Até onde
a luta por um sonho vai? Até onde a humanidade pode suportar? Em nossas vidas,
passamos por dificuldades, e são elas as chamas que nos moldam. Encarar esse
fogo é o que determinará se os sonhos são reais, ou meras ilusões.
I
A noite
começava a se alastrar entre as vielas de Bruxelas, e como em todas noites a
vida se propagava entre elas, e entre essas meras vidas humanas, outras vidas
passavam por despercebidas.
A
humanidade sempre contou histórias de ninar sobre criaturas sobrenaturais, escreveu
histórias e até mesmo criou series e filmes com a mesma temática. Bom, em
partes, eles contavam suas próprias versões das histórias, negligenciando a
verdade por trás dessas histórias.
As ruas e
vielas, não apenas de Bruxelas, capital da Bélgica, mas em todo o mundo,
existem criaturas magicas e distintas, entre elas criaturas que por algum
motivo a humanidade já conhece e outras que causaria a maior entres as guerras
caso a humanidade viesse a descobrir.
Fadas,
elffos, ninfas, salamandras de fogo, gnomo, trolls, sereias, vampiros,
lobisomens, anjos e demônios, entre tantos outros seres de luz e trevas, até
mesmo criaturas neutras. Todas elas vivendo entre a humanidade, e todos
passando por despercebidos.
Por que a
humanidade é tão cega? Por que eles blasfemam contra seus deuses e idolatram
construções humanas?
Unicórnios
existem, da mesma forma que a hipocrisia é real, da mesma forma que a
negligencia destruirá a raça humana.
Entre as
luzes da cidade, entre toda aquela agitação nas ruas, um dos inúmeros
apartamento guardava o maior entre os segredos. O que para humanos era clichê
devido as inúmeras citações em suas obras de literatura. Para o mundo magico
era algo abominável e impossível, era algo que poderia gerar inúmeras
discussões e dor de cabeça a Cúpula, cedo essa a real e única governante do
planeta em que você que está a ler isso vive.
Ajeitando
seus cachos em frente a um enorme espelho, aquela que cogita uma beleza rara, encarava nua, uma pequena cicatriz em seu pescoço, e disse ao tocá-la:
-Ainda não
posso acreditar que um mero garoto conseguiu me ferir de tal forma, a pondo de
deixar uma marca.
-Não sei
ao certo como o poder de regeneração de vocês funciona, mas acredito que você
deveria deixar de isso de lado, foi só uma cicatriz, tão pequena que mesmo
quando te beijo, é impossível notar. -Falou Charles, a abraçando por trás e a beijando no pescoço.
-Nós dois
seremos levados a fogueira se aquela velha de vestido roxo descobrir. -Falou Madeline se virando e correspondendo seus
beijos, e logo após morder levemente seus lábios falou o encarando nos olhos. -A
rainha dos vampiros e um lobisomem pertencente as famílias ancestrais. Qual é
possibilidade disso dá certo?
-Nenhuma.
-Respondeu o outro. -Mas é aí que está a graça.
-Você é
louco. -Falou ela sorrindo.
-Somos
loucos. -Charles a beijou na testa e
voltou para cama, onde ainda sem roupas fechou os olhos e curtiu aquele espaço.
Madeline virou-se mais uma vez para o espelho e
ao afastar seus cachos, voltou a tocar aquela marca em seu corpo.
II
Os grupos se dividiram conforme o plano de Lucy,
mas antes que que eles forcem para os lugares Ed segurou no braço de seu irmão
o puxando para perto de si.
-Temos que conversar, você sabe disso.
-Não Ed, não temos, você fez sua escolha ao
partir, quando eu mais precisava. Você partiu no dia de meu aniversário. E para
quer? Para ficar mais forte?
-Por você, eu fui por você, tinha que saber ao
menos como segurar uma espada, como eu posso ser o irmão mais velho do Regente
se nem posso ajudar meu irmão quando ele mais precisar.
-Aí que está, você não pode. -Elion falou com um
semblante de raiva.
