Existe
uma antiga lenda, que fala que um Deus onipotente e misericordioso, seria o
responsável por tudo que conhecemos como criação. O que os mitos não contam é
que esse mesmo Deus, criou criaturas tão poderosas que por gerações esses seres
herdaram os nomes de deuses, sendo eles responsáveis por criarem e dominarem
civilizações.
(Emma)
I
-Que
loucura mano. -Falou Nick. -Vocês caíram em um portal e passaram anos viajando
entre reinos e quando voltaram apenas algumas semanas haviam se passado? Não pera!
Preciso saber mais, o que aconteceu com vocês nesse tempo?
-Gostaríamos
de poder falarmos, mas fomos proibidos de mencionar qualquer coisa, não sei se
você entenderá, mas aconteceu muitas coisas e isso mexeu com todos nós.
-Thamara respondeu a bruxa da Casa da Aranha.
Após
pensar um pouco, Nick falou olhando para a hora na tela de seu aparelho móvel.
-Que
horas o primeiro dia de torneio acabará mesmo?
-Não
sabemos. -Ruan respondeu dessa vez. -Enquanto as primeiras rodadas das lutas
não terminar, o torneio não se dará como acabado.
-Puft.
-Bufou Nick Scott. -Desse jeito não teremos muito tempo.
Semicerrando
os olhos Ruan voltou a falar:
-O que
aconteceu de tão grave a ponto de trazê-la aqui, sei que é confidencial, mas
sou o braço direito de Elion e seu protetor, já a Thamara é seu homúnculo,
deveríamos ao menos saber do que se trata. Se for algo que ameace a vida de
nosso lorde, interveríamos e se for o caso o constataria.
Após
pensar um pouco a garota disse em um tom mais baixo que o seu habitual.
-Vocês
já ouviram falar na ordem dos sete?
Dando
um passo para trás o jovem Johan a respondeu:
-A
ordem dos assassinos, achei que não passasse de uma lenda.
-Fadas
e gnomos também são lendas e isso não nos impedi de falar com eles. -Nick falou
em um tom de deboche. –Os assassinos são reais, e vocês estão falando com um
dos setes.
Thamara
a encarou incrédula, do que ouvia.
-Você
é apenas uma garota...
-E
você um cara escroto e retardado. -Nick o interrompeu. -Você tem a mesma idade
que eu e é o Protetor e sua idade também não o impediu de viajar entre reinos e
tempos, você não está me menosprezando por eu ser mulher, está?
-É,
você está? -Thamara perguntou o encarando.
-Pelo
sangue de Abraão, claro que não! O que eu quis dizer á muito tempo o Clã tenta
formar magos de elite e um certo dia, em meio ao treinamento desses magos, um
grupo se aproximou do campo de treinamento e matou a todos, me refiro a
dezenas, talvez centenas, e esse grupo se tornou a elite de assassinos da
Cúpula, ao menos é isso que os boatos contão, a Cúpula desmentiu essa história várias
vezes. E além disso eu conheço a Nick desde, desde sempre, é impossível ela ser
uma assassina da ordem dos sete.
-Meu
caro Johan, o sorriso do demônio está estampando em uma das faces que habita em
seu lar, só por que você convive com alguém não significa que você conhece esse
alguém, os pensamentos e sentimentos de um indivíduo pertence a ele e só a ele,
mesmo que ele te conte tudo, você nunca sentirá o que ele senti, nunca. -Falou
a senhorita Scott. -Bom, vamos ao que interessa. A alguns anos a ordem dos sete
foi dissolvida por ordem direta da Cúpula, ela achava que ramos poderosos demais,
acredito que ela tivesse medo que déssemos um golpe de estado, e desde o dia
que a ordem se desfez, não mantivemos contato, talvez dado o fato de não
sabermos a identidade um do outro.
-Vocês
matavam juntos, mas não se conheciam? -Thamara a questionou.
-Uma
troca de nomes nos tornaríamos íntimos, e para um grupo de assassinos,
intimidade e sentimentos eram algo descartados, a única coisa que sabíamos era
o rosto um do outro, com exceção de nosso líder, nunca virmos o rosto ou o real
tamanho dele.
