Aviso!

Olá caro humano, seja bem-vindo ao nosso mundo sobrenatural! Se essa é sua primeira vez aqui, recomendo que comece a lê por nossa primeira história, “O Sequestro”, que pode ser facilmente encontrado se você abrir o botão da primeira geração, Detectives, que fica no menu acima. Caso você seja um de nossos fãs, tenha uma boa leitura e não esqueça de comentar, ou caso contrario, kraismos morderá todos vocês, isso se Castiel não lhe bater primeiro.

domingo, 12 de agosto de 2018

72 - Kitsune






Existe uma antiga lenda, que fala que um Deus onipotente e misericordioso, seria o responsável por tudo que conhecemos como criação. O que os mitos não contam é que esse mesmo Deus, criou criaturas tão poderosas que por gerações esses seres herdaram os nomes de deuses, sendo eles responsáveis por criarem e dominarem civilizações.
(Emma)




I
-Que loucura mano. -Falou Nick. -Vocês caíram em um portal e passaram anos viajando entre reinos e quando voltaram apenas algumas semanas haviam se passado? Não pera! Preciso saber mais, o que aconteceu com vocês nesse tempo?
-Gostaríamos de poder falarmos, mas fomos proibidos de mencionar qualquer coisa, não sei se você entenderá, mas aconteceu muitas coisas e isso mexeu com todos nós. -Thamara respondeu a bruxa da Casa da Aranha.
Após pensar um pouco, Nick falou olhando para a hora na tela de seu aparelho móvel.
-Que horas o primeiro dia de torneio acabará mesmo?
-Não sabemos. -Ruan respondeu dessa vez. -Enquanto as primeiras rodadas das lutas não terminar, o torneio não se dará como acabado.
-Puft. -Bufou Nick Scott. -Desse jeito não teremos muito tempo.
Semicerrando os olhos Ruan voltou a falar:
-O que aconteceu de tão grave a ponto de trazê-la aqui, sei que é confidencial, mas sou o braço direito de Elion e seu protetor, já a Thamara é seu homúnculo, deveríamos ao menos saber do que se trata. Se for algo que ameace a vida de nosso lorde, interveríamos e se for o caso o constataria.
Após pensar um pouco a garota disse em um tom mais baixo que o seu habitual.
-Vocês já ouviram falar na ordem dos sete?
Dando um passo para trás o jovem Johan a respondeu:
-A ordem dos assassinos, achei que não passasse de uma lenda.
-Fadas e gnomos também são lendas e isso não nos impedi de falar com eles. -Nick falou em um tom de deboche. –Os assassinos são reais, e vocês estão falando com um dos setes.
Thamara a encarou incrédula, do que ouvia.
-Você é apenas uma garota...
-E você um cara escroto e retardado. -Nick o interrompeu. -Você tem a mesma idade que eu e é o Protetor e sua idade também não o impediu de viajar entre reinos e tempos, você não está me menosprezando por eu ser mulher, está?
-É, você está? -Thamara perguntou o encarando.
-Pelo sangue de Abraão, claro que não! O que eu quis dizer á muito tempo o Clã tenta formar magos de elite e um certo dia, em meio ao treinamento desses magos, um grupo se aproximou do campo de treinamento e matou a todos, me refiro a dezenas, talvez centenas, e esse grupo se tornou a elite de assassinos da Cúpula, ao menos é isso que os boatos contão, a Cúpula desmentiu essa história várias vezes. E além disso eu conheço a Nick desde, desde sempre, é impossível ela ser uma assassina da ordem dos sete.
-Meu caro Johan, o sorriso do demônio está estampando em uma das faces que habita em seu lar, só por que você convive com alguém não significa que você conhece esse alguém, os pensamentos e sentimentos de um indivíduo pertence a ele e só a ele, mesmo que ele te conte tudo, você nunca sentirá o que ele senti, nunca. -Falou a senhorita Scott. -Bom, vamos ao que interessa. A alguns anos a ordem dos sete foi dissolvida por ordem direta da Cúpula, ela achava que ramos poderosos demais, acredito que ela tivesse medo que déssemos um golpe de estado, e desde o dia que a ordem se desfez, não mantivemos contato, talvez dado o fato de não sabermos a identidade um do outro.
