I
-Já sentirão todo o seu corpo congelar? Desde
os seus dedos até suas entranhas? Toda a dor de seu corpo congelando e você sem
conseguir se mover ou gritar por socorro? Aí você dorme para fugir de tanta
dor, mas quando acorda ela ainda está lá, lhe consumindo e sufocando?
O
gélido glacial predominava em meio a Sibéria, e entre aquelas terras, um lago
profundo escuro e congelado se distanciava da vida humana. Para alguns um lugar
pouco acessível, para outros nada além de água. Mas eram nelas que se
encontravam um dos grandes segredos do mundo da magia.
-Não
sei ao certo por onde devo começar a narrar minha história, se pela minha
infância, onde eu era a baixinha mais sorridente de meu clã, ou quando logo
após ser coroada rainha me distanciei de todos. Dado o fato de não me achar
digna de tal título, viajei pelo mundo a procura de conhecimento e poder, um
poder que permitisse a mim, trazer a paz para meu reino, e para as terras
vizinhas; estava cansada de tanta morte, tanta sede por poder, tantas traições
e mentiras. Mas meu poder não foi o suficiente, nunca chorei tanto e
entreguei-me ao desespero quanto aquele dia. Todos os objetivos de minha vida
levavam-me a um único ponto, família! Aprendi a viajar com os Corvos, a lutar
com o Sol e a sorrir e dançar com a Lua, aprendi a sonhar com as Estrelas, a me
purificar com as ninfas e a rezar com as sacerdotisas, chaguei até a viajar
para o Reino Negro, onde vir povos humildes e onde conversei com as raras
arvores deuses. E quando enfim me sentir pronta para retomar ao meu lar, tudo o
que até então eu havia aprendido parar proteger minha família havia sido em vão,
aqueles de quem minha família tinha tanto medo, foram até eles bem antes de
mim. Toda a minha casa, meu povo e a quem eu amava haviam sidos brutalmente
assassinados pela família Drákos. Com lagrimas lavando minha face, marchei em
direção ao palácio do reino de Elvish,
porém até o direito de vingança de mim foi tirado. O clã do Sol havia dizimado
toda a família dos dragões e haviam usurpado todo o poder. Sozinha e infeliz,
caminhei sem sumo, me perdendo em terras gélidas, onde entreguei-me a morte,
faria daquelas terras minha morada eterna, mas até mesmo para morrer e ir de
encontro com aqueles que amava fui inútil. Eu havia me tornado a maga mais
poderosa daquela era e meu próprio poder me traiu, evitando que morresse, porém
quando dei por mim, aquele gelo glacial havia possuído meu corpo, e usando um
pouco da força de vontade que me restava, fechei meus olhos e adormeci, até que
algo aconteceu, forçando minha mente a despertar, alguém havia violado a tumba
de minha família, e isso não ficaria por isso mesmo.
II
-Senhora
e senhores, a próxima luta será entre Meg Scarlet, bruxa da Casa da Fênix
contra o mago solitário Alan Benson.
Prendendo
seu cabelo em um rabo de cavalo Meg caminhou seria até o centro da arena e
encarou Alan nos olhos.
-Você
é bem bonito garoto. -Disse ela.
Sem
dizer nada em resposta, Alan apenas suspirou e deu dois passos para traz, o
único som que ele queria ouvir naquele momento era o “lutem” no narrador.
Sem
jeito, Meg caminho de costa tomando um pouco de distancia e logo após ouvir que
a luta poderia começar, ela foi coberta por chamas.
-Já
falei que Alan é o meu mago de cristal favorito? -Perguntou Lincy.
-Não
sei. -Respondeu Hugo. -Nunca tive o privilegio de falar com você, e a
proposito, por que todo mundo está gritando, desde que as lutas começaram eu só
vir os participantes pulando de um lado para o outro.
-Eu
também. -Completou Nathalia.
Os
demais do time Elion olharam para eles dois em silencio e após alguns minutos,
Thamara tomou a palavra e disse:
-Humanos
não conseguem ver essas batalhas, dado o fato que os anciões cobriram tudo com
“Nevoa” um tipo de magia que oculta outras magias dos olhos humanos, mas
acredito que vocês tenham recebido amuletos feito com pedras furadas para ver
as batalhas, não? -Ao obter uma resposta negativa vindo daqueles dois a
homúnculo disse. -Ruan, venha comigo, vamos até a casa do mestre Felipe,
acredito que lá tenha alguns amuletos.
