Aviso!

Olá caro humano, seja bem-vindo ao nosso mundo sobrenatural! Se essa é sua primeira vez aqui, recomendo que comece a lê por nossa primeira história, “O Sequestro”, que pode ser facilmente encontrado se você abrir o botão da primeira geração, Detectives, que fica no menu acima. Caso você seja um de nossos fãs, tenha uma boa leitura e não esqueça de comentar, ou caso contrario, kraismos morderá todos vocês, isso se Castiel não lhe bater primeiro.

sábado, 10 de outubro de 2015

05 - A Solidão de Blaian



I


Um pobre garoto estava a correr pelos corredores de uma casa, a qual apresentava arquitetura um pouco antiga. Havia desespero em seu olhar,  o medo estava estampado em sua face, e em meio a sua atemorização ele caiu naquele frio chão de madeira, quando virou o olhar, havia uma arma apontada para sua cabeça.
-Pelo amo de Deus, não faça isso. –Disse o jovem desesperado. –Pelo que é mais sagrado, não, por favor ...
Um som de um disparo ressoou pela mansão, e as mãos cobertas por uma luva preta largou a arma perto do corpo jazendo e distanciou-se rapidamente dela.








II



            Ao entrar em seu escritório, David se deparou com um senhor de idade já avançada, ele usava um longo bigode branco, seus cabelos eram curtos, era magro e possuia uma altura razoável.
            -No que posso ajudá-lo? Senhor? –Disse o Detetive.
            -Luttrell, George Luttrell, e M. Huhlvan, eu sei que é muito tarde senhor, mas eu gostaria que me acompanhasse até a minha casa, houve um incidente  e gostaria que o senhor desse uma olhada.
            David encarou o olhar cansado daquele homem, e mesmo estando muito cansado e com o braço machucado devido seu último trabalho, ele viu que a noite daquele senhor havia sido tão longa quanto a sua.
            Mr. Huhlvan sentou na frente daquele homem e  lhe disse.
            -Mr. Luttrell, conte-me o que aconteceu em sua casa.
            -Bom M. Huhlvan, um garoto que vivia em minha casa, John Nevill, foi assassinado pela noite, e meu neto está perto de acordar, eu gostaria que o senhor resolvesse o caso antes que ele acordasse.
            -E por que antes que ele acorde, o que o seu neto M. Luttrell tem a ver com tudo isso?
            -O garoto John está em nossa casa há anos e foi o único amigo que o meu neto teve, e se ele acordar e souber que seu melhor amigo foi assassinado durante a noite, ele irá enlouquecer.
            -E o que o senhor me propõem então, pois suponhamos que ele vai acabar descobrindo uma hora ou outra.
            -Não senhor, não irá.
            -Como assim, senhor?
            -Eu informei a todos naquela casa que quando Blaian perguntasse pelo garoto eram para lhe dizer que ele havia ido embora pela noite.
            -Então você pretende mentir para seu neto?
            -Menti não, Mr. Huhlvan, ocultar a verdade dele, poupá-lo de tanta dor.
            -Deixe-me ver se entendi. O senhor pretende substituir a dor da perda pela  dor do abandono e da traição, pois julga que será melhor assim para ele?
            -O que é bom ou deixa de ser para o meu neto quem decide sou eu. –Disse M. Luttrell alterando o tom de voz.
            -Desculpe-me George, mas o senhor não está em sua casa para falar com esse tom, eu entendo que você se preocupa com seu neto, mas quem decide o que é bom ou deixa de ser para ele, é ele mesmo, e não você.
            -Como ousas falar assim comigo seu, pirralho?! –Disse o velho. –Você não sabe com quem está falando?
            -Não, você é quem não sabe com quem está falando, eu sou David Huhlvan descendente da família Hosuenfel e da família Felix, sou a pessoa mais rica do país, mais rico que a própria rainha, sou uma das pessoas mais influente na Europa, filho de Christopher e Elizabeth Huhlvan, e sou seu pior pesadelo, então se você, George for suficientemente inteligente sairá logo desta casa, antes que eu fique com mais raiva e resolva arruinar toda a sua vida M. Luttrell.
            David respirou fundo e disse em voz alta.
            -Alexander. –Ele começou a andar em direção a porta do escritório, quando ela se abriu mostrando seu criado. – Alexander, acompanhe o senhor Luttrell até a saída, irei recusar o trabalho, e, por favor, não me incomode irei ao meu quarto descansar. –David já havia dobrado o corredor quando terminou de falar.