-Vocês matavam juntos, mas não se conheciam? -Thamara a questionou.
-Uma troca de nomes nos tornaríamos íntimos, e para um grupo de assassinos, intimidade e sentimentos eram algo descartados, a única coisa que sabíamos era o rosto um do outro, com exceção de nosso líder, nunca virmos o rosto ou o real tamanho dele.
-Tamanho? -Ruan indagou.
-Sim, ele sempre usava um sobretudo e vivia flutuando, mas jugando pela forma com suas vestes se moviam no ar quando ele estava em alta velocidade, acredito que ele não possuía mais que um metro e vinte de altura. -A garota falou com os dedos sobre o queixo, fazendo um gesto de pensamento.
-Não existem magos tão baixos em nosso clã. -Disse Thamara.
-Eu não possuía mais que dez anos na época. -Respondeu Nick, acredito que nosso líder possuísse a mesma idade.
-Ah bom. -Falou Ruan. -Não, pera! Como assim dez anos?
-Você se toca no que fala Johan? -Nick disse perdendo a paciência. -A ordem dos assassinos não passa mais de um boato, e já foi esquecida por metade do clã, você acha que o grupo se desfez ontem? Não né? Sua anta!
-Mas... -O jovem tentou se defender, mas palavras lhe faltaram ao seu vocabulário.
Colocando a mão sobre os lábios, Thamara emitiu uma risada delicada.
-Enfim. -Nick voltou a falar. -Alguém está reunindo os antigos assassinos de elite, e isso é um crime de primeiro grau e a punição para tal ato é a fogueira.
-E como você sabe disse? Afinal vocês não mantiveram contato. -Thamara perguntou desta vez.
-Sim, manter contato significa falar, abraça, “transar”. -Ela falou essa última palavra em tom de sarcasmo, e sorriu ao ver o garoto a sua frente corar. -Por ordem de nosso Regente, e o intermédio de alguns dos membros da Cúpula, fiquei responsável por manter os antigos membros em continua supervisão, porém quando o grupo foi desfeito, o nosso líder desapareceu, sem deixar rastros, e desde então não sei seu paradeiro, os demais membros viviam em países diferentes e era um saco supervisionar a todos de perto, Joseon me ajudou um pouco em relação a isso, porém nas últimas semanas eles sumiram, segui um rastro de magia deixada por eles, e cheguei até o topo da Torre Eiffel. Havia um total de cinco dos sete assassinos lá, e mais um garoto, não sei o nome dele, porém ele usava guizos presos a sua calça e possuía uma espécie de luva feita de correntes em sua mão direita.
-Christopher! -O casal falou juntos.
-Se referem ao guardião do Pilar do Ar? -Nick falou seria. -Isso significa que o tal do Huhlvan também está envolvido. A merda é maior do que imaginei.



II
-Ooh!!! O jovem Purohit consegue dominar a magia do antigo nomeado deus Brahma. -Falou o narrador empolgado.
Com um belo sorriso o de olhos verdes encarou a figura titânica a sua frente e disse surgindo por trás dela:
-Muito lento. -Colocando a mão direita sobre a figura de Brahma Iago prosseguiu. -Obliterar.
Praticamente pulando de suas cadeiras, Elion, Swan e Felipe ergueram o braço direito e gritam em uni som:
-Paterna tutela. -E uma barreira surgiu por trás da que já havia ao redor da arena.
Uma onda de poder cobriu o campo de batalha, a barreira criada pelos anciões, o chão abaixo da arena, todo o espaço sobre aquele ambiente foi dizimado e quando a onda de poder sessou era possível enxergar Iago flutuando em meio ao nada, e Shiva ofegante com partes de suas vestes destruídas.
-É impressão ou agora estou vendo o campo de batalha totalmente preto? -Falou Hugo.
-A nevoa dos anciões foi desfeita. -Completou Nathalia.