-Mas
se sairmos agora perderemos algumas lutas.
-E se
não formos agora, esses dois humanos perderam todas as lutas.
Após
revirar os olhos, ele suspirou fundo e saiu seguindo a “garota”.
Logo
após os dois terem saído, Lincy olhou discretamente para o garoto de cabelos
coloridos que estava ao seu lado, voltando sua atenção em seguida a luta que
havia começado.
-Eu
queria ser boazinha com você, mas vejo que você é como todos os outros, então
deixe-me acabar com você com um dos ataques mais poderoso de minha casa. -As
chamas que cercavam o corpo da garota tomaram a forma de uma fênix.
-Eu já
vir isso antes*. -Disse Swan vendo a batalha de longe.
A
enorme ave de chamas percorreu o céu a cima do coliseu, levando a plateia a
loucura.
-Não
importa o tamanho da crise, nada melhor que o clássico pão e circo para acalmar
as coisas. -Disse Alan olhando para a multidão que gritava e torcia como se
suas vidas dependessem disso. -Cansei dessa merda. -Com um único movimento de
sua mão esquerda, todas as chamas que formavam a fênix foram absolvidas, e
agora queimava na forma de uma bola de fogo.
-Quê?
-Disse a garota confusa.
-Aula
básica de magia. -Falou o pecado da Avareza. -A mão esquerda absolve e a
direita libera. -As chamas que até então eram vermelhas e flutuavam a cima da
mão esquerda direita de Alan, desapareceram, reaparecendo em sua mão direita,
porém, queimando com ainda mais intensidade, e possuindo uma coloração azul.
-Não ligo se você é irmã da líder de uma das doze Casas ancestrais. Tive aula
de magia com o regente de todas as casas, e diferente de você, não me escondo
as sombras de um título, corro atrais, aprendo e aprimoro, e além do mais,
estou puto de raiva, um dos ridículos das casas ancestrais machucou alguém que
amo, e não vou perder até matar esse desgraçado.
Dando
um passo para trás Meg invocou mais chamas, porém elas voltaram a desaparecer.
-Mas
como? -Falou ela confusa para si mesmo.
-Sou
conhecido como Avareza. -Alan disse com um semblante sério. -Nunca estou
satisfeito com o que tenho, e quando o assunto são os que amo, fico ainda mais
poderoso. A bola de fogo em sua mão direita começou a queimar com ainda mais
intensidade a medida que Alan começou a ser tomado por uma áurea azul, tomando
agora a forma de um demônio.
-Meg! Desista, agora! -Sun gritou de onde estava assistindo a batalha.
Com um
sorriso estampado no rosto, Elion a observava.
-E um
dos piões evoluiu. -Disse o Regente por fim.
Levantando
rapidamente a mão, Meg falou.
-Eu
desisto.
-Senhoras
e senhores, Meg Scarlet desistiu, nomeando assim Alan Benson o vencedor dessa
rodada.
Voltando
a sua forma original, sem fazer cerimonia ou comemorar, o garoto de olhos azuis
caminhou em silencio até sua porta designada, ignorou a todos e saiu do
coliseu.
III
-Joseon espera. -Falou Evelyn.
-O que pretende fazer?
-Como assim? -Questionou
Agatha. -Voltaremos agora mesmo, temos que relatar o que aconteceu aqui.
-Sim, mas estaremos metidos
em uma baita encrenca, afinal somos quatro dos dez magos da cúpula, e uma única
bruxa passou a penar em nós. -Falou a ruiva.
-Ela tem razão -Flamel a
defendeu. -Seremos ridicularizados se voltarmos com as mãos abanando.
-Juro que aquela bruxa terá o
que merece. -Joseon disse tomando a frente.
-E o que você irar fazer?
-Evelyn a questionou. -Ela é capaz de lhe dá uma surra com as mãos amarradas
para traz e ainda por cima com os olhos vendados.
-Temos que pensar em um plano.
-Flamel tomou a palavra. -Afinal, não estamos lutando contra um único mago, mas
com um mago que tem um exército e uma bruxa que sozinha luta mais que um
exército.