-Posso! Claro que posso, sou um membro da família
imperial, posso lhe ajudar em tudo, posso lhe deixar forte, posso ficar mais
forte.
Dando um passo para trás Elion falou:
-O que você está tentando falar? Você não está
pensando em fazer um contrato comigo estar?
-E por que não? -Ed o questionou. -Você mesmo já
me falou inúmeras vezes que não éramos realmente irmãos, que os deuses usaram a
barriga da mamãe como porta para você vir a esse mundo, e que não foram usados
os traços genéticos dela ou do pai. E afinal de contas sou o único Membro
existente. Você não tem escolha, esse é o nosso destino.
-Destino? -Elion falou sentindo nojo do que
estava a acontecer. -Você está ficando louco, e mais, quem disse que você é o
único Membro da Família Imperial?
-Não precisa, eu sei que sou.
-Você está extremamente errado, Lincy. -Elion
disse apontando para o garoto ao longe. -Ele também é um Membro, e sei que
existe vários outros além de vocês dois.
Ed olhou incrédulo para o menor e após encarar
seu irmão saiu sentindo vergonha e raiva.
-Não gosto dele. -Lincy Falou serio para Swan.
-Você não gosta dele por ele ser um Zé Ruela, ou
porque você senti ciúmes do Elion?
Corando Lincy falou encarando a mais velha:
-Eu, eu, não estou com ciúmes dele, v-você está
fi-ficado louca?
-Pelo amor da Morte. Tá escrito na sua cara, não
mente para mim, e nem sei o por que disse tudo, está na cara do Elion que ele
também gosta de você.
-Q-quê? -Falou Lincy incrédulo.
-Vamos. -Ed falou passando por eles.
Sorrindo de lado, Natallie socou de leve o ombro
do mais jovem e acompanhou o mais velho.
Shin já estava na entrada das ruínas quando Ed
falou:
-O que necessariamente estamos procurando?
-Não sei ao certo. -Respondeu o coreano. -Uma de
minhas sintozóide detectou uma anomalia magica vindo desta região, os dados não
mostrar ao certo de qual lugar veio, por isso nos separamos em três grupos, o
que me deixa intrigado é o fato de Ruan e eu já termos vindo para cá, e não
encontramos nada fora do normal.
-Talvez force porque vocês não souberam o que
estavam procurando. -Falou Lincy Passando por eles e entrando nas ruínas sendo
seguido pelo cisne negro.
Shin retirou a mochila das costas e ao abri-la,
algo do tamanho de uma bola de basquete preta e com olhos saiu de dentro e
começou a flutuar, liberando um leve zumbido ao se mover.
-Que porra é essa? -Perguntou Swan.
-Minha nova invenção. -Respondeu o garoto ao se
juntar com o grupo. -Me baseei em um jogo de computador e uma das coisas que
minha mãe tem em sua casa. Eu o chamo de Cyber-Zord, e esse aqui o chamo de
Cyber-Black, ou Cyber-1.
-Terá um Cyber-White, ou um Two? -Lincy
Perguntou.
-Sim. -Respondeu o outro. -Todos eles terão
funções básicas iguais e funções especificas distintas.
Dos olhos do Cyber-Zord começaram a sair luzes
como se forcem lanternas.
-Bem útil. -Falou Ed.
-E antes que me esqueça eles possuem inteligência
artificial e ainda consigo controla-los usando apenas a minha mente.
-Insano, ousado, mais insano. -Lincy Disse
começando a entrar ruína a dentro.
Após alguns minutos de silencio, Swan removeu seu
anel do dedo, e começou a brincar com ele.
-A que é o fim da linha. -Falou o coreano.
Sua maquina flutuante começou a bipar.
-Algum problema? -Ed perguntou.
-Ele disse que o caminho prossegue a frente.
-Você agora fala com essa coisa? Swan perguntou.
-Sim, por quê?
-Aberração. -A garota disse se afastando.
Sem entender muito bem o porquê daquele
xingamento, Shin prosseguiu.
-Cyber-Black, por favor, faça um escaneamento na parede.