Limpando o sangue que saia de sua boca Shiva ainda ofegante olhou confuso para o garoto a sua frente e disse perplexo:
-Que tipo de demônio você é?
-Do tipo que copia. -Respondeu o outro de forma cínica, indo de encontro com o outro.
-Como você pode ter copiado o poder do deus Shiva, eu não cheguei a usá-lo.
-Francamente meu caro Shiva Purohit, você não é um deus, tão pouco um anjo. A magia dos deuses hindu vem de uma única ramificação, copiar as habilitas de um deles é a mesma coisa que copiar a de todos, eu soube desde o começo quem era você e o tipo de poder que você usava, e o copiei assim que tentou criar algo semelhante aos poderes da deusa Krishna, soube naquele momento que você era a reencarnação do deus Brahma e pude prever seus futuros movimentos e enquanto você brincava com minhas formas astrais pude aprender e desenvolver os poderes de obliterar.
-Achei que você force da Casa da Ilusão, como você consegue copiar e pensar tão rápido? -Purohit disse o encarando.
-Olha quem fala, o mago da casa Dark que ainda não usou magia de sua casa.
Respirando fundo, o indiano se concentrou e recriou o espaço ao seu redor.
-Eu não preciso do poder de minhas Casa para te derrotar, eu... -Shiva parou de falar ao sentir uma mão segurar em suas costas.
-Não é que eu não tenha usado os poderes de minha casa, a questão é que você é muito lento, para um dos candidatos mais poderosos. Enquanto você se exibia se transformando em Brahma, eu fui para atrás de você caminhando, lento e calmo, e você ficou apenas encarando uma ilusão minha, como fez agora a pouco e assim sua guarda fica extremamente baixa. Agora deixe-me terminar com essa batalha. -Como mais um de seus clássicos sorrisos Iago completou. -obliterar.
-Eu desisto. -Falou Shiva antes que sua morte inevitável fosse concretizada.
Dando uma longa risada Iago falou:
-Você é burro mesmo não é. Eu acabei de copiar o poder de obliterar, meu corpo não resistiria a um segundo ataque como esse.
-O que?
-Idiota. -Os membros da Cúpula que assistiam a batalha e os líderes das casas falaram em uma só voz.
Caindo ao chão e rindo da cara que o outro fazia, Iago comemorou sua vitória.
-Não acredito que alguém feito ele, venceria uma batalha como essa usando a cabeça. -Shin falou vendo Shiva caminhando para a saída.
-E vendo e aprendendo. -Violet falou para o coreano.
Com um sorriso estampado na face Swan falou:
-Você o treinou bem Elion.
-Em uma luta como essa, por que não usar um bom e velho jogo psicológico.
-Perdi muita coisa? -Lucy falou chamando a atenção dos ali presentes.
-Não muito. -Scott a respondeu. -E a jovem de Cristal, continua viva?
Bufando a garota o respondeu:
-Você por acaso está insultando as técnicas medicinais de Lux? Os “Cavaleiros” conseguem regenerar até mesmo um coração estraçalhando se o corpo ainda estiver em bom estado. -Nota do autor (Os Cavaleiros, é a forma como os guerreiros e dominadores de grande magia é chamado no reino de Lux.)
-Não é hora de briga rmos, Lucy, como está o estado de Castiel? -Elion perguntou.
-Ela está estável, no momento está inconsciente, mas seus órgãos e tecidos já foram refeitos, acredito que levará de dois a três dias para que ela se recupere por completo.
-Compreendo, lembre-me de agradecer a Satch pela a ajuda.
-Então, sobre isso, ele gostaria que você force o visitar, aparentemente tem algo a ver com o seu pai, não o da terra, mas o todo poderoso, que é pai de toda a criação.
-Puta que o pariu, tomo no cu Elion. -Swan disse seria.
-Olha a boca vagabunda. -Caleb a advertiu.
Swan o mostrou a língua em resposta e virou-se para olhar os candidatos que caminhavam até o centro da arena.
-Entendo Lucy, irei para Lux o quanto antes. -Elion a respondeu por fim.



