Posso
ouvir enfim, minha canção soar, sempre soube que por fim, meus lábios beijaras,
aceite-me como a um irmão e abrase-me, porque esse é um fim, e sou o único que
está aqui. Não existem bem ou mal, no fim todos vem a mim.
(A Morte)
I
(Meu cheiro estava espalhado por
todo o lugar, o dia estava nublado, bem propicio aquele ato fúnebre. Amigos,
parentes e colegas de trabalho, enfim reunidos, não para comemorar ou celebrar,
mas para dizer adeus; adeus aquele que um dia recebeu o titulo de um dos
melhores detetives franceses; dizer adeus aquele chamado de pai irresponsável,
de amigo paranoico, obcecado pelo trabalho e alguém sem amor próprio.
Todos os presentes no ultimo
ritual de Sebastian, todos os reunidos naquele ritual fúnebre o julgava, o
invejava e agora, choram em seu tumulo. Quanta hipocrisia, essa sociedade afunda
cada vez mais em sua própria merda. Quando por fim aquele dia chegar, o dia em
que todos morreram, estarei no ultimo dos funerais, mas não chorarei ou ficarei
triste; dançarei sobre seus corpos e irei rir da patética vidas que eles
tiveram, irei rir como se não houvesse amanhã, espera, depois desse dia não
haverá um amanhã. Haverá somente a mim.)
A Morte ria sobre aqueles mortais
patéticos, que só reconhece o valor de alguém após sua partida, mas entre todos
os presentes, apenas uma chorava de verdade, apenas uma sentiria a falta
daquele que se foi, apenas uma o amava de verdade, apesar de tudo que ele lhe
fez, ou no caso, deixou de fazer. Ela não chorava somente porque o amava,
chorava por parte por não entender o que realmente estava a acontecer. Chorava
porque ele era seu pai e ela o amava com todas as forças que tinha.
-Vovó por que estão enterrando o
papai? Ele não vai conseguir respirar. –Dizia a garotinha de cinco anos. –Vovó,
não deixa enterrar o papai, ele vai me levar para a o parque esse fim de
semana. Vovó! O papai não vai conseguir respirar lá dentro. Vovó...
As lagrimas banhavam o rosto
daquela idosa, ela não sabia o que fazer, tão pouco o que fazer com aquela
pequena criança, ela não a entenderia.
Ela chorava
Ela soluçava
Mesmo nunca dizendo a seu filho o
quanto o amava e o quanto ele era idiota por não passar tanto tempo com sua
filha, ela o amava.
-Papai! –Disse Espérer correndo
para onde seu pai estava sendo velado.
-Nãoo... –Disse sua avó lhe
segurando caindo de joelhos no chão e a abraçando. –Não minha pequena, papai
não pode ir com você ao parque, papai está com sua mãe, ele, ele. –Ela foi
tomada pela choro.
Aquilo era bem mais que uma
senhora poderia suportar.
A pequena esperança se entregou
ao abraço de sua avó e agora apenas chorava.
Do outro lado estava Hugo, que
via tudo de longe, segurando as lagrimas, ele olhou para a sepultura disse
adeus e se virou, saindo do cemitério com um olhar frio.
-Eu me vingarei de você meu
amigo, isso é uma promessa.
II
-Ela senta, ela senta, ela sem...
-Elion a encarava de uma forma constrangida. –O que foi? –Perguntou Swan.
-Cadê Filip que não vê isso?
-A ele está em Londres, coisas a
serem feitas no palácio.
-E você geralmente agi feito uma
puta assim longe dele?
-Perto também. –Afirmou a garota.
-E o que ele fala? –Elion
perguntou confuso.
-Nada. Não somos namorados. –Após
olha a confusão nos olhos de seu líder ela continuou. –Ele chegou em meu
apartamento, eu queimei as roupas dele, e transamos, nada se mais, só sexo
casual. Ai nos últimos dias eu dispensei ele.
Elion apenas a encarava tomando
eu café.
Eles estavam em uma lanchonete,
Swan queria comer anéis de cebola, e como ela não sabe ferver um leite, Elion a
acompanhou e aproveitou para beber um café forte com um pouco de canela.
-Achei que você não pudesse beber
café. –Disse Johan se aproximando.
-E não pode. –Respondeu Swan.
-É descafeinado. –Disse Elion.
-Mas que mentira. –Os dois
falaram em unisom.
-Eu pude senti o cheiro de
cafeína da entrada. –Disse Ruan o encarando.
-Tanto faz. –Disse Elion
revirando os olhos. –O que você veio fazer aqui aproposito.
-É uma lanchonete. –Respondeu o
outro. –Vim comer Waffle.