Após alguns bipes, aquela esfera de cabeça chata começou a voar a frente da
parede. -Estranho. -Shin voltou a falar. -Aparentemente essa parede possui uma
camada de poeira inflamável.
-Seja mais especifico com poeira. -Falou Lincy.
-Cyber Black, recolha uma amostra, irei estudá-la
mais a fundo em casa, porque seja o que for, não consta em meu banco de dados e
pode ser muito perigo...
Shin parou de falar ao ver Swan lançando uma bola
de fogo sobre a parede, a incendiando.
-Resolvi o problema; -Disse a garota.
A medida que as chamas se dissipavam desenhos
esculpidos em uma parede de bronze se revelavam.
-Isso são escritas do Black Kingdom. -Shin falou
se aproximando.
-E o que diz? -Perguntou Ed.
A parede era gigantesca, formada por uma placa
única, e os desenhos ali entalhados contavam uma história, ali era uma das
únicas heranças deixadas pelo Black Kingdom, aqueles traços ricos em detalhes a
camada de poeira negra que os cobriam. O arrepio que tomava conta do corpo do
jovem coreano.
Shin começou a ler aqueles aerógrafos, e a medida
que seus olhos vibravam seu coração batia mais rápido, e suas mãos começaram a
suar frio, os pelos de seu braço se arrepiaram e sua respiração havia começado
a ficar ofegante.
-Shin, algum problema? -Perguntou Lincy.
-Além dessa merda aqui ser um conto de terror, e
eu odeio coisas de terror, não, não tem problema algum.
-E afinal de contas, o que está escrito pirralho.
-Falou Swan se aproximando.
-Conta que um grande mal assolou essas terras no
passado, um mal que fizeram as pessoas de um vilarejo que deveria ficar ao sul
dessas ruínas perderem a cabeça, e para selar tamanho mal que se alastrava
sobre essas terras, eles todos eles foral lacrados para morrer do outro lado
desta parede.
-E de se admirar que um dos cinco reinos da magia
forcem tão ignorantes a ponto de não saber lhe dá com uma doença ou praga. -Ed
disse não demostrando muito interesse.
-Não acredito que se tratava de uma peste, afinal
de contas estamos em meio a um dos lugares mais insolados do planeta. Não seria
tão fácil um vírus surgir aqui, e muito mesmos naquela época. -Lincy disse de
forma intrigada.
-E o que você sabe a respeito? Aberração. -Ed
falou liberando a sua raiva.
-Como é que é despacho de macumba? -O emo loiro
questionou.
Antes que Shin pudesse intervir Swan o deteve com
sua mão.
-Deixe-os, quero ver até onde isso vai.
-Simples de deduzir, Lincy vai matar o irmão do Regente.
Swan desta vez não falou nada, apenas olhou serio
para o jovem ao seu lado e este por sua vez baixou a cabeça em concordância.
-Quem você pensa que é para me tratar desta
forma? -Lincy disse perdendo a calma.
-Irmão do Regente...
-Grande merda. -Lincy disse o interrompendo. -Ser
irmão do mestre, não lhe torna o mestre. -Falou ele em sarcástico.
Ed começou a rir e disse:
-E você o que acho que é dele? Nada, por enquanto
sou “irmão” dele. -Ed falou fazendo um gesto com os dedos. -Mas esse status
logo vai mudar, quando eu fizer o contrato com ele serei o mais poderoso nesta
merda toda, aí quero ver você tentar quebrar meu braço novamente, seu verme.
-Acho que já chega. -Natallie falou transformando
seu anel em foice. -Não quero ver dois arrombados de merda discutindo por
homem, se quiserem continuar com a discussão que comecem a se matarem, de bate
boca já estou cheia.
-Pessoal. -Disse Shin.
Talvez fosse para acabar com a discussão, ou
talvez porque não acha acasos neste mundo. Todos os fios foram transados de
acordo com os desejos dos deuses, e não a ponta solta neste enorme bordado,
como a Clamp costuma falar que neste mundo não há acasos, e sim apenas o inevitável.
A mesma história pode ser contada, varias e
varias vezes, mas nunca será da mesma forma, nunca terá o mesmo empaqueto que
outras vezes.