III


-David, o David. –Chamava a sua prima, –David. –Ela respirou fundo e disse em alta voz. –David, acorda!
            -O que é. –Respondeu, levantando-se da cama furioso.
            Ao abrir a porta, David deu um grito e fechou-a rapidamente.
            -David. –Anny voltou à fala.
            -É você mesmo que está ai fora?
            -Ha, ha, não tem graça, David.
            David abriu novamente a porta do seu quarto, só que desta vez a abriu um pouco mais devagar.
            -O que foi que aconteceu com o seu rosto? –Perguntou David.
            -Nada, é apenas creme de beleza. –Respondeu Anny.
            Alexander estava se aproximando do quarto de David quando disse.
            -O que foi que aconteceu? eu ouvi  gritos e... –Alexander olhou para o rosto da prima de David e disse em tom de grito. –Ai me Deus!
            -Alexander! –Disse a prima de David.
            -Desculpe-me, eu não resisti. –Disse ele começando a rir. –Senhor, tem uma mulher lá na sala querendo falar com o senhor, ela disse que era algo muito importante.
            -O que há de ser tão importante a ponto de ela querer falar comigo a essa hora da manhã.
            -Ela está muito nervosa e pelo que pude entender é algo relacionado a um homicídio.
            Disse David bocejando.
            - Informe-lhe que já irei descer, por favor.
            -Sim senhor. –Disse Alexander, virando-se para Anny, começando a rir.
            -O que foi? –Perguntou ela.
            -O que você quer Anny? –Disse David segurando o riso.
            -O pequeno Christopher está doente, creio que ele esteja com dor de barriga.
            -E o que ele comeu ontem naquela festa senhorita, Felix? –Disse ele mudando o tom de voz.
            -Nada de mais eu acho, só alguns doces.
            David encarou sua prima e disse.
            Deve ser algum tipo de infecção estomacal, ele não está acostumado a comer tais coisas. Tira essa coisa do seu rosto, peça dinheiro a Alexander e  leve-o para o médico, eu irei ver o que a senhora que está lá em baixo quer e irei  encontra-lo na clínica.
            Não demorou muito e o anfitrião da casa estava à frente de sua visita.
            -Bom dia, eu sou o detetive Huhlvan. –Disse ele se apresentando.
            A mulher levantou-se do sofá e disse.
            -É um prazer conhecê-lo, senhor Huhlvan, eu sou Katherine Luttrell, primeiramente peço-lhe desculpas pelas atitudes de meu sogro mais cedo...
            -Desculpe-me Ms. Luttrell. –David a interrompeu. –Mas eu fui bem claro com M. Luttrell quando disse que recusava o caso.
            -Eu entendo o que esteja sentindo e mais uma vez peço-lhe desculpas, mas eu vim lhe pedir, não como uma cliente, mas como uma mãe desesperada que o senhor reconsidere, eu contei pessoalmente ao meu filho que seu amigo havia sido assassinato. Eu vim lhe pedir que o senhor descubra quem fez isso, para que ele seja punido, por favor, Mr. Huhlvan.
            -Como ele está se sentindo, como Blaian está?
            Ela olhou para David e disse.
            -Em estado de choque, senhor.
            -Eu sei o que é perder alguém que ama. Eu irei aceitar o caso Ms. Luttrell.
            -Fico agradecida, senhor.
            David deu um leve sorriso e disse.
            -Se a senhora não se importa, gostaria de lhe fazer algumas perguntas.
            -Claro, pode perguntar tudo o que for preciso.
            -Primeiramente, como foi a morte do garoto?
            -Bom senhor Huhlvan, ele foi atingido por um tiro dentro de casa.
            -Hm. Qual era a relação do garoto com os moradores da casa?
            -Bom, ele vivia em nossa casa com sua mãe há anos, ela é nossa cozinheira e o garoto trabalhava ajudando na cozinha e cuidando do jardim.
            -E enquanto ao pai do garoto?
            -Bom, A senhora Nevill era mãe solteira.
            David serrou os olhos e pensou um pouco antes de falar.
            -E como se deu início a amizade de seu filho com jovem Nevill?
            -Não sei lhe responder muito bem M. Huhlvan, como eu já lhe disse, ele estava em nossa casa desde criança, Blaian e John eram amigos inseparáveis.
            -A senhora faz alguma ideia de quem poderia ter cometido o assassinato ou saberia me dizer algum motivo?
            -Não senhor, ele era um garoto pobre e não era de sair muito, não vejo nenhum motivo para isso ter acontecido.
            -Entendo. Quantos anos ele tinha?
            -16 anos, ele era apenas um ano mais velho que meu filho.
            -Tinha algum passatempo, ou algo que fazia no tempo livre?
            -Não que eu saiba senhor.
            -O.K. então creio que devemos ir a sua casa, tenho muito o que fazer.