-A essa hora? –Disse Swan olhando
o relógio.
-É comida. Não tem horário para
comer.
-Elion Reed? –Disse um homem o
chamando à atenção. –Você está preso.
Havia lagrimas e desespero nos
olhos daquele homem, mesmo usando as duas armas suas mãos ainda tremiam.
Os olhos de Ruan começaram a
avermelha, porem Elion ergueu uma de suas mãos lhe dado ordem para parar e
disse em seguida:
-E qual é a acusação?
-Não se faça de idiota seu
cretino. –Disse ele de forma seca.
Elion que até então estava
sentado se levantou e disse olhando nos olhos dele:
- Hugo Zusak. Vejo que senti uma
grande dor, perdeu alguém que amava? –De alguma forma que o detetive até então
desconhecia, seu corpo se congelou, tudo ao seu redor ficou escuro, e a única
coisa que ele via e ouvia era do homem a sua frente e a voz dele. –Seu melhor
amigo morreu, não foi mesmo? Assassinado de forma brutal, e você acha que eu
sou o responsável? –Hugo tento mover os lábios, porem não conseguiu. –Não
precisa fala nada, estou dentro de sua cabeça, tenho controle por completo de
você mortal, e poderia fazer seu coração parar agora se assim eu desejasse,
porem não lhe farei mal, só lhe direi que não fiz nada, nem ao menos conhecia
seu amigo Sebastian, então você vai se acalmar e iremos conversar. O.K.?
A visão voltou aos olhos do
detetive que agora estava caído de joelhos sobre o piso do estabelecimento,
chamando a atenção de todos.
-Ruan. –Disse Elion de forma
autoritária.
Entendendo o que seu mestre havia
dito, ele ajudou o outro a se levantar e lhe auxiliou o ajudando a andar para
fora daquele lugar.
Eles foram até a casa de Felipe,
Elion ferveu uma chaleira de água e se dirigiu ao jardim no ultimo anda da
casa, onde colhendo algumas ervas e a tampou. Sentando-se a frente de seu
convidado.
-O que está acontecendo aqui?
–Disse Hugo confuso, o que foi aquilo na lanchonete, por que não quero mais te
mata e principalmente quem são vocês?
-Serei direto. –Disse Elion
servindo a sir e ao aos demais de chá. –Somos bruxos, e para nós é fácil entra
na mente humana e manipulá-la.
-Isso é insano. –Disse o jovem
detetive.
-Não, não é. –Disse Swan. –Teoria
da conspiração nos chama de os iluminatis e afirmam que dominamos o mundo, eles
estão certo sobre dominarmos o mundo, mas os iluminatis foram uma ordem que
acabou durante a revolução francesa.
-Estamos por trás do governo, e
da sociedade, somos nós quem decidimos quem será eleito ou sairá do poder, tudo
acontece a pro de nossas ordens. –Disse Elion tomando um pouco de seu chá.
-Isso é insano. –Hugo disse
olhando para sua xicarar.
-Não é. –Disse Ruan. –E pode beber,
lhe garanto que não tem veneno.
-O que seu chefe disse quando
você falou que vinha atrás de mim? –Perguntou Elion.
-Ele não sabe que vir, quando eu
e meu antigo parceiro falamos seu nome semanas atrás, recebemos ordens para...
Hugo havia parado de falar e foi
quando Elion completou.
-Ele deu ordem para vocês
abandonarem o caso, e falou algo sobre os federais assumirem, certo?
-Você?
-Não foi preciso entrar em sua
cabeça para deduzir, essa é a ordem dada para quem não autorizado tenta me
encontrar, só queria saber como você me encontrou aqui em Bruxelas?
Após pensar um pouco ele disse
escolhendo as palavras.
-Meu amigo estava obcecado por
você, foi ele quem conseguiu toda informação possível sobre você.
-Foi quando ele morreu? –Natallie
perguntou.
-Exatamente. Vocês estão de
brincadeira não é? Vocês não podem está falando serio sobre bruxas e dominarem
o mundo.
Swan invocou sua foice.
-Sou senhora da morte, você acha
que transformar um anel em uma foice de mias de dois metros é um truque de
magica meu querido. –Chamas começaram a cercar a garota.
Engolindo em seco ele disse:
-Retiro o que disse.
-Provavelmente, seu amigo foi
assassinado de forma que me incriminasse, e acho que só tem uma pessoa capas de
fazer isso.
-Você acha que foi David?
–Perguntou Swan.
-David Huhlvan? –Disse Hugo por
fim.
Surpresos eles o encararam.
-Você o conhece? –Perguntou Ruan.