O universo possui uma maneira única e irônica
para manter o equilíbrio, para manter a ordem.
-O que foi pirralho? -Swan falou se aproximando.
-Como eu disse, do outro lado tem um cemitério,
mas existe uma forma de abrir essa porta e se me permitem. -Shin pressionou uma
das figuras rompendo um selo magico que ali existia.
-Shin. -Disse Lincy dando um passo para trás.
-Merda. -Falou Swan.
Shin se afastou ao ver a parede caindo e
contemplou vários cadáveres fossilizados
do outro lado.,.
-Corram. -Disse Lincy indo até Shin o puxando
pelo braço.
-O que foi? -Perguntou o coreano sem entender
nada.
Shin Jiho a muito tempo atrás se rebelou contra
sua mãe, e sacrificou seus poderes para usar sua mente da forma como usa, e
isso o impedi de ver a maioria dos seres mágicos.
Com a queda dos muros, varias criaturas sombrias
começaram a sair de lá, uma enorme energia maligna invadiu aquele lugar.
no ritmo que as coisas iam, eles seriam
consumidos pelas trevas muito antes de
conseguir saírem dali.
III
-Isso é impressionante. -Disse Neify. -A
quantidade de cristais que essa caverna possui é surreal, é de se
admirar que nem um mago a tenha explorado, desde que entrei aqui vir mais de
dez cristais raros e alguns que nem sabia que ainda existiam.
Onde a tia Lucy foi? -kraismos perguntou.
-Depois que Neify falou que os cristais são
raros, ela saiu correndo para pegá-los. -Héstia falou.
-Tipico. -A ninfa respondeu. -Bom, não conseguir
encontrar nenhum traço de anomalia ou de energia maligna...
Um silencio absoluto tomou conta da caverna dos
cristais.
Uma onda de poderes maligno tomou conta do
ambiente.
Lucy surgiu em meio ao nada e criou uma barreira
ao redor dela e das três criaturas flutuantes.
-Tia Lucy, o que foi isso. -Kraismos falou.
-Não faço ideia, mas seja o for, ficaremos aqui,
até que passe.
-Mas... -Héstia tentou falar, mas calou-se,
aquela escolha era a melhor para ser tomada.
-Tia, olha os cristais. -Kraismos falou
apontando.
Os cristais da caverna começaram a ficarem
brancos.
-Eles estão se corrompendo. Afinal que energia
maligna é essa? -Neify falou voando ainda dentro da barreira.
Lucy olhou para sua bolça, onde viu seus cristais
ainda intactos, suspirando aliviada em seguida.
IV
Em meio a floresta amazônica, existe um lugar,
onde poucos são capazes de chegar.
O vende possuía os olhos, o som de uma cachoeira invadia
os ouvidos.
Um altar havia sido feito em meio as águas,
próximo ao pé da cachoeira. Ramos de flores cercavam o centro do altar e sobre
ele havia uma enorme flor fechada.
-Como os humanos nunca chegaram até aqui?
-Thamara perguntou.
-Acredito que você não percebeu, mas até chegamos
aqui passamos por três barreiras diferentes. É impossível um humano passar pela
primeira barreira, imagina chegar até aqui. -Ruan a respondeu.
-E mesmo um mago, para chegar até aqui, só seria
possível com minha ajuda ou com a benção da natureza, e para uma criatura de
coração impuro seria impossível, uma dor insuportável a possuiria se passasse
pela primeira barreira, e se mesmo assim prosseguisse, ao passar pela última,
ele seria morto imediatamente. -Elion disse indo até o altar.
-Isso tudo para proteger essa flor? -Thamara
voltou a perguntar.
-Isso é bem mais que uma flor. -Elion respondeu.
-É o coração da floresta, a essência de toda vida que vemos aqui, se essa mera
flor for destruída, um terço da terra perecerá.
-E como a colocaram em um altar? Isso seria um
pouco insano. -A homúnculo continuou a perguntar.
