I
O
sol ardente, o som do oceano à tona, eram oito horas da manhã, e a vida no
litoral de Washington estava sendo retomada.
-Senhora Christie, acorde. –Falava um agente federal.
-Hmmmm... –Disse uma garota deitada na areia da praia.
–Mamãe.
O agente revirou os olhos e disse.
-Você está bêbada?
A garota o encarou e disse.
-E você está feia, agora me deixa dormir, Mãe.
-Lucy Christie, você está presa.
A garota abriu um olho para encará-lo.
-Seiii...
-Por deus levem-na. –Disse o agente.
Dois oficiais a ergueram e após algemá-la, levando-a para
o carro.
-Me soltem quero minha mãe, minha calça tá incomodando eu
acho que estou sem calcinha me soltem seus tarados! Eu quero minha calcinha. –A
garota de cabelos extremamente bagunçados e com roupas rasgadas e sujas foi
jogada dentro da viatura.
Lucy olhou para os oficias sentados no banco da frente e
disse.
-Eu estou com forme, vocês tem rosquinhas?
O oficial a encarou, mandando-lhe se calar com o olhar.
-Eu soube que vocês amam comer rosquinhas, me falaram que
vocês comem de todos os tipos, é verdade que vocês queimam ela? –A garota
perguntou com um tom irônico.
-Por Deus, cale essa boca. –Gritou um dos oficias.
-Uiii, a mocinha se ofendeu.
Levou algum tempo até chegarem à sede, e em todo esse
tempo a garota não se calou.
-Senhor. –Disse o agente que acordou a garota na praia.
–Essa é Lucy Christie, a garota.
Um jovem e belo sentado numa cadeira por trás de uma mesa
de escritório encarou a jovem e disse.
-Senhorita Christie, você sabe por que está aqui?
A garota sorriu maliciosamente e balançou a cabeça
negativamente.
-Você violou mais de vinte leis de nível federal ontem à noite.
-Sério?! Não lembro.
O oficial respirou fundo e virou a tela de seu
computador, mostrando uma edição feita nas filmagens das diversas câmeras de
segurança espalhada pelo estado.
As câmeras gravaram a jovem, praticando vandalismo,
dirigindo em alta velocidade alcoolizada, portando armas, usando drogas, como cannabi,
e êxtase.
-Isso sem contar que você envolveu a filha do governador
em sua noitada. –O oficial a encarou e disse. –Você não é menor de idade, outra
pessoa em seu lugar seria presa pro muito menos.
A garota se levantou e disse.
-Mas como não sou, e tenho carta branca.
-Você quer dizer, tinha carta branca. –Corrigiu lhe o
oficial.
-Não entendi. –Disse Lucy confusa.
-Você disse que tinha carta branca, mas não estou vendo
seu imbrama.
A garota olhou em suas roupas e colocou as mãos no bolso
à procura de algo.
-Acho que você perdeu seu senso de humor, suponho. –O
oficial disse, mostrando-lhe um pequeno broche de ouro.
A garota o encarou com um biquinho e disse.
-Se eu fosse você me devolveria isso, foi ELE quem me
deu, e eu acho que nem você e nem o estado ou o país, gostaria de comprar briga
com ELE.
-Acho que você não entendeu sua situação, garota!
Lucy apenas sorriu,
provocando-o.
-Você não tem mais carta branca, e acho que ELE não
perderia seu tempo com você. Senhorita Christie, você está em nossa jurisdição,
e vai fazer o que eu mandar se quiser seu broche de volta, caso contrario...
-Caso contrário, você vai me algemar e miar em cima de
mim? Miau. –Ela disse o interrompendo.
-Caso contrário, eu mando derreter essa sua carta branca
com um maçarico e lhe jogo atrás das grades, onde nem ELE podeá lhe tirar, sabe
por quê? Porque ele não se envolve com casos civis ou jurídicos, ou até mesmo
com o governo, então se você quer se safar dessa e recuperar seu brasão, vai
fazer o que eu mandar.