-Tamanho?
-Ruan indagou.
-Sim,
ele sempre usava um sobretudo e vivia flutuando, mas jugando pela forma com
suas vestes se moviam no ar quando ele estava em alta velocidade, acredito que
ele não possuía mais que um metro e vinte de altura. -A garota falou com os
dedos sobre o queixo, fazendo um gesto de pensamento.
-Não
existem magos tão baixos em nosso clã. -Disse Thamara.
-Eu
não possuía mais que dez anos na época. -Respondeu Nick, acredito que nosso
líder possuísse a mesma idade.
-Ah
bom. -Falou Ruan. -Não, pera! Como assim dez anos?
-Você
se toca no que fala Johan? -Nick disse perdendo a paciência. -A ordem dos
assassinos não passa mais de um boato, e já foi esquecida por metade do clã,
você acha que o grupo se desfez ontem? Não né? Sua anta!
-Mas...
-O jovem tentou se defender, mas palavras lhe faltaram ao seu vocabulário.
Colocando
a mão sobre os lábios, Thamara emitiu uma risada delicada.
-Enfim.
-Nick voltou a falar. -Alguém está reunindo os antigos assassinos de elite, e
isso é um crime de primeiro grau e a punição para tal ato é a fogueira.
-E
como você sabe disse? Afinal vocês não mantiveram contato. -Thamara perguntou
desta vez.
-Sim,
manter contato significa falar, abraça, “transar”. -Ela falou essa última
palavra em tom de sarcasmo, e sorriu ao ver o garoto a sua frente corar. -Por
ordem de nosso Regente, e o intermédio de alguns dos membros da Cúpula, fiquei
responsável por manter os antigos membros em continua supervisão, porém quando
o grupo foi desfeito, o nosso líder desapareceu, sem deixar rastros, e desde
então não sei seu paradeiro, os demais membros viviam em países diferentes e
era um saco supervisionar a todos de perto, Joseon me ajudou um pouco em relação
a isso, porém nas últimas semanas eles sumiram, segui um rastro de magia
deixada por eles, e cheguei até o topo da Torre Eiffel. Havia um total de cinco
dos sete assassinos lá, e mais um garoto, não sei o nome dele, porém ele usava guizos
presos a sua calça e possuía uma espécie de luva feita de correntes em sua mão
direita.
-Christopher!
-O casal falou juntos.
-Se
referem ao guardião do Pilar do Ar? -Nick falou seria. -Isso significa que o
tal do Huhlvan também está envolvido. A merda é maior do que imaginei.
II
-Ooh!!!
O jovem Purohit consegue dominar a magia do antigo nomeado deus Brahma. -Falou
o narrador empolgado.
Com um
belo sorriso o de olhos verdes encarou a figura titânica a sua frente e disse
surgindo por trás dela:
-Muito
lento. -Colocando a mão direita sobre a figura de Brahma Iago prosseguiu. -Obliterar.
Praticamente
pulando de suas cadeiras, Elion, Swan e Felipe ergueram o braço direito e
gritam em uni som:
-Paterna
tutela. -E uma barreira surgiu por trás da que já havia ao redor da arena.
Uma
onda de poder cobriu o campo de batalha, a barreira criada pelos anciões, o
chão abaixo da arena, todo o espaço sobre aquele ambiente foi dizimado e quando
a onda de poder sessou era possível enxergar Iago flutuando em meio ao nada, e
Shiva ofegante com partes de suas vestes destruídas.
-É
impressão ou agora estou vendo o campo de batalha totalmente preto? -Falou
Hugo.
-A
nevoa dos anciões foi desfeita. -Completou Nathalia.
Limpando
o sangue que saia de sua boca Shiva ainda ofegante olhou confuso para o garoto
a sua frente e disse perplexo:
-Que
tipo de demônio você é?
-Do
tipo que copia. -Respondeu o outro de forma cínica, indo de encontro com o
outro.
-Como
você pode ter copiado o poder do deus Shiva, eu não cheguei a usá-lo.