III
Aokigahara, a floresta da morte, um lugar perfeito para um louco terminar sua jornada, ou onde alguém que perdeu tudo o que possuía encerrar o jogo que conhecemos como vida.
Em meio aquele lugar sem vida, uma jovem de pele pálida, caminhava descalça naquele lugar, seus longos cabelos castanhos se destacavam naquela clássica veste de sacerdotisa que sua dona usava.
Ela caminhava lentamente em meio a floresta dos suicidas quando disse:
-Não sei quem são vocês, mas vocês têm algo que me pertencem, devolva-me. -Sua voz ecoou de sua boca de forma, doce, calma e lenta.
-Achei que a Cúpula iria lhe distrair por mais tempo. -Falou uma garota surgindo em meio as arvores.
-Quem diria que uma garota conseguiria vir do norte da Europa para o Japão em tão pouco tempo. -Disse um garoto surgindo do outro lado.
-Não a subestime, afinal ela tem o título de Titânia. -Mas um garoto surgiu.
-Ela que não deve nos subestimar, afinal somos a ordem dos sete. -Falou o mais velho surgindo de uma das direções trazendo consigo um garoto amordaçado e amarrado com cordas banhadas em elixir de figueira do diabo.
-Renk. -Disse a garota com vestes de sacerdotisa.
-Se você se mover o garoto retomará ao mundo dos mortos. -O homem que o arrastava pelo chão da floresta falou de forma séria.
Trincando os dentes e falando de forma autoritária, a jovem de longos cabelos disse:
-E quem o matará ao mesmo tempo que luta comigo? Vocês, os que se autonomeiam membros da ordem dos sete? Vocês nem sabem contar, estão em cinco. -Ela mudou seu tom de voz, que agora voltou a ficar doce e contou os que a cercavam comparando aos números de dedos que ela possui em sua mão direita. -Um, dois...
-Quem você está chamando de idiotas que não sabem contar, quando claramente é você que não sabe! -O mais jovem dos cinco disse em gritos.
-Não é minha culpa, minha responsabilidade é lutar, sou especialista em magia, números não me ajudariam em nada.
A criança amordaçada revirou os olhos diante ao que acabará de ouvir.
-Por que não acabamos logo com isso, afinal ressuscitamos um dos membros de sua família, você deveria estar grata. -Disse a garota entre os cinco.
A pequena sacerdotisa que até então possuía olhos azuis semelhante ao azul do mar, disse logo após os mesmos ficarem vermelhos.
-Ficar grata, por vocês terem ressuscitado um dos membros de minha família? você disse que eu deveria ficar grata, por vocês derem violado o tumulo dos meus entes queridos e profanado aquele lugar santo? Por terem trazido uma criança de volta a vida, a fazendo ter que passar pela a dor da morte mais uma vez? Formação completa, arte perdida, Amaterasu.
Em forma de circulo uma onda de energia começou a brota da terra tomando a forma de chamas douradas que queimava em forte intensidade, círculos feitos com runas antigas e de mesma cor que as chamas cercaram o corpo da sacerdotisa.
-O que você tem de poderosa tem de ingênua. -Disse o garoto mais novo. -Assim que rompemos sua barreira e ressuscitamos um dos seus, sentimos duas ondas grandes ondas de energia se aproximando, uma era de magos da cúpula, três a quatro magos; já a segunda onda era mais densa e estava distante, porém mesmo assim foi o suficiente para sabermos que se tratava da mesma pessoa que criou aquela barreira. Não viemos aqui no intuito de fugir, e sim para caso focemos atacados.
Rapidamente a garota desfez o circulo de Amaterasu e observou ao seu redor.
-Antes de você aparecer aqui implantamos uma boneca cheia de ossos de demônios exatamente no meio dessa floresta, aproposito, você sabe que floresta é essa?
-Essa é Aokigahara. -Um Mago que sempre estava de braços cruzados respondeu. -A quantidade de pessoas que aqui perderam a vida é alarmante, e a energia maligna deixada por eles terem cometidos tais atos faz essa floresta feder.
Por um estante a jovem bruxa de longos cabelos caiu de joelhos sendo asfixiada pela a energia.