A feiticeira olhou ao seu
redor e disse após alguns segundos.
-Seja o que for seu plano meu
caro, acredito que deverá ficar para depois.
-Eu conheço essa cara. -Evelyn
falou. -É a cara que você faz quando lembra que não consegue entrar na casa de
seu filho.
A encarando de forma seria, a
senhora Joseon disse:
-Acredito que vocês já tenham
percebidos, mas que tenham ignorado. Logo que chegamos esse vasto campo verdes,
estavam cheios de pequenas criaturas magicas, mas agora...
-Não tem nenhum. -Completou
Agatha.
-Joseon, consegue nos dirá
daqui? -Flamel perguntou.
-Não tão perto da entrada para
os túmulos.
-Então teremos que correr.
-Flamel falou sério.
-A Joseon e eu até que vai,
mas o senhor e a Agatha já são velhos, não vai conseguir nos acompanha... Nani? -Evelyn falou ao ver o demônio de Agatha
correndo em alta velocidade levando sua mestra nas costas e Flamel a
acompanhando, correndo lado a lado com o demônio -São velhos, mas até que dão
um caldo. -Ao ver que agora estava sozinha, A ruiva gritou. -Esperem por mim,
não quero ficar aqui sozinha.
IV
-Onde
Felipe guardou os amuletos? -Ruan perguntou em meio a sala de estar.
-Ele
não guardou. -Thamara o respondeu.
A
encarando com seus olhos verdes e confusões, o jovem Protetor disse:
-E por
que viemos até aqui? Vamos perder parte dos jog... -Ele parou de falar ao ver
que a homúnculo estava o beijado.
O jogando
no enorme sofá dos Mestres dos Brinquedos, Thamara deitou-se por cima do jovem,
mordendo os lábios do mesmo. Sem falar nada, Ruan apenas a encarou ofegante e
corado.
-Você
ainda quer voltar para o coliseu? -A garota o perguntou.
-Foda-se
o coliseu. -Ruan a respondeu abraçando-a e a virando, e ao ficar por cima,
retirou sua camisa mostrando sua pele palita e bem trabalhada.
Sem
esperar uma atitude do garoto, Thamara o empurrou com seus pés, o fazendo cair
sobre o piso de madeira, e antes que o mesmo pudesse falar algo, foi
surpreendido com ela tirando suas roupas, e ao se despir por completa caminhou
até o garoto que estava sobre o chão e entregou-se as beijos a ele.
Com a
respiração pesada, o garoto tirou o restante de suas roupas e entregando-se ao calor
do momento, eles tornaram-se um, ali mesmo, no chão frio daquela casa.
Agarrada
ao pescoço do garoto, a jovem homúnculo entregava-se ao prazer, e cada vez que
o outro a possuía, ela gemia ainda mais intenso, até que ambos enfim chegaram
ao clímax do prazer e ofegantes ficaram ali deitados.
-Mas
já? -Lilith falou sentada sobre o sofá admirando a nudez daqueles dois.
-Mas o
que você faz aqui? -Thamara falou se pondo de pé.
Ruan
apenas se debateu sobre o chão procurando suas roupas.
-Oras,
por favor, continuem, não vir aqui no intuito de estragar nada, só queria
aproveitar que todos estariam nos jogos de graduação e roubar um certo livro,
mas acredito que ele não esteja nesta casa...
Lilith
parou de falar desviando-se de um ataque recebido pelas costas.
Uma
adaga passou voando próximo a Lilith caindo no piso entre as pernas do
Protetor.
Surpreso
Ruan se afastou, e levantou-se ainda despedido, e olhando para a adaga, viu
toda a madeira do piso ao redor dela apodrecendo
-Essa
foi por pouco. -Disse ele.
-Acredito
que cheguei bem na hora. -Disse a garota com o sobrenome Scott.
-Quem?
-Lilith falou surpresa.
-Sou a
rainha dos venenos. Minha primeira adaga foi um aviso, as lhe garanto sua bruxa
velha, que a segunda não será.
Antes
que os olhos de Lilith ficassem brancos e ela atacasse aqueles três, sombras se
aproximando, chamaram sua atenção.
-Christopher.