-Não a colocaram. -Elion encarou a jovem. -Nem os
humanos e nem os antigos moradores do Reino Negro construíram esse altar, tudo
o que vocês veem ao nosso redor, foi feito pela Deusa, pela Mãe de toda
criação.
-Elion. -Ruan disse se aproximando.
-Sim? -Respondeu o mais velho o encarando.
-Naquele dia na Alemanha, quando você foi
conjurado, foi por ela não foi?
Sorrindo ELE respondeu.
-Sim, foi, ela queria me dá um aviso, e com isso
despertou em mim, memorias que eu havia esquecido a muito tempo.
-Que seria. -Perguntou a garota.
Elion colocou sua mão sobre a flor, e a movimentou,
girando-a, seguindo a mesma rota que os ponteiros de um relógio.
A flor começou a se abrir, mostrando aos garotos
sua beleza.
As cores do arco-íris era as que cogitavam as pétalas
daquela enorme rosa.
Em seu centro havia uma pequena esfera de luz que
pulsava, e pulsava, semelhante a um coração humano.
-As coisas que movem a vida, as perguntas, as
respostas, os sonhos e o destino, são forjados pela chama de nossas
determinações, nossas palavras e ações. Para toda escolha tem um preso, para
cada movimento uma consequência. Os problemas que enfrentamos em nossas vidas,
os obstáculos e dificuldades, não passam de meios que nos preparam. A Grande
Mãe me lembrou de algo que eu já havia esquecido a muito tempo. -Antes que
Elion pudesse prosseguir a rosa se fechou e algo chamou a atenção do Regente.
Após olhar para trás, alguns segundos se passaram
e uma coluna de trevas se ergueu a quilômetros de onde eles estavam.
-Merda. -Disse Ruan correndo em direção a coluna
de sombra.
Sem pensarem ao certo, os três se distanciaram do
templo e seguiram em direção a coluna de sombras, ao olhar rapidamente para
trás, Thamara viu tanto o altar quanto a cachoeira desaparecer.
V
-Shin porra, o que você fez? -Lincy perguntou correndo ao lado dele e
dos outros dois.
-Foi sem querer. -Respondeu o coreano.
-Morte cuida disso. -Swan falou invocando o espectro, acertando a cabeça
em seguida em uma das paredes do templo.
-Swan! -Gritou Lincy voltando para ajudá-la. -Swan! Swan!!! -Ele a tomou
em seus braços.
-Tem uma luz, ela está me chamando. -Respondeu a garota inconsciente.
-Não vai por aí desgraça, isso não é luz, é o fogo do inferno, acorda Swan.
-Não quero estragar a festa de vocês. -Disse a Morte. -Mas não segurarei
todos aqui sem minha foice.
-Temos que lutar. -Ed falou sacado sua espada.
Lincy o encarou e o tom de seus olhos mudou ligeiramente.
-Shin. -Disse ele. -Você não consegue vê-los, não é mesmo?
-Negativo, além da morte não vejo nada. -Respondeu o outro.
-Vamos Ed, vamos lutar. -Lincy se colocou de per e correu passando pela
morte que havia criado uma barreira. O mas velho o seguiu e essa foi sua ruína.
A vida é feita de escolhas e nossas palavras é a ruína de nossos
futuros.
Os cabelos de Lincy ficaram brancos e seus olhos adquiriram um tom de
azul ainda mais intensos e profundos.
As sombras tomaram a forma de demônios e atacou o mais velho dos dois. "Lincy" apenas ficou parado olhando a cena, e sem entender nada, Ed falou logo
após ver que sua espada não tinha efeito sobre aquelas criaturas.
-Me ajuda... por favor...
Sorrindo o menor disse.
-Não era você que estava louco para provar seu valor? Não era você que queria
fazer um contrato? E não era você que ficaria no topo de tudo? Faça o contrato
com esses demônios e seja o mais forte desta merda toda. -Falou de forma irônica.
-Fomos trancados naqueles muros por muito tempo. -Disse um dos demônios.
-Estou com forme. -Disse outro,
-Vamos come-lo. -Um terceiro falou apontando para Ed.
