmente foi a melhor.Vou ler as outras.
Excluirrsrs... O.K.
Excluircontinue lendo e se surpreendendo.
um abraço. J. Aeff
Ate que fim, que Devid perdeu gostei muito da historia principalmente porque Devid Huhlvan perdeu o suspense foi de matar o drama foi perfeição ação foi de tira o ar espero que Devid tenha mais rivais como esse mas eu sei que isso e so um começo de um estopim
ResponderExcluirVocê está certo, é apenas o começo do estopim <3
ResponderExcluir