-Francamente
meu caro Shiva Purohit, você não é um deus, tão pouco um anjo. A magia dos
deuses hindu vem de uma única ramificação, copiar as habilitas de um deles é a
mesma coisa que copiar a de todos, eu soube desde o começo quem era você e o
tipo de poder que você usava, e o copiei assim que tentou criar algo semelhante
aos poderes da deusa Krishna, soube naquele momento que você era a reencarnação
do deus Brahma e pude prever seus futuros movimentos e enquanto você brincava
com minhas formas astrais pude aprender e desenvolver os poderes de obliterar.
-Achei
que você force da Casa da Ilusão, como você consegue copiar e pensar tão
rápido? -Purohit disse o encarando.
-Olha
quem fala, o mago da casa Dark que ainda não usou magia de sua casa.
Respirando
fundo, o indiano se concentrou e recriou o espaço ao seu redor.
-Eu
não preciso do poder de minhas Casa para te derrotar, eu... -Shiva parou de
falar ao sentir uma mão segurar em suas costas.
-Não é
que eu não tenha usado os poderes de minha casa, a questão é que você é muito
lento, para um dos candidatos mais poderosos. Enquanto você se exibia se
transformando em Brahma, eu fui para atrás de você caminhando, lento e calmo, e
você ficou apenas encarando uma ilusão minha, como fez agora a pouco e assim sua
guarda fica extremamente baixa. Agora deixe-me terminar com essa batalha. -Como
mais um de seus clássicos sorrisos Iago completou. -obliterar.
-Eu
desisto. -Falou Shiva antes que sua morte inevitável fosse concretizada.
Dando
uma longa risada Iago falou:
-Você
é burro mesmo não é. Eu acabei de copiar o poder de obliterar, meu corpo não
resistiria a um segundo ataque como esse.
-O
que?
-Idiota.
-Os membros da Cúpula que assistiam a batalha e os líderes das casas falaram em
uma só voz.
Caindo
ao chão e rindo da cara que o outro fazia, Iago comemorou sua vitória.
-Não
acredito que alguém feito ele, venceria uma batalha como essa usando a cabeça.
-Shin falou vendo Shiva caminhando para a saída.
-E
vendo e aprendendo. -Violet falou para o coreano.
Com um
sorriso estampado na face Swan falou:
-Você
o treinou bem Elion.
-Em
uma luta como essa, por que não usar um bom e velho jogo psicológico.
-Perdi
muita coisa? -Lucy falou chamando a atenção dos ali presentes.
-Não
muito. -Scott a respondeu. -E a jovem de Cristal, continua viva?
Bufando
a garota o respondeu:
-Você
por acaso está insultando as técnicas medicinais de Lux? Os “Cavaleiros”
conseguem regenerar até mesmo um coração estraçalhando se o corpo ainda estiver
em bom estado. -Nota do autor (Os
Cavaleiros, é a forma como os guerreiros e dominadores de grande magia é
chamado no reino de Lux.)
-Não é
hora de briga rmos, Lucy, como está o estado de Castiel? -Elion perguntou.
-Ela
está estável, no momento está inconsciente, mas seus órgãos e tecidos já foram
refeitos, acredito que levará de dois a três dias para que ela se recupere por
completo.
-Compreendo,
lembre-me de agradecer a Satch pela a ajuda.
-Então,
sobre isso, ele gostaria que você force o visitar, aparentemente tem algo a ver
com o seu pai, não o da terra, mas o todo poderoso, que é pai de toda a
criação.
-Puta
que o pariu, tomo no cu Elion. -Swan disse seria.
-Olha
a boca vagabunda. -Caleb a advertiu.
Swan o
mostrou a língua em resposta e virou-se para olhar os candidatos que caminhavam
até o centro da arena.
-Entendo
Lucy, irei para Lux o quanto antes. -Elion a respondeu por fim.
III
Aokigahara,
a floresta da morte, um lugar perfeito para um louco terminar sua jornada, ou
onde alguém que perdeu tudo o que possuía encerrar o jogo que conhecemos como vida.
Em
meio aquele lugar sem vida, uma jovem de pele pálida, caminhava descalça
naquele lugar, seus longos cabelos castanhos se destacavam naquela clássica
veste de sacerdotisa que sua dona usava.