-E o que você quer? Brincar com um novelo de lã, gatinho?
–Ela disse sem levar a sério as palavras do agente do FBI.
Ele revirou os olhos e disse.
-Eu quero que você trabalhe em um caso chamado Ao Pó.
-E o que seria isso.
-Algumas pessoas desapareceram misteriosamente, e
queremos que você as encontre ou encontre a pessoa por trás disso.
-Se eu encontrar o responsável, você me devolve o broche?
-Exatamente.
-E quanto à minha calcinha, eu ainda estou sem ela.
-Pelo amor de deus, você deve ter pedido com alguma das
centenas de pessoas que você se deitou ontem.
-Como ousa fala assim com uma dama, para seu governo eu
ainda sou virgem.
-Me poupa Lucy Christie, pelo seu histórico, você não é
mais virgem nem de orelha.
-Magoou agora, você tá me chamando de puta?
O agende revirou os olhos e mandou seus oficias a
levarem.
II
-Essas são as pessoas desaparecidas. –Disse uma mulher
para Lucy.
-Hmmm... Qual o seu nome mesmo? –A garota perguntou sem
nem olhar direito para as fotos na parede.
-Bem que eles me falaram que você é complicada de se
trabalhar, eu sou a agente Eva. Sou perita do FBI, agora que você sabe meu nome,
vamos voltar ao trabalho. –Eva voltou sua atenção para o quadro. –Essas pessoas
começaram a desaparecer há pouco mais de um mês, eles não têm nenhuma ligação
entre si, a não ser o fato de todos serem bem sucedidos, a maioria são
executivos em empresas governamentais e outros são donos de empresas, ou
editores de revistas.
-E como eles desapareceram?
-Não sabemos.
-E como vocês sabem que os desaparecimentos deles estão
relacionados?
A agente Eva encarou a garota e disse.
-Porque houve uma assinatura.
Lucy apenas coçava o nariz não demostrando muita
surpresa.
-Bom. –Disse Eva um pouco incomodada com a atitude
peculiar da garota. –Em todos os casos as mãos das vítimas foram deixadas para
trás.
-Bem medieval.
-Como?
-Quando alguém roubava na idade média, na verdade bem
antes da própria idade das trevas, os ladrões eram punidos tendo as mãos
decapitadas.
-Tá. –Disse Eva. –Descobrimos que os cortes feitos para
decapitar as mãos das vítimas, foram feitos por uma lâmina específica. –Ela
disse apontando para uma foto especial. –Uma espada de lâmina feita de prata,
pesquisamos e descobrimos um fornecedor no estado, e temos uma lista com cinco
nomes, a pessoa que fez as espadas era um artista e ele não faz obras
repetidas, e de acordo com ele foram feitas cinco espadas, contendo em cada uma,
desenhos diferentes, como a serpente, o rato, o trigue, o peixe e a fênix.
-Tenho uma pergunta. –Disse Lucy.
-Diga.
-Se vocês já descobriram tudo isso. Por que precisam de
minha ajuda?
-Devido as suas habilidades de interação com as pessoas
que não prestam, e suas agilidades como espiã.
-Foi porque vocês usaram o dinheiro em alguma
investigação desnecessária e tem que economizar agora, não é mesmo?!
-É. Ele tem que repor o dinheiro antes que o estado
descubra
-Foi o que pensei.
-Então, vamos?
-Você vai comigo?
-Claro, tenho que garantir que você não fuja.
-Sensato da parte dele, mas ele está com algo que é meu,
e eu não vou embora sem. –Lucy disse encarando a sua nova companheira. –Eu
preciso de um celular de última geração com os dados desse painel nele.
-O.K. Mas por que de última geração? Você não vai
devolver, não é?
-Não mesmo.
-Foi o que pensei.
III
-De acordo com os dados que você me entregou. –Disse
Christie. –A pessoa mais próxima que possui um das espadas é o senhor Poe, o
que possui a espada do trigre.