IV


            Não demorou muito eles já estavam em frete a mansão da família Luttrell, a casa chamava um pouco atenção por ser construída em uma arquitetura extremamente medieval, não que a casa fosse antiga, mas foi construída de uma forma que parecesse.
            -Queira entrar, senhor Huhlvan. –Informou Mrs. Luttrell.
            -Ah sim, claro. –Disse David distraído. – Ms. Luttrell, onde o assassinato aconteceu?
            -Siga-me. Eu irei levá-lo até lá.
            Eles caminharam um pouco pelos vários e amplos corredores da casa, à medida que eles andavam, David apenas observava como cada corredor se interligava um ao outro, formando quase um labirinto.
            -Foi aqui, senhor. –Disse Mrs. Luttrell apontando para o chão de um corredor amplo que apenas conectava-se a outro.
            -A que horas o crime aconteceu?
            -Às três horas da manhã.
            -Que horas a polícia chegou?
            -Menos de meia hora após o ocorrido.
            -Alguma coisa foi roubada?
            -Não M. Huhlvan, eu e meu sogro verificamos as joias e os bens de valor e nada foi roubado, os demais funcionários da casa também não deram por falta de absolutamente nada.
            -Intrigante. –Falou o detetive. –Alguém viu alguma coisa?
            -Ninguém viu nada, todos estavam dormindo, nós não sabemos o que John estava fazendo acordado, poderíamos sugerir que ele havia se levantado para ir à despensa comer alguma coisa, mas creio que o senhor já tenha percebido que a cozinha fica do outro lado casa, e dos quartos dos empregados até lá, não passa por esse corredor, nem tão pouco por esse lado da casa.
            -Compreendo, e isso dificulta ainda mais a investigação. –David olhou para aquela senhora e disse. –Eu gostaria de falar com todos desta casa.
            -Meu sogro deve estar no escritório, Blaian em seu quarto, a senhora Nevill deve estar na cozinha, eu dei-lhe uns dias de folga, porém ela disse que não ver necessidade e insiste em trabalhar. Os demais funcionários estão espalhados pela casa cuidando de seus afazeres.
            -Obrigado, senhora, acho que irei começar conversando com seu filho, agora se me dá licença.
            David se virou e começou a andar quando Ms. Luttrell lhe deu as instruções.
            -Primeiro andar, siga o corredor, última porta.
            -Hi, hi. –Falou o detetive levantando a mão.
            Não foi muito difícil encontrar o quarto do jovem Luttrell, difícil seria saber como utilizar as devidas palavras, David sabia muito bem o que era perder alguém que ama, antes de bater na porta, a cena de como soube da notícia do acidente veio a sua cabeça.
            Ele se sentiu enjoado, mal talvez, mas ele estava ali, e sabia o que tinha que fazer, sabia que tinha que cumprir o seu papel.
            Ao bater na porta, uma voz em plena puberdade falou para entrar.
            -Com licença, Blaian. –Disse ele entrando e fechando a porta. –Eu sou David, David Huhlvan, e gostaria de conversar com você.
            Blaian era um belo rapaz lindo podemos dizer um pouco alto para sua idade, pele clara cabelos castanhos claros e olhos castanhos verdeados. Seu aspecto era de cansado, como se houvesse passado muito tempo chorando.