-Sabíamos que você viria. -Falou o mais velho. -Tínhamos esperança que você se juntasse a nossa causa, então por um lado reprimimos essa energia malignar, e por um outro ela servia de alimento para a nossa boneca. Você realmente deve possuir um coração puro, para se abalar com tal energia.
O chão começou a tremer algo enorme e sem vida estava indo em direção aquele pequeno grupo de magos.
-Somos chamados de assassinos não por sermos poderosos, mas por sabemos elaboramos estratégias dignamente perfeitas. Conheça nossa criança, espero que se divirta com ela.
Os cinco começaram a rir e avançaram em uma velocidade sobre humana, levando a criança com roupas primitivas consigo.
Um demônio emanando áurea amarela surgiu em meio as arvores, reunindo suas forças a jovem saltou para longe do mesmo, começando a correr por sua vida.
-Merda, eu nunca ouvir falar em uma criatura assim em meus livros. -Em meio a sua correia, ela viu uma pequena raposa, de pelos visivelmente macios. Indo em sua direção ela agarrou o animal e disse indo o mais rápido que conseguia correr. -Olá pequena, ainda bem que te encontrei antes dele, uma criatura tão fofa e linda não merece morrer não é mesmo? Então, vou te usar como distração, enquanto ele te come eu fujo, sou fofa de mais para morrer. -A raposa a encarou serrando os olhos, como se entendesse o que a garota estava a falar. -Não precisa olha para mim assim, eu estava brincando.
“Mesmo em perigo ela não deixa de sorrir, ela não pede o brilho, e ainda coloca a vida das criaturas ao seu redor a cima de sua própria. Para onde ela está a correr? Não me diga que ela está procurando um lugar onde não exista arvores, pois assim lutar sem se preocupar em ferir a natureza?”
“Essa garota é provavelmente uma das únicas de sua espécie, com um coração tão puro e digno, não sabia que entre os humanos ainda havia bondade”
Lançando-se para fora da floresta, onde havia um pequeno campo aos redores de Aokigahara, onde ela escondeu a pequena raposa albina e a protege com uma barreira magica que possuía a mesma cor que os seus olhos.
-Não sei muito bem como a magia dessa era funciona, mas acredito que você possua um núcleo, e esse núcleo seja a boneca ou os ossos dentro dela, seja como for, o destruirei e irei atrás daqueles cinco filhos de Lilith (Nota – Com filhos de Lilith ela se refere a bruxa das trevas, serpente traiçoeira, filhos da enganação ou da mentira, ela fez uma referência a serpente do Éden, uma vez que essa serpente é uma metáfora para Lilith, mãe dos bruxos das trevas e primeira esposa de Lúcifer.)
Logo após ver a criatura amarela a sua frente e ouvir seu urro, ela disse:
-Brotem da terra e proteja aquela que os venera, duhitr̩ tɛʀɐ. -Enormes e grosas raízes brotaram da Terra e cercaram o corpo da criatura o prendendo. Com seus olhos agora dourados ela enxergou através do demônio e viu uma pequena boneca exatamente no lugar onde em um humano corresponde ao coração.
Materializando um arco dourando ela o esticou e ao soltá-lo, uma flecha espiritual avansou em direção a besta, perfurando-a, destruindo assim seu núcleo, a energia que formava aquele demônio começou a se dissipar, e com um sorriso sereno, a garota caminhou em direção ao pequeno animal que a encarava.
Sendo atingida em cheio por um dos golpes da besta amarela, ela foi lançada longe, batendo com a cabeça no tronco de uma arvore. Tendo seu rosto coberto de sangue e visão embaçada pelo mesmo, em uma tentativa desesperadora e vã de move-se, porém foi tomada pela a dor, alguns de seus ossos e costelas haviam sidos quebrados com o golpe que recebera do demônio.