-Ele nos ajudou com um caso meses
atrás.
-Merda. –Disse Swan se exaltando.
-Quem ele é? –Hugo perguntou?
-O quarto. –Respondeu Elion.
-Quarto? –O detetive voltou a
perguntar.
-A sociedade das bruxas, é mais
complexar que a humana, existem vários clãs de bruxos, e dentro de cada clã
existem casas, onde cada casa tem sua função. Entre os clãs existe o Clã Sol e
da Lua, o mais poderoso entre os clãs e quem rege esse clã, rege todo o mundo
magico. O criador desse clã, foi a reencarnação do bruxo original, e ele é
conhecido como o lorde dos lordes. Antes de ser selado em um sarcófago, ele
criou algumas coisas, entre essas coisas, os quarto Guardiões Elementares, com
o intuído eles um dia o libertar de seu sono. David foi o quarto a ser
descoberto por nós, por isso ele recebeu esse titulo. Christophe foi o
primeiro, eu o segundo, Swan a terceira.
-Mas se vocês foram criados para
trazer alguém de volta, não deveriam trabalhar juntos? –Hugo voltou a
perguntar.
-Basicamente. –Respondeu Swan.
–Mas uma merda grande foi feita a algumas dezenas de anos atrás e isso
modificou David, o tornando vilão e blá, blá, blá.
-Dezenas?
-Longa história. –Disse Ruan.
-É possível um humano entra em um
desses clãs? –Hugo perguntou.
-Você quer vinga seu amigo
suponho, se for isso, a única coisa que posso dizer é desista. –Elion havia
tomado a palavra. –Nenhum clã ou bruxo solitário teria poder para ataca-lo além
do Sol e da Lua, porem para um mero humano é impossível entrar em nosso clã.
Existem três tipos de Bruxos, os de terceira classe, que são humanos que
resolveram praticar magia, essa é a classe mais vulgar e estupida de todos,
eles brincam de magia sem ao menos a conhecer ou a suas regras, é raro um bruxo
dessa categoria entrar para um clã, e quando entra é para um de baixo escalam.
Existem também os bruxos de segunda classe, que geralmente, são reencarnações
de magos que receberam titulo de deuses no passado, e que reencanaram de forma
impura, ou são humanos que nasceram em um dia e hora especifico, recebendo
energia de determinado astro ou espirito, ou até mesmo que pertença a uma
liagem de bruxo ou um filho de um classe um; essa classe na verdade não são
chamados de magos e sim de Femily, ou aprendiz, algum deles se tiverem sorte,
aprenderam magia com magos de verdade, outros sozinhos, ou simplesmente não
saberão o que são, essa também é uma das classes mais confusas de todas, pois
sua maioria desconhece a verdade. E por fim, temos os bruxos de primeira
classe, que são pessoas que nascem com a marca da bruxaria tatuado em seu
corpo, cada clã possui uma marca diferente, sejam elas símbolos ou letras,
entre os símbolos estão a estrela vermelha, um peixe entre outros, nosso clã
por exemplo é um sol vermelho com uma lua minguante prateada por cima desse
sol, cobrindo parte dele, como um eclipse; bruxos dessa categoria retira
energia para seus rituais de seu símbolo, diferente dos demais que tiram
energia de sua própria vida. Um detalhe importante sobre as bruxas é que,
ninguém possui uma magia igual, semelhante como é o caso das casas, exemplo,
bruxas da casa do fogo, possuem poderem sobre esse elemento, mas cada um
manifesta seu poder de forma diferente; como é o caso da casa dos ceifadores,
onde cada um possui uma arma diferente, ou nem possuem; o que é possível a um
mago, é impossível a outro, e mesmo dominando o mundo e sendo os todos
poderosos, algumas coisas se tornam impossível, para nós, como por exemplo
quebrar o enquilibriu das coisas, ou não paga o preço por determinada magia;
tudo vem seguido de um preço, uma consequência, e até mesmo eu, o regente do
Sol e da Lua, não estou livre dessa regra.
Hugo cuspiu o seu chá ao ouvir a
ultima informação.
-Você é o todo poderoso do mundo da
magia?
-Exatamente Zé Ruela, e o mais
engraçado é que você tentou matar ele com uma arma humana. –Disse Swan de forma
irônica.
-Ai meu Deus. –Disse Hugo.
–Desculpa, eu não sabia.
-Relaxa, erra é humano. –Disse
Elion de forma modéstia. –Você tem mais alguma pergunta?
-Claro, se me permite.
-Com licença. –Disse Shin
entrando na sala. Ele encarou Elion de forma seca e disse olhando para Ruan.
–Eu poderia fala com você?