-Disse ela em voz alta e o Guardião do Ar que estava no jardim de inverno no último andar da mansão, apareceu na sala e após segurar a bruxa mais velha
desapareceu.
-Quem
está aí? Tamara perguntou.
-Não é
ninguém, são apenas uns papéis mágicos que espalhei pela casa antes de aparecer
aqui, e aproposito, a primeira adaga não foi um aviso, eu não ia conseguir
mata-la com os venenos que eu tenho comigo aqui.
-Você blefou?
-Perguntou Ruan.
-Sim.
-A garota o respondeu. -Aproposito Ruan, belo pau. -Ela falou de forma irônica, os lembrando que
estavam pelados.
Corado
o garoto pegou suas roupas do chão rapidamente e se cobriu, Thamara por sua
vez, caminhou calmamente até as suas e as vestiu.
-O-o
que te trás aqui depois de tanto tempo? -Johan perguntou.
-Estava
a serviço do Regente esse tempo todo, acabei de voltar com informações.
-Vocês
se conhecem? -Thamara perguntou sentando-se no sofá.
-Sim.
-Ruan a respondeu se sentando ao seu lado. -Nick Scott, é sobrinha do senhor
Scott e é a herdeira da liderança da Casa Aranea.
-E o
que uma pessoa protegida pela lei por ser parente de alguém da Cúpula fazia
trabalhando para Elion? -Thamara perguntou para a garota sentada a sua frente.
-Isso
é confidencial. -Respondeu ela com um sorriso. -Agora eu adoraria saber por que
o Protetor estava transando com um homúnculo no piso da sala de um dos membros
da Cúpula.
Com um
meio sorriso Ruan a encarou sem respostas.
V
Com um
sorriso branco e descarado, diria até mesmo debochado, Iago caminhou frio e
lento até o centro da arena, onde encarou Shiva nos olhos.
De um
lado, olhos verdes da inveja, e do outro os olhos negros da noite.
Olhos negros,
a cor dos olhos que faz com que os magos tenham um pouco mais de cautela, uma
vez que humanos de olhos negros falam o que pensão, e magos de olhos negros
fazem o que pensam.
-Comecem!
-Indagou o locutor.
Praticamente
voando, cada um se afastou o máximo possível um do outro, Shiva Purohit tirou
de suas vestes duas adagas ritualísticas, as lançado uma para seu lado direito
e a outra para o lado oposto e ao juntar suas mãos da mesma forma que uma
criança cristã junta antes de rezar para seu Deus, seus olhos ficaram amarelos
e a mascarar que cobria a parte de baixo de seu rosto desapareceu, mostrando
uma belos lábios que ao serem abertos era possível ver algo semelhante a uma
galáxia dentro de sua boca.
Toda a
luta, cada detalhe dela, era exibido em vários telões espalhados sobre o céu a
cima das arquibancadas, onde cada um mostrava um ângulo diferente do que
acontecia em meio a arena.
Ao ver
o que estava a acontecer, Lincy por alguns segundos ficou com um semblante
sério, e mesmo sedo por um breve e rápido momento, o fato dele ter demostrado
aquela face que fugia do seu habitual, não passou por despercebido pelos olhos
de Angel que discretamente o encarava.
-Pelo
seu nome, achei que você force descendente do deus Shiva, mas vejo que seja de Krishna.
-Disse Iago.
O
encarando de forma seria Shiva o respondeu de forma seca.
-E por
que não posso ser dos dois. -Dito isso ele apareceu e reapareceu por trás.
-Ai
caralho. -Falou a Inveja tentando desfiasse (em vão) do ataque direto do mago
da Casa Dark.
Um
feixe de luz atravessou o coração de Iago deixando apenas um buraco lá.
Caindo
jazendo sobre o chão e uma possa de sangue que ali se formava, lá Iago ficou e
a plateia que a luta assistia quieta estava e em meio a aquele silencio
permaneceu.
-Essa
aparentemente foi a luta mais rápida que tivermos, senhoras e senhores. -Disse
a voz de um locutor que estava incrédulo do que dizia.
O dono
da voz encarregada de coordenar o evento olhou na direção de Elion, esperando
dele uma aprovação para nomear o campeão daquela batalha, mas de seu regente
recebeu apenas um olhar sério que o mesmo interpretou como um “espere”.