            David se sentou ao seu lado na cama quando disse.
            -Como você se sente, garoto?
            -Um pouco mal. –Falou ele com tom de tristeza.
            David respirou fundo antes de continuar.
            -Você consegue me falar como era seu amigo?
            Blaian olhou para ele, seus olhos estavam um poucos fundos e ao redor estavam pretos, como se houvesse passado boa parte da noite em claro chorando.
            -Ele sempre foi uma boa pessoa. –Começou ele. –Ele foi o meu único amigo sempre fazíamos tudo juntos, ele conhecia todos os meus segredos, todos os meus medos. Mas há uns dois dias ele ficou um pouco estranho, afastou-se de mim, eu não sei o que estava acontecendo. Era como se ele soubesse o que ia acontecer, não, ele sabia o que ia acontecer. -Os olhos do garoto se encheram de lágrimas, mal conseguindo falar quando David interviu.
            -Sabe garoto, minha vida era um pouco solitária, talvez ainda seja eu sinto a falta de algumas pessoas que não estão mais aqui, e algumas delas nunca poderão voltar. –David puxou de dentro de sua camisa um medalhão com um Dragão entalhado nele. –Essa corrente, por exemplo, foi dada a mim por pessoas que um dia amei muito, mas que eu  as perdi em um acidente. Você tem algo que seu amigo lhe deu?
            -Sim, eu tenho. –Disse ele, levantando-se e indo em direção a uma gaveta, trazendo algo enrolado em um pedaço de seda vermelha.
            O garoto voltou para a cama, sentando-se ao lado do investigador.
            -Meu pai costumava colecionar armas, ele tinha vários tipos de armas de fogo, eu de certa forma também gosto, mas meu gosto é um pouco mais exótico, eu curto mesmo as armas brancas sabe, espadas, adagas, punhais, só que minha mãe não permite que eu tenha tal coisa, pois pra ela eu ainda sou um bebê, então John fez isso pra mim. –Terminou ele entregando o embrulho para M. Huhlvan.
            David retirou delicadamente a seda deixando à mostra um punhal de madeira feito à mão, com vários detalhes bem trabalhados.
            -Nossa. –Falou ele. –Ele era muito bom, você deve guardar isso como um tesouro, certo?
            Ele deu um leve sorriso e afirmou com a cabeça.
            -Eu vou sentir muito a falta dele. –Disse o garoto.
            -Eu posso entender muito bem como se senti. –David entregou de volta o tesouro de Blaian quando perguntou. –E o seu pai, o que aconteceu com ele?
            -Ele morreu há alguns anos foi vítima de um assalto. Senhor Huhlvan, o que foi isso em seu braço?
            David sorriu antes de responder.
            -Uma longa história, eu estava trabalhando antes de vim para cá, e acabei me envolvendo em um tiroteio com um psicopata, nada demais.
            -Nossa, como assim nada demais? Isso é muito legal, quando for adulto irei trabalhar para a polícia inglesa.
            -Dou-lhe o total apoio, agora se me dá licença tenho que ir falar com seu avô.
            -Poderei falar com o senhor novamente?
            -Claro. –Disse ele sorrindo e em seguida, retirando-se do quarto em direção ao escritório.