Elion apenas o olhou de lado, ele
entendi o por quer do garoto ainda sentir raiva dele.
-Sobre o que se trata? Meio que
estou em algo importante. –Respondeu Ruan.
-É sobre o caso do teatro.
Johan olhou entre Elion e Shin e
disse baixando a cabeça. Pôs ele sabia que o outro não o aprovaria, mas como
protetor, era dever dele informar ao seu líder.
-É melhor você falar aqui, de
toda forma, teria que repeti tudo a Elion, ele tem que saber sobre a mascarada
mesmo.
Respirando fundo Shin disse:
-O mago encontrado esquartejado
não foi um caso isolado, aparentemente outras criaturas foram encontradas da
mesma forma e todos possui um padrão.
Elion agora olhava para o coreano
tentando entender a conversa.
-Todos eles de alguma forma
sofreram algum trauma ou perderam alguém que amam para alguma criatura magia.
Após isso acontecer, alguma criatura os esquartejaram e levaram seus corações.
Elion se colocou de pé, deixando
sua xicarar sobre a mesa.
-Quais foram as pessoas
encontradas dessa forma? –Perguntou ele.
Shin Só o respondeu por educação
e respeito por sua autoridade.
-Foi um bruxo, um lobisomem e por
fim um vampiro.
-Espera, além de vocês, essas
criaturas mitológicas realmente existem. –Hugo disse surpreso.
-Quem é esse? –Perguntou Shin que
até então ignorou a presença dele.
-Isso não importa agora. –Disse
Swan se pondo ao lado de Elion. –Você sabe o que isso significa não é mesmo.
-Ou é uma baita de uma
coincidência, ou alguém está tentando invoca um dos sete generais do inferno.
-Alguém? Sabemos exatamente quem
é?
-Se isso for verdade. –Disse
Shin. –Seria magia das trevas, não sei como ela funciona.
-Entre outras coisas. É
necessário quarto corações, o de um servo (bruxa), a de uma abonação (vampiro),
um selvagem (lobisomem), e o de um inocente (Humano).
-Precisamos descobrir qual humano
sofreu um trauma ou perda causado pela magia. –Disse Swan.
-Sebastian. –Disse Hugo
desesperado. –Ele tinha uma filha, a pequena esperança.
Elion o encarou. Em sua mente se
passava varias coisas, e a única que ele conseguiu fala foi:
-Temos que sermos rápidos.
Sendo seguido pelos demais
incluído o detetive, ele desceu as escadas da casa do Mestre dos Brinquedos
indo em direção a rua.
-Para onde vocês vão? –Hugo
perguntou. –O metro é nessa direção. –Disse ele apontando.
-Temos um modo mais rápido de
chegar a França. –Disse Shin o chamando com a cabeça.
III
Após o velório, Espérer e sua avó
passaram o dia na casa de Sebastian, e somente ao anoitecer, regressaram para
sua casa, quando a velha senhora abriu a porta, a pequena atravessou a
escuridão indo para seu quarto em prantos, ela não entendia porque fizeram
aquilo com seu pai, e o choro era seu único consolo.
O grito daquela criança ecoou
pela casa, sua avó desesperada sumiu as escadas, e encontrou uma criatura com
mais de dois metros e com o corpo coberto por músculos. Com uma de suas mãos
ele segurava Espérer pela cabeça e na outra, um de seus braços.
Ela ainda estava viva e se
debatia entrando em soque pela quantidade de sangue perdida, sua avó
desesperada tentou a toma das mãos daquela espécie de demônio, mas o que uma
senhora idosa poderia fazer?
-Solte-a demônio. –Dizia ela
desesperada, foi quando ele soltou o braço arrancado da criança e agarrou a
cabeça daquela senhora, a esmagando como se fosse um mero ovo.
Em seguida ele voltou a destroça
o corpo daquela inocente criança largando seus pedaços ao chão, levando dela
apenas seu coração.
(Nunca entendi por que os humanos choram por aqueles que vêm ao meu
encontro, no fim eles se encontraram e dormiram eternamente em meu berço).
J.
Aeff
caraca, to passada aqui mdsss tadinha da criança, mas pelo menos o detetive não vai ser mais um pra ficar enchendo o saco de Elion, afinal a lista de falciane dele já ta lotada kkkk
ResponderExcluirkkkkk não sei onde estava com a cabeça ao fazer isso, mas fico feliz em saber q vc gostou kkkkk
Excluir#TimeHumano
Que pesado essa parte da criancinha :c estou em choque,coitadinha da vó também
ResponderExcluirkkkk, desculpa, desculpa, não foi minha intenção kkkkkk
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