25 - Familiar em; O dia em que o biscoito desapareceu

I

Três anos antes.

            -Natallie está demorando. –Disse o jovem Christopher.

            -Pra varia. –Respondeu Elion.

            Christopher foi até a mesinha onde restavam alguns biscoitos, comendo alguns, deixando apenas um para traz.

            Doby apenas o observava a distancia, babando diante aquela cena.

            -Cheguei. –Disse Swan entrando na sala dançando.

            -Vejo que você está bem animadinha. Não? –Disse Elion.

            -Levando em consideração o seu atraso, pressupõe-se que estava na cama com alguém. –Disse Christopher a encarando.

            -Você por acaso está insinuando que sou uma vadia? –Questionou Swan.

            -Ele não pode insinua o que é verdade. –Disse Elion intervindo. –É melhor irmos, já estamos atrasados.

            -E por quer não podemos ir com vocês? –Perguntou Héstia.

            -É, por quer não podemos? –Reforçou Neify.

            Elion se abaixou para encarar as duas criaturinhas e disse por fim.

            -Iremos a uma dimensão desconhecida, e pode ser um pouco perigoso que vocês nos acompanhem.

            -É só por isso mesmo? –Héstia disse olhando em direção a Doby.

            -Bom. –Disse Elion. –Ele também, Doby só iria nos atrapalhar e como eu não o posso deixa-lo sozinho porque provavelmente meu gato o devoraria, então vocês ficaram de baba. –Finalizou ele sorrindo.

            -Eu não serei devorado por aquele gado encapetado. –Disse Doby com sua voz infantil.

            -Meu gato não é encapetado sua criança feia. –Disse Elion serrando os olhos.

            Natallie revirou os olhos e disse.

-Lá vem.

            Christopher apenas riu em resposta.

            -Deixa pra discuti com seu Elffo depois Elion, já estamos bastante atrasados.

            -Só estamos atrasados porque você estava trepando com alguém sua puta descarada. –Disse Elion se levantando.

            -Como é que é. –Disse Swan gritando.

            Christophe colocou a mão no rosto e antes que os outros dois começassem a brigar sem sentido algum, ele estalou os dedos fazendo um circulo de energia surgir a sobre o piso da sala.

            -Meu circulo precisa de mais energia Natallie. –Disse C.

            -Elion? –Disse Swan.

            -Pode ativar seu Pilar.

            Swan estendeu sua mão direita e um pergaminho apareceu flutuando sobre ela, havia alguns estritos nele, mas o que mais se destacava era o desenho de uma estrela negra em seu centro.

            O pergaminho desapareceu, a mesma medida que os olhos da garota ficaram amarelos e ao juntar as mãos o circulo feito pelo garoto de cabelos castanhos claros brilhou com mais intensidade,

            -Sua vez Elion. –Disse o Guardião do Pilar do Ar.

            O jovem mestre respirou fundo e após estalar os dedos o circulo tomou outra forma e uma forte luz tomou conta dos três que desapareceram logo em seguida.

            -É, parece que nós ficamos sós. –Disse Neify olhando para Doby.

            Doby estava com um lago sorriso e do nada começou a rir.

            -Pronto. –Disse Héstia. –Deu a louca nessa criança bugada.

            A risada de Doby ficou ainda mais alta e uma baba começou a escorrer pelo canto de sua boca.

            Ele virou a cabeça em direção a mesinha da sala e saiu correndo em sua direção, saltando e escalando até alcança seu objetivo.

            -Não. –Gritou ele em cima da mesa. –Onde está? Onde está?

            -O que foi dessa vez Zé Ruela. –Disse Héstia flutuando em cima de uma bola de fogo.

            Com lagrimas nos olhos ele disse.

            -Sumiu, meu precioso sumiu. –Doby havia caído em pranto.

            -Agora deu a peste. –Héstia disse perdendo a paciência. –Temos que avisar a Elion para ele proibir essa criatura feia a assistir o senhor dos anéis.

            -Héstia. –Disse a ninfa. –Pega leve, ele é apenas uma criança. –Neify voou até Doby e disse. –O que foi pequena criança, por que choras?

            Tentando controla o choro ele disse.

            -Meu biscoito, havia um biscoito aqui e ele simplesmente desapareceu.

            -Talvez os meninos tenham o comido antes de ir. –Indagou Neify.

            -Não, Não, eu fiquei de olho nele, eles deixaram um, eu vir. –Rebateu Doby voltando a chorar.