Ela
caminhava lentamente em meio a floresta dos suicidas quando disse:
-Não
sei quem são vocês, mas vocês têm algo que me pertencem, devolva-me. -Sua voz
ecoou de sua boca de forma, doce, calma e lenta.
-Achei
que a Cúpula iria lhe distrair por mais tempo. -Falou uma garota surgindo em
meio as arvores.
-Quem
diria que uma garota conseguiria vir do norte da Europa para o Japão em tão
pouco tempo. -Disse um garoto surgindo do outro lado.
-Não a
subestime, afinal ela tem o título de Titânia. -Mas um garoto surgiu.
-Ela
que não deve nos subestimar, afinal somos a ordem dos sete. -Falou o mais velho
surgindo de uma das direções trazendo consigo um garoto amordaçado e amarrado
com cordas banhadas em elixir de figueira do diabo.
-Renk.
-Disse a garota com vestes de sacerdotisa.
-Se
você se mover o garoto retomará ao mundo dos mortos. -O homem que o arrastava
pelo chão da floresta falou de forma séria.
Trincando
os dentes e falando de forma autoritária, a jovem de longos cabelos disse:
-E
quem o matará ao mesmo tempo que luta comigo? Vocês, os que se autonomeiam
membros da ordem dos sete? Vocês nem sabem contar, estão em cinco. -Ela mudou
seu tom de voz, que agora voltou a ficar doce e contou os que a cercavam
comparando aos números de dedos que ela possui em sua mão direita. -Um, dois...
-Quem
você está chamando de idiotas que não sabem contar, quando claramente é você
que não sabe! -O mais jovem dos cinco disse em gritos.
-Não é
minha culpa, minha responsabilidade é lutar, sou especialista em magia, números
não me ajudariam em nada.
A
criança amordaçada revirou os olhos diante ao que acabará de ouvir.
-Por
que não acabamos logo com isso, afinal ressuscitamos um dos membros de sua
família, você deveria estar grata. -Disse a garota entre os cinco.
A
pequena sacerdotisa que até então possuía olhos azuis semelhante ao azul do
mar, disse logo após os mesmos ficarem vermelhos.
-Ficar
grata, por vocês terem ressuscitado um dos membros de minha família? você disse
que eu deveria ficar grata, por vocês derem violado o tumulo dos meus entes
queridos e profanado aquele lugar santo? Por terem trazido uma criança de volta
a vida, a fazendo ter que passar pela a dor da morte mais uma vez? Formação
completa, arte perdida, Amaterasu.
Em
forma de circulo uma onda de energia começou a brota da terra tomando a forma
de chamas douradas que queimava em forte intensidade, círculos feitos com runas
antigas e de mesma cor que as chamas cercaram o corpo da sacerdotisa.
-O que
você tem de poderosa tem de ingênua. -Disse o garoto mais novo. -Assim que
rompemos sua barreira e ressuscitamos um dos seus, sentimos duas ondas grandes
ondas de energia se aproximando, uma era de magos da cúpula, três a quatro
magos; já a segunda onda era mais densa e estava distante, porém mesmo assim
foi o suficiente para sabermos que se tratava da mesma pessoa que criou aquela barreira.
Não viemos aqui no intuito de fugir, e sim para caso focemos atacados.
Rapidamente
a garota desfez o circulo de Amaterasu e observou ao seu redor.
-Antes
de você aparecer aqui implantamos uma boneca cheia de ossos de demônios
exatamente no meio dessa floresta, aproposito, você sabe que floresta é essa?
-Essa
é Aokigahara. -Um Mago que sempre estava de braços cruzados respondeu. -A
quantidade de pessoas que aqui perderam a vida é alarmante, e a energia maligna
deixada por eles terem cometidos tais atos faz essa floresta feder.
Por um
estante a jovem bruxa de longos cabelos caiu de joelhos sendo asfixiada pela a
energia.
-Sabíamos
que você viria. -Falou o mais velho. -Tínhamos esperança que você se juntasse a
nossa causa, então por um lado reprimimos essa energia malignar, e por um outro
ela servia de alimento para a nossa boneca. Você realmente deve possuir um
coração puro, para se abalar com tal energia.