Após
alguns segundos, Shiva baixou sua guarda e começou a caminhar para a saída,
quando do chão saiu uma mão que o segurou pelos pés. O ar a sua volta tornou-se
fios altamente cortantes que envolveu o seu corpo. A sua frente surgiu um Iago
que segurava uma das adagas ritualística que Shiva havia lançado no início da
batalha, contra o pescoço de seu dono. Um outro Iago surgiu por trás do mago
Dark e esse segurava os fios que prendiam e cortavam seu oponente.
E com
aquela visão a plateia foi mais uma vez levada a loucura.
-Ue!
Aquelas são minhas luvas? -Questionou Shin vendo sua tecnologia nas mãos de
Iago.
-Copiar
é o poder especial da Inveja. -Violet o respondeu. -Mas até para um demônio que
copia é impossível copiar alguns poderes, como as habilidades especiais dos
demais cristais, ou poderes angélicos ou de mesmo teor, se Iago não consegue
copiar os poderes do Mestre dos Brinquedos, significa que os poderes do mesmo
pertencem a um desses grupos por mim citados.
-Mas o
foi que aconteceu aqui? -falou o locutor em estase. -Será que no mundo da magia
existem monstros piores que as Casas Ancestrais? Primeiro virmos a Casa da
Fênix balançando a bandeira branca, será que a Casa Dark farar a mesma coisa?
-Como,
como você viu através de meus poderes? -Shiva questionou o de olhos verdes.
-Suas
adagas. -Respondeu Iago. -Por que um desentende dos deuses precisa de adagas
ritualísticas? E as posições de suas mãos, não são as posições da deusa Krishna.
-Sorrindo Iago completou. -Foi quando percebi que em suas adagas haviam selos
de contenção, o mesmo pentagrama que Ruan Johan usou para esconder a presença
de seus poderes quando o conheci. -Iago mostrou a Shiva o pentagrama negro
desenhado no cabo dourado de sua adaga. -E convenhamos Shiva e Krishna? Sério?
Eu sou a Inveja, consigo copiar os poderes que vejo sendo usados, e o seu não é
o da deusa Krishna, mas como poderia ser? Eu pensei um pouco e cheguei a uma
conclusão, Shiva Purohit é um nome muito forte de onde você vem, sendo assim um
ótimo desface para esconder quem você realmente é.
Pan
que até então assistia a luta em silêncio reconheceu o rosto daquele que lutava
contra a Inveja.
-E-le,
e-le. -Disse ela engasgando-se em suas próprias palavras. Uma lagrima rolou por
sua face, e foi quando ela proferiu as palavras presas em sua garganta.
-Maninho?
-
Brahma,
deus hindu da criação. -Iago falou mordendo os lábios inferiores ao ver a
reação do outro.
Com
seus olhos negros vibrando, aquele indiano estava incrédulo no que estava a
ouvir.
-I-impossível,
você não pode ter deduzido tudo isso em tão pouco tempo. -Shiva falou
procurando sentido no garoto a sua frente. -Que tipo de demônio você é?
Virando
a cabeça e dando um sorriso mais debochado do que o que dera ao caminhar para a
arena antes do início da batalha, Iago disse:
-Preciso
ser o melhor, para fazer um certo alguém me notar, e é por esse alguém que
luto, meu desejo será ter o amor de quem amo, e não perderei para alguém feito
você ou para qualquer um aqui. Lembrem-se bem dessas palavras mundo da magia! -O de olhos verdes falou aos gritos. -Meu nome Iago Von Devon, o mais poderoso
mago da ilusão, e só irei cair quando todos já estivem sobre o chão.
Em
meio a plateia Angel falou:
-Lincy,
pelo que vejo a três Iago em campo, e o poder das faces, pertence a Castiel e
ele não pode copiar os poderes dos cristais.
-E
quem disse que ele copiou os poderes de Castiel? -Lincy o respondeu olhando em
direção a Elion.
VI
Semanas atrás
-A
beleza da lua cheia nunca deixa de me encantar. -Lincy falou do alto da sacada
de Felipe ao ver Elion se aproximar.
-Já
faz um tempo que não a encaro. -O maior respondeu.
-E por
que não? Achei que você possuísse um vinculo importante com ela. -O loiro o
questionou.
-E
possuo, Yue me criou como se eu force seu filho e...