            -Não se pode chorar pelo leite derramado. –Disse a salamandra.

            -Héstia. –A ninfa advertiu. –Ele é apenas uma criança.

            O Elffo as encarou e disse.

            -Vocês poderiam me ajuda a descobrir quem poderia ter feito essa barbaridade com uma criança?

            -Mas é claro. –Disse a ninfa.

            -Eu não, tenho mais o que fazer.

            Neify encarou a criatura negra a sua frente e disse fazendo uma enorme bola de agua aparecer flutuando no ar.

            -Héstia, até onde eu saiba as salamandras de fogo não sabem nadar, então ou você nos ajuda ou irá tomar um baita de um banho sua criatura imunda.

            Ao encarar a mais velha Héstia disse.

            -Mas é claro que eu ajudo, afinal de contas descobrir quem comeu o biscoito de uma criança é mais importante que a paz mundial, e a lendo mais, é como dizem, as crianças são o futuro da pátria. E que futuro a pátria vai ter tendo Doby como criança. –Ela disse esse ultimo em tom de sussurro.

            -Como é que é? –Disse a ninfa furiosa.

            -Nada não, eu dizia que é melhor irmos logo, vai se o ladrão resolve sai do país.

            -Eu amo vocês tia Neify e tia Héstia. –Disse Doby feliz, abrasando A ninfa e indo de encontro com a salamandra.

            -Eca. –Disse Héstia. –Estou tendo contado direto com uma criança élfica.

            -Não a abraça Doby, você pode pegar alguma doença. –Disse Neify puxando o garoto.

            Após Neify descer o pequeno Elffo e ver Héstia se laçando e sendo segurada por chamas tocando o chão assim em segurança ela disse.

            -Então minha criança, você tem algum suspeito?

            -Claro. –Disse Doby. –Salem, o gato diabólico de papai. –Ele terminou de falar com os olhos semicerrados.

            -E por que um gato comeria biscoito, ele não tem a ração dele? –Disse Héstia.

            -É por que ele é um demônio, ele não tem um proposito para viver, ele vive apenas para me atormenta.

            Doby começo a anda marchando em direção à cozinha, Salem provavelmente estaria deitado por lá.

            -Quando vai ver isso, o gato é a criatura mais gentil do mundo. –Disse Héstia para a outra.

            -Ou isso, ou ficaremos ouvindo o choro dele até nossos mestres voltarem. –Neify respondeu.

            -Salem. –Gritou Doby. –Foi você quem comeu meu biscoito não foi???

            O gato abriu o olho e olhou direto para a pequena criatura verde voltando a dormir em seguida.

            Salem era um gato preto de olhos amarelos, seus pelos eram grandes dando-lhe um ar de fofo.

            -Não me ignore sua criatura do capeta. –Gritou o elffo furioso. –Assuma que foi você quem comeu meu biscoito seu desgraçado.

            O gato se levantou e encarou Doby nos olhos, metendo a pata na criaturinha a fazendo voar, voltando a dormir logo em seguida.

            -Olha seu. –Disse Doby furioso.

            -Calma a ir criatura feia. –Disse Héstia segurando Doby pela camisa.

            -Ela tem ração Doby, levando em consideração que Salem estava dormindo quando você chegou e levando o estado como ele ficou quando você o acordou, provavelmente ele estava dormindo já faz um longo tempo.

            -Vendo por esse lado. –Disse a criança se acalmando. –Isso significa que quem comeu meu biscoito foi um dos malditos gnomos que vivem no jardim. –Ele se soltou de Héstia e saiu correndo para fora da casa.

            -Por que algo me diz que os gnomos do jardim não são nada amigáveis.

            -Relaxa. –Disse Neify. –Quando vai vê isso os gnomos são de pedra e estão lá apenas como item de decoração.

            Héstia revirou os olhos em concordância e ambas saíram à busca de Doby.

            Andes de chegarem ao jardim elas ouviram Doby gritar.

            -Tia Héstia, ele querem me matar.

            Ao verem a criança élfica, ambas começaram a rir, Doby havia provocado um grupo de gnomos vermelhos e o mesmos estavam usando de fragmento de rocha para ataca-lo.

            -Espera. –Disse Neify. –Por quer ele gritou pedindo a sua ajuda?

            -Pensei que fosse obvio, eu sou a tia mais foda dele.