V



            -Mr. Luttrell, creio que começamos um pouco mal, mas se me permitir, gostaria de lhe fazer algumas perguntas.
            -Creio que eu tenha me exaltado, peço-lhe desculpas, M. Huhlvan, estou aqui para lhe ajudar no que for possível.
            -Qual era sua relação com o jovem Nevill?
            -Normal, eu o tratava como tratava a todos os funcionários desta casa.
            -Hm. Vou ser direto ao ponto, o senhor sabia que ele era apaixonado pelo seu neto?
            As faces de George coraram.
            -Como você?
            -Ele entregou ao seu neto um punhal feito à mão que provavelmente levou meses para ser feito, são poucos os amigos que faria tal coisa apenas por amizade, mas levando em consideração que ele fez por amizade, não explicaria o fato de ter gastado as suas economias em um pedaço de seda chinesa de primeira categoria, eu poderia levar em consideração que o sovem senhor Luttrell, poderia ter guardado o punhal lá, mas como todos os itens dessa casa foram precisamente calculados para parecer uma casa inglesa medieval e todos os itens aqui são nacionais, não vi um porquê de estragar tudo com uma peça chinesa, então deduzi que John fez o punhal de madeira. Como Blaian me disse e gastou todo o seu dinheiro na seda, ou estou errado?
            -Não, não está senhor, eu descobri essa paixão por meu neto a alguns dias.
            -Então para proteger o seu neto, você acabou discutindo com o rapaz, certo?
            -Isso mesmo. –Respondeu M. Luttrell de cabeça baixa.
            -Isso explica o fato dele ter se distanciado de Blaian, correto?
            -Sim.
            -Blaian sabia desses sentimentos de seu amigo para com ele?
            -Não que eu saiba.
            -Foi o que eu pensei.
            David se levantou e disse.
            -É só, muito obrigado por sua atenção. –Disse o investigador levantando-se e saindo do escritório.
            -Mr. Huhlvan. –Disse George, chamando-lhe a atenção. –Katherine não sabe desse amor de John para com o seu filho, por favor, não mencione nada para ela, eu não sei como ela irá reagir quando souber que deixava seu filho a sós com alguém desse tipo.
            -Como sempre o senhor está querendo esconder as coisas das pessoas, não se preocupe, não irei falar nada, mas senhor Luttrell, saiba que John era alguém tão normal quanto o seu neto, e não deve ser chamado de tipo, como se fosse um animal.
            David retirou-se do escritório e foi até a cozinha, em busca da senhora Nevill.







VI


            -Senhora Nevill, suponho. –Disse m. Huhlvan.
            -Isso mesmo, senhor?
            -Huhlvan, sou o detetive David Huhlvan.
            -Eu já li sobre o senhor e conheço bem sua reputação.
            -Obrigado, senhora Nevill...
            -Senhorita na verdade. - Falou Ester Nevill interrompendo o jovem detetive.
            -Como?
            -Eu não pretendo mentir para o senhor, como já lhe disse eu já conheço sua reputação, então é melhor ser bem aberta com o senhor agora antes que você exponha a verdade no meio de todo mundo. –Disse ela olhando o rosto perplexo do investigador. –Eu não nunca fui a mãe de John.
            -A senhora poderia me explicar.
            -O senhor Luttrell há alguns anos me encontrou, eu estava desempregada, ele me prometeu um emprego em sua casa e um bônus se eu aceitasse ficar com o garoto e colocar meu sobrenome nele, bem, como eu estava precisando de dinheiro aceitei.  John Nevill na verdade se chamava John Luttrell, ele era o filho bastardo de Phillip Luttrell, a mãe dele morreu no parto, e como ele já era casado com a senhora Katherine, não podia chegar em casa com um filho, seria a vergonha da família, foi quando eu entrei na história, uma empregada que era mãe solteira, não pegou muito bem para mim, mas Phillip  sempre me apoiava, após sua morte sua esposa me encheu de perguntas, querendo saber como eu conheci seu marido, quem era o pai de John, até que eu não suportei mais e ontem joguei na cara dela que o pai dele, era o seu marido, ela me demitiu, eu deveria estar saindo desta casa hoje, e como disse anteriormente, pretendo ser bem honesta com o senhor, eu nunca tive nenhum afeto pelo garoto John, e a morte dele veio a calhar, eu não teria para onde ir assim tão de repente, e com a morte dele poderei passar mais alguns dias aqui, até eu consegui um novo emprego.
             David deu um leve assovio, ele estava perplexo com toda a história, mal sabia o que dizer.
            -Fora a senhora e Mrs. Luttrell mais alguém sabia dessa história? –Perguntou ele por fim.
            -O jovem Blaian ouviu toda a conversa por trás da porta que dá acesso a sala de jantar.
            David olhou para a segunda entrada que dava acesso para a cozinha.
            -E qual foi a reação dele ao descobrir tudo isso?
            -Bom, ele esperou a mãe dele se retirar, quando entrou na cozinha todo eufórico, aparentemente estava muito feliz com a notícia.
            David respirou fundo, colocou a mão na cabeça e fechou os olhos, ao reabri-los disse.
            -Que buraco é aquele na parede.
            Ester olhou para trás e viu um pequeno buraco que não estava ali no dia anterior.
            David se levantou e foi ver de mais de perto.
            -Senhorita Nevill, houve quantos disparos hoje pela madrugada?
            -Apenas um senhor, que foi o que ressoou pela casa acordando todo mundo.
            -Interessante.