O chão
começou a tremer algo enorme e sem vida estava indo em direção aquele pequeno
grupo de magos.
-Somos
chamados de assassinos não por sermos poderosos, mas por sabemos elaboramos
estratégias dignamente perfeitas. Conheça nossa criança, espero que se divirta
com ela.
Os
cinco começaram a rir e avançaram em uma velocidade sobre humana, levando a criança
com roupas primitivas consigo.
Um
demônio emanando áurea amarela surgiu em meio as arvores, reunindo suas forças
a jovem saltou para longe do mesmo, começando a correr por sua vida.
-Merda,
eu nunca ouvir falar em uma criatura assim em meus livros. -Em meio a sua
correia, ela viu uma pequena raposa, de pelos visivelmente macios. Indo em sua
direção ela agarrou o animal e disse indo o mais rápido que conseguia correr.
-Olá pequena, ainda bem que te encontrei antes dele, uma criatura tão fofa e
linda não merece morrer não é mesmo? Então, vou te usar como distração,
enquanto ele te come eu fujo, sou fofa de mais para morrer. -A raposa a encarou
serrando os olhos, como se entendesse o que a garota estava a falar. -Não
precisa olha para mim assim, eu estava brincando.
“Mesmo
em perigo ela não deixa de sorrir, ela não pede o brilho, e ainda coloca a vida
das criaturas ao seu redor a cima de sua própria. Para onde ela está a correr?
Não me diga que ela está procurando um lugar onde não exista arvores, pois assim
lutar sem se preocupar em ferir a natureza?”
“Essa
garota é provavelmente uma das únicas de sua espécie, com um coração tão puro e
digno, não sabia que entre os humanos ainda havia bondade”
Lançando-se
para fora da floresta, onde havia um pequeno campo aos redores de Aokigahara,
onde ela escondeu a pequena raposa albina e a protege com uma barreira magica
que possuía a mesma cor que os seus olhos.
-Não
sei muito bem como a magia dessa era funciona, mas acredito que você possua um
núcleo, e esse núcleo seja a boneca ou os ossos dentro dela, seja como for, o
destruirei e irei atrás daqueles cinco filhos de Lilith (Nota – Com filhos de
Lilith ela se refere a bruxa das trevas, serpente traiçoeira, filhos da
enganação ou da mentira, ela fez uma referência a serpente do Éden, uma vez que
essa serpente é uma metáfora para Lilith, mãe dos bruxos das trevas e primeira
esposa de Lúcifer.)
Logo
após ver a criatura amarela a sua frente e ouvir seu urro, ela disse:
-Brotem
da terra e proteja aquela que os venera, duhitr̩
tɛʀɐ. -Enormes e grosas raízes brotaram da Terra e cercaram o corpo da
criatura o prendendo. Com seus olhos agora dourados ela enxergou através do
demônio e viu uma pequena boneca exatamente no lugar onde em um humano
corresponde ao coração.
Materializando
um arco dourando ela o esticou e ao soltá-lo, uma flecha espiritual avansou em
direção a besta, perfurando-a, destruindo assim seu núcleo, a energia que
formava aquele demônio começou a se dissipar, e com um sorriso sereno, a garota
caminhou em direção ao pequeno animal que a encarava.
Sendo
atingida em cheio por um dos golpes da besta amarela, ela foi lançada longe,
batendo com a cabeça no tronco de uma arvore. Tendo seu rosto coberto de sangue
e visão embaçada pelo mesmo, em uma tentativa desesperadora e vã de move-se,
porém foi tomada pela a dor, alguns de seus ossos e costelas haviam sidos
quebrados com o golpe que recebera do demônio.
-Não
pode acabar assim. -Disse ela para sir mesma, engasgando-se com seu sangue.
-Passar tanto tempo presa aquele gelo gastou quase toda minha energia, e me
teletransportar para dois lugares e invocar o Amaterasu drenou-me o que havia
me sobrado de força. -Por um momento ela sorriu. -Eu queria a muito tempo
morrer, e veja como tudo soa irônico, junto agora que havia alguém que eu podia
proteger, e quando finalmente minha hora chega. Me perdoa Renk, afinal de
contas fui a pior rainha das fadas e uma amiga pior ainda.