Dando alguns passos para trás, o
de cabelos brancos disse:
-O anjo que protege Lincy não se encontrar aqui, e como sou um demônio de
rank S, tenho o poder de passar por despercebido pelos demais de rank inferior.
Antes que a fúria tomasse de conta de Ed, um dos demônios o agarrou e
selou seus lábios nos deles, fazendo seu corpo ficar sem forças e começando a
sugar a alma dele pela a boca.
-Lincy, o que está acontecendo. -Shin gritou sem entender nada com seu
Cyber-Black o segurando para que ele não saísse da barreira, o garoto a sua
frente se virou para ele e correu em sua direção.
-Eles pegaram o Ed, não tem nada que eu possa fazer.
-Eles, eles quem, merda, o Elion vai surtar. -O coreano disse entrando
em pânico.
-Eu não sei o que fazer, eu... -Desta vez Lincy havia voltado a sua
forma original.
Ed havia começando a gritar de dor. Onde cada demônio o tocava queimava
sua pele. Suas roupas haviam sidos queimadas, e seu corpo começara a ser violado.
-Ele é um membro da família imperial. -Disse um dos demônios
-O quero para mim. -Falou outro.
-Tem para todos nós. -Respondeu um outro.
Em gritos de agonia, a pele daquele um dia chamado de Ed começou a
derreter, a dor que ele estava a sentir, não se igualava a nenhuma outra.
Violentado, violado e devorado por demônios, foi o castigo por suas
palavras e ações, foi a consequência de suas escolhas.
O fogo nos molda como somos, e são essas chamas que mostram se nossos
sonhos são reais ou ilusões.
VI
Uma sirene começou a soar por todo lugar.
-O que estar acontecendo? -Perguntou Agatha.
-A anomalia não está acontecendo apenas na Amazônia, e sim em vários
pontos arredor do planeta. -Respondeu o soltado de óculos que materializou um globo gigante de holograma.
-Mas que porra é essa? -Klaus falou apontando para um dos pontos do
globo.
O de óculos ampliou a imagem mostrando a região apontada pelo outro.
-Santa Mãe de Deus. -Disse Flamel.
-A ilha de Avalon? -Falou Joseon.
-Está sendo destruída. -Completou Felipe incrédulo.
Dando as costas ao globo Agatha falou;
-Convoque os anciãos e procure os membros da Cúpula que não estão nesta
sala, quero todos no salão circular em meia hora.
-S-sim, senhora. -Respondeu Samanta que saiu correndo, tomando cuidado
para não tropeçar.
-E o que vocês estão esperando, vamos. -Disse a velha para os demais.
VII
Da mesma forma que a coluna de trevas se ergueu dissipou, os demônios caíram
mortos um a um.
-O que ouve aqui? Perguntou Lucy.
-Ele, deu a vida para nos salvar, para salvar a todos nós. -Respondeu
Swan.
O Corpo de Ed havia se limitado a um mero cadáver em decomposição.
-Um membro da família imperial só pode fazer um único contrato com um
anjo ou demônio de rank S, qual quer um ou qualquer coisa que que não seja um
perece ao ter tamanho contato com um membro, em outras palavras, seu irmão
matou todos esses demônios, mas acabou morrendo no processo. -Thamara disse
olhando para o cadáver que terminava de desaparecer em cinzas.
Com um semblante vazio. Elion se virou e começou a caminha em direção a saída.
-O salvei uma vez, e ele me agradeceu sumindo por meses, o que aconteceu
aqui foi uma escolha dele, e ele caiu pelas chamas dessa escolha, seja como
for, nosso serviço aqui terminou, a anomalia foi dizimada, vamos, não quero
perder mais tempo.
Ao passar por todos, uma lagrimas rolou pelo rosto de Elion que tentava
se manter forte, não, que era obrigado a se manter forte.
J. Aeff
Nossa,muito triste essa morte de Ed.Mas o importante é que ele salvou a todos.Parabéns pela história,amei👏
ResponderExcluirFoi uma morte triste, porém necessária, alguns outros personagens iram acabar morrendo, não me julgue, uma guerra está por vir.
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