            -Mas você nem gosta dele.

            -É? Enfim, ele não precisa saber. –Disse Héstia indo de encontro com os gnomos.

            -Eu vou contar. –Disse Neify serrando os olhos.

            Uma rachada de chamas tomou conta do corpo da pequena salamandra e a mesma cresceu de uma forma surpreendente, adquirido o corpo de um ser humano com língua de serpente.

            -Vocês mexeram com o sobrinho errado. Chamas de outrora. –Pronunciou Héstia fazendo uma forte rachada de fogo saírem de suas mãos.

(...)

            -Acho que você pegou pesado com eles. –Disse Neify olhando os gnomos nocauteados.

            -Mas eles mereceram. –Disse Doby. –Eles que começaram a me atacar sem motivos.

            A ninfa encarou o pequeno e disse.

            -Doby, o que você disse antes dele começarem a lhe atacar?

            -Nada, eu só disse o que ouvi umas crianças falarem ao sai da escola.

            -Que seria? –Insistiu a ninfa.

            Doby engrossou a voz e disse.

            -Iae seus putos, quem de vocês seus filhos de uma vaca entrou em minha casa e me roubou? Seus bandos de arrombados!

            Neify ficou sem chão e a única coisa que conseguiu pronunciar foi.

            -Santo Deus.

            Héstia assoviou e disse.

            -Essa foi de mais até pra mim.

            -Eu disse alguma coisa de errado? –perguntou o elffo.

            -Não é isso, a gente só vai falar com o jovem mestre para lhe proibir de ir à escola. –Disse Neify colocando a mão na cabeça.

            -Mas ele não me deixa ir. –Disse Doby com um sorriso e com um brilho nos olhos. –Eu saiu escondido quando ele está dormindo ou quando ele me deixa sozinho tomando conta do gato.

            -Isso explica muita coisa. –Movendo as mãos Neify retirou agua do ar e a envolveu no corpo dos gnomos, a fazendo brilhar, os curando em seguida. –Doby, persa desculpas pelos xingamentos.

            -Desculpa tios do jardim.

            -Héstia sua vez agora. –Disse a ninfa encarando a mais nova.

            -Por quer? –Questionou a criatura do fogo.

            -Por ter atacado eles sem saber o motivo.

            -Eu nã...

            -Agora. –Gritou Neify invocando uma enorme bola de agua.

            -Desculpa, desculpa, desculpa. –Dizia Héstia de joelhos perante as criaturas de cor vermelha.

            Um dos gnomos, provavelmente o mais velho se aproximou e perguntou.

            -Se me permite perguntar, mas qual foi o porquê de tudo isso?

            -Estamos investigando em busca de descobrir quem poderia ter pegado um biscoito que estava sobre a mesa. –respondeu Neify

            -Compreendo. –Disse o ancião vermelho. –Mas nos não entramos na casa de Lorde, às vezes ele vem até o jardim e nos trás nozes, castanhas e algumas bebidas, conversa um pouco conosco e entra para de volta para casa, mas nunca entramos em sua casa, então é praticamente impossível termos pego o biscoito de Doby.

            -Entendo. –Disse Neify. –E mais uma vez, desculpe-nos pelo importuno.

(...)

            -Eu desisto, já falamos com todos nessa casa. –Disse Neify.

            -Nós não podemos parar até que o culpado seja punido. –Disse Doby.

            -Talvez Swan tenha comido, quando ela chegou deve ter pegado colocado na boca e saído, afinal de contas ela deveria está com forme, sei lá.

            -Minha senhora não comeu o biscoito. –Disse Héstia.

            -E como você saberia disso? –Perguntou o menor.

            -Bom, é, bom.

            -Héstia. –Disse Neify furiosa. –Não me diga que passamos por tudo isso e no fim foi você quem comeu o biscoito de Doby.

            -Bom, eu ia dizer, mas você disse que era melhor investigarmos, ou ele passaria o dia todo chorando, ai veio às ameaças com a agua e eu acabei esquecendo de conta.

            -Você esqueceu de dizer que foi você quem comeu?

            Varias bolas de agua surgiram no ar.

            -Se eu force você Héstia eu começaria a correr, e a correr muito.

            A salamandra saiu correndo o mais rápido possível desviando das diversas bolas de agua que Neify atirava nela.

            Enquanto isso Doby se distraiu com uma folha de papel e esqueceu totalmente do ocorrido.

J. Aeff