-Não
seja idiota criança tola. -Uma voz aguda e metálica soou pelos ouvidos da jovem.
-Quem manda dá as costas para o inimigo em meio a batalha? Tola, a boneca não
era o núcleo dessa besta, e sim a matéria prima que deu inicio a sua criação, o
núcleo é nada mais que a energia maligna que percorre toda a floresta e
enquanto essa energia existir esta besta também viverá.
-Quem,
quem está aí? -Indagou a jovem fada e em um ultimo esforço, tentou abrir seus
olhos para ver quem estava por lá. -Morte? É você?
-Como
ousa blasfemar comparando-me a mim, a uma criatura tão insignificante quando ela.
Abra seus olhos e contemple a mim, a grande Kitsune.
Uma
enorme raposa branca, com três caldas físicas e mais seis formadas por chamas
brancas que ao pouco iam criando forma física.
Ela
estava com uma de suas patas sobre o demônio amarelo e com seus olhos vidrados
na jovem bruxa.
-
Ki-Kitsune.
-Falou ela deslumbrada com o que via.
Com
uma única mordida, a raposa devorou a cabeça da besta sobe seus pés, e ao abrir
sua boca absolveu toda energia maligna que por ali existia, uma energia que
havia tomado uma forma de nevoa vermelha e amarela, e ao engoli tudo, caminhou
até a jovem caída e sagrando.
Uma de
suas três caldas se tornou-se em chamas brancas e o tamanho da raposa
reduziu-se pela metade.
Pondo
uma de suas garras sobre a garota, ele fez todas as suas feridas cicatrizarem e
depois repôs a energia que a ela faltava.
Fazendo
suas caldas de chamas desaparecem e ficando agora com apenas uma calda, a Kitsune
tomou a forma de uma raposa normal.
-A
parti do agora você será a meu familiar, curve-se perante mim, e me chame de
mestre. -A raposa disse telepaticamente.
-Você
é uma raposinha bem mandona sabia? -A garota falou dando umas tapinhas na
cabeça da Kitsune.
-Quem
você está chamando de raposinha criatura primitiva. -Ela gritou telepaticamente
dando uns arranhões no rosto da garota.
-Aiiiii...
isso dói Kit.
Por um
estante a raposa branca parou de se mover e encarou a outra a sua frente
incrédula do que acabara de ouvir.
-Quem
você acaba de chamar de Kit??? -Suas nove caldas apareceram de forma física e
uma enorme chamas cobriu o corpo do pequeno animal.
Colocando
a mão sobre a cabeça a jovem rainha das fadas saiu correndo floresta a dento
gritando:
-Mãe!!!
IV
Caminhando
lentamente até o centro da arena, Pan maga do Ambar
e portadora da preguiça encarou Peter o mago da Casa Interdimensional e disse:
-Quem
perder vai pagar um jantar para o outro.
-Você
está me chamando para um encontro? -Perguntou o garoto.
-Não!
Só estou com fome e sem dinheiro.
Todos
os presentes olharam incrédulo para a jovem quando o garoto após um tempo
respondeu:
-O.K.
Mas vou logo avisando, os pratos que costumo comer são bem caros?
-Sério?
-Ela falou coçando a cabeça. -Que estranho, eu costumo comer a comida e não os
pratos. -Dando um sorriso debochado para o garoto a sua frente, Pan saltou para
atrás logo após ouvir o “comece” do narrador.
Sun
Scarlet, líder da Casa Ancestral da Fênix que assistia as lutas calmamente,
olhou discretamente para os seus lados, e após alguns segundos virou-se e se
dirigiu para fora do coliseu, indo em direção ao nada, indo calmamente em
direção as sombras daquele lugar, onde estava o sedutor sorriso de Huhlvan.
O guardião
do fogo a encarou nos olhos e disse:
-Até
que fim, conheci mais uma líder das doze antigas Casas.
J. Aeff
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