-E
teve tanto medo de seu próprio poder fugir do controle que com a ajuda de
Flamel o selou? Lincy completou.
-Então
Swan já o contou. -Elion disse encostando-se na sacada olhando em direção a
lua.
-Swan
e eu somos velhos amigos, não a nada que eu não saiba. -Lincy falou de forma
calma e triste. -Elion?
-Sim?
-Respondeu ele.
-É
verdade?
-O que
é verdade? -Elion questionou já sabendo do que se tratava.
-Que
no fim, você morrerá?
Longos
e demorados foram os minutos de silencio após a indagação daquela pergunta.
Em um
passado não muito distante, Elion, Swan, Christopher e Stiven, eram amigos
inseparáveis e juntos foram capazes de grandes feitos, desde a estabilidade do
mundo da magia que estava a entrar em colapso, as diversas viagens
interdimensionais que fizeram.
Eles
viveram intensamente. Desde o dia que descobriram que era Guardiões Elementares
e Stiven os ajudaram a ficarem mais fortes e vivos, até o dia em que a profecia
foi pronunciada.
A
profecia que arruinou a amizade daqueles quatro.
( Há muito tempo atrás, quando a humanidade brigava por poder,
existia um poderoso mago que por vingança dizimou toda sua família, poder era
seu sobrenome, nunca antes na história e nem depois ouve ou existirá alguém tão
poderoso quanto ele. Para ter seu plano completado e um dia sua vingança
terminada, ele se mumificou para que um dia pode-se voltar à vida, mas antes de
ser selado em um sarcófago ele dividiu seu poder em três partes, em um livro,
um Protetor e em um representante para seu clã, ao menos é isso que o mito
conta, mas a história vai bem mais além.
Quatro Guardiões Elementares foram criados e poderes surreais a eles foram
dados, cada um era responsável em proteger um dos pilares elementares, que de
acordo com o mito poderiam ser visto tanto no mundo humano quanto no magico.
Com o passa dos anos a historia foi distorcida e fantasiada, mas uma coisa é
certa eles viveram em segredo sem conhecer uns aos outros, achando que eram
únicos, e as memorias que outros existiam só vinha átona quando um enorme
fenômeno natural estava preste a acontecer e seu verdadeiro Mestre retomaria,
mas esses encontros foram frustrados e eles sempre acabavam se matando.
Estamos mais um vez na geração que sabe quem são e quem são, mas algo dessa vez
foi diferente, o segredo dos quadro havia vazado, e suas existência revelada.) - <http://www.j-aeff.com/2016/06/os-quatro.html#more>
Não importa de qual angula você leia sobre os guardiões elementares, a
história sempre será a mesma. Vingança! Vingança é a palavra que define a
origem dos Guardiões Elementares, e de acordo com a profecia, os Quatro iriam
se juntar e os Pilares apontariam até o túmulo daquele que os criaram, porém, uma
parte dessa história não foi dita, tão pouco escrita.
Para acordar uma múmia imortal de seu sono, seria necessário que uma
aberração nascesse, alguém com o mesmo rosto daquele que dormi, alguém que
pudesse ser a estabilidade, para ser o equilíbrio.
Não estou narrando como trazer um mero morto a vida, e sim o mago mais
poderoso da história, o Lorde original o verdadeiro filho do Sol e da Lua, a reencarnação
de Abraão.
(Nota do autor – Acreditam se
que Abraão foi o primeiro mago da história, o mesmo possuía uma sabedoria
praticamente infinita se comparado a um humano normal, porém ele se tornou
mago, e não nasceu, devido a isso seu corpo possuía algumas limitações. Anos
após a morte do original vários clãs surgiram entre eles o do Sol e o da Lua, e
o filho dos lideres desses clãs era a reencarnação do original, e agora
possuindo além de sua sabedoria original, possuía um corpo e poderes
absurdamente devastadores, tornando-se ele o Lorde Original. Acreditam-se
também que o Lorde Original e Lúcifer, mesmo possuindo poderes totalmente
opostos, estão eles no mesmo patamar, havendo uma possibilidade do Lorde
Original o superar em questões de sabedoria e poder)
(Segunda nota do autor –
Lúcifer possui uma áurea branca, e o Lorde original uma áurea negra. Sendo
assim relevante lembrar que a Cúpula no dia da Ascensão de Elion, estavam
vestidos de preto, como uma forma de homenagear e respeitar o Criador do clã do
Sol e da Lua e Lorde Original.)