-Não pode acabar assim. -Disse ela para sir mesma, engasgando-se com seu sangue. -Passar tanto tempo presa aquele gelo gastou quase toda minha energia, e me teletransportar para dois lugares e invocar o Amaterasu drenou-me o que havia me sobrado de força. -Por um momento ela sorriu. -Eu queria a muito tempo morrer, e veja como tudo soa irônico, junto agora que havia alguém que eu podia proteger, e quando finalmente minha hora chega. Me perdoa Renk, afinal de contas fui a pior rainha das fadas e uma amiga pior ainda.
-Não seja idiota criança tola. -Uma voz aguda e metálica soou pelos ouvidos da jovem. -Quem manda dá as costas para o inimigo em meio a batalha? Tola, a boneca não era o núcleo dessa besta, e sim a matéria prima que deu inicio a sua criação, o núcleo é nada mais que a energia maligna que percorre toda a floresta e enquanto essa energia existir esta besta também viverá.
-Quem, quem está aí? -Indagou a jovem fada e em um ultimo esforço, tentou abrir seus olhos para ver quem estava por lá. -Morte? É você?
-Como ousa blasfemar comparando-me a mim, a uma criatura tão insignificante quando ela. Abra seus olhos e contemple a mim, a grande Kitsune.
Uma enorme raposa branca, com três caldas físicas e mais seis formadas por chamas brancas que ao pouco iam criando forma física.
Ela estava com uma de suas patas sobre o demônio amarelo e com seus olhos vidrados na jovem bruxa.
- Ki-Kitsune. -Falou ela deslumbrada com o que via.
Com uma única mordida, a raposa devorou a cabeça da besta sobe seus pés, e ao abrir sua boca absolveu toda energia maligna que por ali existia, uma energia que havia tomado uma forma de nevoa vermelha e amarela, e ao engoli tudo, caminhou até a jovem caída e sagrando.
Uma de suas três caldas se tornou-se em chamas brancas e o tamanho da raposa reduziu-se pela metade.
Pondo uma de suas garras sobre a garota, ele fez todas as suas feridas cicatrizarem e depois repôs a energia que a ela faltava.
Fazendo suas caldas de chamas desaparecem e ficando agora com apenas uma calda, a Kitsune tomou a forma de uma raposa normal.
-A parti do agora você será a meu familiar, curve-se perante mim, e me chame de mestre. -A raposa disse telepaticamente.
-Você é uma raposinha bem mandona sabia? -A garota falou dando umas tapinhas na cabeça da Kitsune.
-Quem você está chamando de raposinha criatura primitiva. -Ela gritou telepaticamente dando uns arranhões no rosto da garota.
-Aiiiii... isso dói Kit.
Por um estante a raposa branca parou de se mover e encarou a outra a sua frente incrédula do que acabara de ouvir.
-Quem você acaba de chamar de Kit??? -Suas nove caldas apareceram de forma física e uma enorme chamas cobriu o corpo do pequeno animal.
Colocando a mão sobre a cabeça a jovem rainha das fadas saiu correndo floresta a dento gritando:
-Mãe!!!



IV
Caminhando lentamente até o centro da arena, Pan maga do Ambar e portadora da preguiça encarou Peter o mago da Casa Interdimensional e disse:
-Quem perder vai pagar um jantar para o outro.
-Você está me chamando para um encontro? -Perguntou o garoto.
-Não! Só estou com fome e sem dinheiro.
Todos os presentes olharam incrédulo para a jovem quando o garoto após um tempo respondeu:
-O.K. Mas vou logo avisando, os pratos que costumo comer são bem caros?
-Sério? -Ela falou coçando a cabeça. -Que estranho, eu costumo comer a comida e não os pratos. -Dando um sorriso debochado para o garoto a sua frente, Pan saltou para atrás logo após ouvir o “comece” do narrador.
Sun Scarlet, líder da Casa Ancestral da Fênix que assistia as lutas calmamente, olhou discretamente para os seus lados, e após alguns segundos virou-se e se dirigiu para fora do coliseu, indo em direção ao nada, indo calmamente em direção as sombras daquele lugar, onde estava o sedutor sorriso de Huhlvan.
O guardião do fogo a encarou nos olhos e disse:
-Até que fim, conheci mais uma líder das doze antigas Casas.


J. Aeff

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