VII



David estava novamente sentado na cama de Blaian quando disse.
-Blaian, você sabia dos sentimentos de seu amigo para com você?
-Sim, Sabia.
-E o que você sentia por ele.
O garoto abaixou a cabeça e disse.
-Eu sabia o que ele sentia por mim bem antes dele me dá o punhal de madeira, mas eu não sabia o que sentia por ele, eu sabia que era algo bem forte, mas não sabia o que era, e como ele nunca falou nada comigo a respeito preferi não tocar no assunto.
-E como você realmente se sentiu quando soube que ele era seu irmão?
-Bem na verdade, eu sempre quis ter um irmão, e quando soube que meu melhor amigo era meu irmão, eu fiquei pulando de felicidade.
-Mas você não contou pra ele, não foi mesmo?
-Não, eu sabia que não era hora, e também não sabia como contar isso pra ele, ele não me via como um irmão, e ia ser muito doloroso para ele, se é que o senhor me entende, Eu não sei se fiz certo fazer amizades, ter amigos é legal, mas enfraquece. Às vezes eu acho que seria melhor voltar para a solidão.
-Blaian, três possibilidades são possíveis para a morte do seu irmão, primeiro o seu avô descobriu o que ele sentia por você o ameaçou e como o amor dele por você continuou ele o matou por puro preconceito e para que tal ato não manchasse o nome de sua família, segundo sua mãe poderia ter se livrado dele para garantir a sua herança, e terceiro a senhorita Nevill fez isso para não ficar na rua já que todos achavam que ela era a mãe dele. –Ouvi uma pequena pausa antes de David continuar. –Mas nós sabemos que não foi isso que aconteceu certo?
O garoto concordou com a cabeça.
-Eu vi as marcas de bala na parede da cozinha, e como ninguém ouviu os tiros deduzi que deveria ser de uma das armas da coleção de seu pai.
-Isso mesmo.
-corrija-me se eu estiver errado. –David se ajeitou na cama antes de continuar. –John veio aqui em seu quarto durante a noite certo que você iria aceita os seus sentimentos, como você sabia quem ele realmente era, não poderia corresponder a tal amor, como também devido às circunstâncias não pode dizer a ele a verdade, ele saiu louco e provavelmente chorando, você desceu até a cozinha, estava abalado e confuso, creio que tenha ido beber alguma coisa, quando ele chegou por trás de você com uma arma que pegou no sótão, que  provavelmente ele sabia onde estava as chaves e te ameaçou, você tentou  explicar a verdade, porém ele não te ouviu e disparou um tiro de aviso. –David respirou rapidamente e continuou a narrar. –Você ficou desesperado e saiu correndo pela saída que dá acesso aos corredores, ele foi atrás de você efetuando alguns disparos de aleta, certo?
-Está. –Disse ele quase chorando.
-Por favor, Blaian, você poderia me contar o que aconteceu após?
-Minha mãe tem pavor de armas. –Começou ele. –mas desde da morte de meu pai eu tenho medo de andar sozinho, tenho medo de andar por esses corredores à noite, correndo o risco de acabar me marrando com alguém aqui dentro, então meu avô me deu uma das armas de meu pai, para que eu pudesse andar pela casa me sentindo seguro, ele sabia que eu nunca iria usá-la, pois é praticamente impossível alguém entrar nesta casa. Em meio a minha correria pelos corredores, eu saquei a arma, mas caí e acabei perdendo a arma. Quando dei por mim John estava na minha frente, ele era mais rápido, mais forte e mais alto do que eu, ele estava com a arma apontada para mim, eu não pude dizer nada, nem tão pouco fazer algo, ele me agarrou e começou a me beijar, ele, ele. –Blaian começou a chorar quando David interviu.
-Não precisa contar tais detalhes se não quiser.
-Eu implorei para parar, só que ele não me ouviu, quando ele se afastou um pouco para descer as calças, eu o chutei, agarrei minha arma e disparei acerando o peito dele.
-Então você fugiu pelos corredores o deixando lá.
Com o rosto cheio de lagrimas ele concordou.
-Por favor, acalme-se
-Como poderei fazer isso, eu matei meu irmão, matei a única pessoa que amava, e provavelmente serei morto acusado de assassinato.
-Não se preocupe, eu tenho uma certa influência no governo, não deixarei que nada de ruim lhe aconteça, se me prometer uma coisa.
-O quê?
-Deixe-me ser seu amigo.