(Terceira nota do autor.
-Para quem acha que branco significa paz, deixo uma reflexão, em nosso mundo
não existe paz para vocês humanos, a não ser que estejam mortos, pós assim não
sofreram com as pragas e pestes que abitam a Terra. PS: Lúcifer significa luz
do amanhecer e em homenagem e honrar a ele, o magos das trevas se vestem de
branco, um dos motivos de Huhlvan está quase sempre com roupas brancas ou
claras seria como uma forma encontrada por ele de irritar Elion e blasfemar
contra o Pai do mesmo.)
O sangue daquele que nascesse com o mesmo rosto da múmia imortal seria
usado para despertar a mesma, e ao saber disso não foi difícil de deduzir que
Elion se tratava dessa aberração, pós o que melhor justificaria o fato de
Yue o tratar como filho, do que o fato de Elion ser uma cópia do mesmo?
Logo após Stiven confirmar isso usando o sangue de Elion para fazer um
símbolo lunar. Os amigos discutiram sobre o futuro do jovem regente, e foi essa
discursão o estopim para a ruína da amizade dos mesmos, uma vez que Elion
pretendia sacrificar seus sentimentos e a si mesmo para compre a profecia e
trazer o Lorde de volta a vida.
-Talvez. -Falou Elion quebrando o silencio. -Fui criado para isso,
então...
-E nós? -Lincy o interrompeu. -Nem tivermos tempo para discutir o que
estava rolando entre a gente antes da Swan nos interromper e pouco depois
descubro sobre essa profecia? Você não está pretendendo apenas me usar e depois
partir, ou estar?
Em resposta o garoto obteve um abraço do mais velho.
-Nunca mais fale isso. -Disse Elion. -Eu falei “talvez”, antes de lhe
conhecer a resposta para essa pergunta seria sim, mas hoje, eu só penso em...
O silencio voltou a pairar a medita em que Elion aproximavam seus lábios
dos lábios do menos.
-Elion. -Falou Iago aproximando-se. -Espero não está interrompendo nada,
mas gostaria de sua ajuda.
Recompondo-se e respirando fundo Elion o respondeu:
-E no que poderia lhe ajudar?
-Me treine, preciso ficar mais forte se pretendo vencer. Deixe-me copiar
seu estilo de luta e um pouco de seus poderes.
VII
Hoje
-Ele não copiou os poderes de Castiel. -Lincy disse a Angel. -E sim os
poderes de Elion.
Começando a sentir sua carne rasgar com os fios que o envolvia, Shiva
disse:
-Não pretendia ser descoberto logo no primeiro dia dos jogos de graduação,
e principalmente ter que usar meus reais poderes agora.
Uma camada de luz dourada cobriu o corpo do indiano e começou a se
expandir, vendo o que seu oponente pretendia, Iago removeu os fios que o perdia
para que os mesmos não se arrebentarem e se afastou, sua cópia que segurava a
adaga e o que estava a baixo do chão desapareceram, o Iago que usava as luvas
se distanciou e a adaga que o clone segurava agora estava em sua mão.
-Não acredito no que estou vendo. -Disse o locutor. -Senhora e senhores,
mais um de nossos candidatos é a reencarnação de um nomeado deus.
Uma onda de gritos cobriu o ambiente.
-Von Devon. -Falou Shiva. -Você foi esperto o suficiente para descobrir
quem eu era apenas nos primeiros segundo de nossa luta, vejamos como sua esperteza
irar lhe dar com isso.
A luz dourada de cobria o corpo de Shiva tomou a forma da figura
representativa do deus Brahma, e se expandiu ficando do tamanho de um dos
lendários titãs que conhecemos dos clássicos mitos gregos.
Logo após estalar seu pescoço, Iago falou com um sorriso de lado;
-Finalmente uma luta que será interessante.
*Ao
ver o ataque usado por Meg Scarlet em forma de fenix, sua fala já ter visto
aquele ataque antes, ela fazia uma referencia ao ataque feito por David
Huhlvan, no capitulo 23 - os quatro.
J. Aeff
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