VIII


Assim que Blaian entrou na sala de estar David começou a falar.
-Bem, como todos já estão presentes irei dizer o que aconteceu nesta madrugada.
Todos os olhares estavam sobre David, menos o de Blaian, ele estava de cabeça baixa tentando não chorar.
-Infelizmente. –Começou M. Huhlvan. –John foi vítima de ladrões amadores. –Blaian ergueu a cabeça e envarou o investigador com ar de surpresa. –O jovem Nevill viu um movimento suspeito pela noite e desceu para ver do que se tratava, os assaltantes acabaram se assustando e dispararam um tiro nele, tiro esse que acabou retirando a vida daquele pobre garoto, em seguida eles fugiram sem levar nada.
-Impossível. –Disse George. –Ninguém conseguiria passar sobre os muros desta casa e atravessar o jardim sem ser vistos pelos cães.
-Querendo ou não, foi isso o que aconteceu M. Luttrell, e dou assim o casso por encerrado, a polícia recebera meu relatório ainda hoje, foi uma honra trabalhar para vocês, agora se me dão licença, estou com um filho doente em casa.
-Deixe-me acompanhá-lo até a porta, senhor Huhlvan. –Disse Blaian.
Ao chegarem nas ruas de Londres Blaian disse.
-Muito obrigado M. Huhlvan.
-Não sei pelo que está me agradecendo, Garoto. –Falou ele como se não soubesse de nada. –Sua casa foi apenas invadida por ladrões, só isso.
-Ah claro. –Disse o jovem Luttrell tentando sorrir.
-E, por favor, Blaian, me chame apenas de David. –Encerrou ele sorrindo.







IX

David estava de volta a sua casa, havia acabado de tomar banho e se jogado sobre a cama.
Quando estava quase dormindo ele pensou.
(Tenho uma leve impressão de estar me esquecendo de alguma coisa)
Quando ele começou a dormir uma voz alta e próxima dele o fez acordar.
-Paiiiii. Minha barriga tá doendo.
Ele levantou-se quase chorando.
-Anny. –Gritou ele.
-O que eu fiz desta vez.
-Nada, você não fez nada. –Disse ele baixo e cansado.






J. Aeff

16 comentários:

  1. Respostas
    1. kkkkkkkkkk, fico feliz p\or ter gostado minha cara fã Jaque, a proxima história promete rsrsrs

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  2. Tipo como assim o cara se apaixonou pelo irmão e morreu sem saber. Bichinho

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    1. Em nossa vida existe coisas das quais não conhecemos, e acabamos tomando decisões erradas rs

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  3. An cm assim? Kkkkkkkk
    Gostei MT dessa... Tipo ninguém nunca irá descobrir a vrdd? Oq acontecerá se descobrirem?
    QM tah em choque sou eu, agr n é mais Blaian kkkkkk...
    Arraxou, cm sempre!!!

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    1. rsrs, #SemPalavras kkkkkkk eu sei como é isso, muitas vezes eu me espanto com o que acabo escrevendo kkkkk

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  4. Kkkkkk fiquei td desconcertada lendo essa kkkk cada coisa.... Mas VC escreve MSM super bem....

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  5. Uauuu!!Que caso esse,e David omitiu a verdade na maior cara de pau kkk e foi bem compreensível. Mas logo saquei q Blaian teria assassinado,mas não imaginei o enredo do assasinato.

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  6. Deve ser um choque muito grande saber que seu irmão é apaixonado por você, tipo eles não sabiam e eram irmãos, mais quando Blaian descobriu ele devia ter contado talvez isso mudasse ou não.

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    1. a vida é feita de escolhas, e muitas vezes tomamos o caminho errado rs

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  7. 😱😱nossa,como assim?...sem palavras,essa sua imaginação me surpreende!

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    1. rsrs, obrigado, vc ainda vai se surpreender ainda mais rs

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  8. Gente kkkk neh sei o q disser não esperava

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    1. kkkk, acho que ninguém esperava, é normal ficar sem palavras, gostaria de vê sua reação com as histórias seguinte rs.

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