-De acordo com os registros. –Eva começou. –Ele é dono de
uma loja de penhores e é viciado em arte, aparentemente tem vários itens de colecionador.
A agente Eva era uma mulher que já passava de seus
trintas anos de idade, possuía um rosto um pouco arredondado, era de porte
médio, tinha cabelos longos e escuros e seus olhos eram castanhos.
Elas
desceram do carro e entraram na loja de penhores, encontrando um homem de
cabelos grisalhos e pele enrugada por trás do balcão.
-Bom dia. –Disse ele. –No que posso ajudá-las?
-Estamos procurando algo exótico, como uma espada,
soubemos que o senhor possuía uma em especial. –Eva olhou ao redor e disse ao
ver a espada sobre a cabeça do senhor Poe. –Aquela, se não me engano é uma
espada feita pelo artista Guilherme, suponho.
-Oh sim! Mas ela não está à venda, ela pertence a minha
coleção, mas eu tenho várias outras espad...
-Oras me poupe. –Disse Lucy retirando algo do bolso de
agente federal. –Somos do FBI e exigimos ver a porcaria daquela espada agora.
–Disse ela mostrando o distintivo da outra.
Sem esperar pela resposta do dono da loja Lucy pulou o
balcão e retirou a espada da parede e em seguida da bainha.
-Não, não foi ele. –Disse ela. –A espada dele não foi
usada, e como ele não é um samurai para saber usar essa porcaria para cortar
ossos humanos sem danificar ou ao menos arranhar ou marcar a linha da espada,
não foi ele. –Ela colocou a espada sobre o balcão e pulou novamente indo em
direção à saída da loja. –Pode continuar vendendo suas porcarias, velhote.
Vamos Eva, temos que ir atrás de mais quatro pessoas.
A perita estava em choque diante do comportamento da mais
nova, e a única coisa que ela conseguiu fazer foi se desculpar com o dono do
estabelecimento.
-Desculpe pelo ocorrido, Senhor Poe. –Ela disse já saindo
da loja.
-O que foi aquilo lá dentro? Espera. O que é isso em suas
mãos? Você roubou o senhor Poe? –Ela disse olhando algo nas mãos da mais bela.
-Relaxa, ele não vai sentir falta, é apenas um antigo
carimbo pirata, ele nem sabia para quer servia, ele estará melhor em minhas
mãos. –Lucy disse entrando no carro.
-A próxima pessoa é Angelina, Ela possui a espada do
rato. –Eva disse tentando romper seu nervosismo e frustação. –Ela é
desempregada e ganha a vida vendendo quadros.
-Uma Artista, nossa que legal. –Disse a garota
ironicamente.
Não demorou muito e as duas estavam em frente a uma casa
japonesa antiga cercada, por algumas árvores, bambus, flores silvestres e
algumas rochas e dunas de areia.
Ao atravessarem o portão da frente elas, avistaram uma
jovem empunhando a espada e cortando alguns bambus.
-Senhora Angelina? –Disse Eva.
A garota abaixou a espada e encarou as duas que se
aproximavam.
-Somos do FBI. –Disse a perita. –Teria um minuto?
-Mas é claro oficial, no que posso ajudar. –Gostaríamos
de ver sua espada.
-E do que se trata?
-Estamos apenas em uma investigação de rotina, e queremos
saber sobre a espada do rato de Guilherme.
-Claro, entrem, vou servir um chá.
-Obrigada, mas...
-Eu adoraria, estou com sede. –Disse Lucy acompanhando a
jovem anfitriã.
Eva revirou os olhos e seguiu as outras duas.
Após servirem chá para as duas oficias Angelina disse.
-O que gostaria de saber sobre minha espada?
-Por que a comprou?
-Por passa tempo, quando não estou pintando, estou
treinando a arte da espada, mas na verdade não fui eu que a comprei, eu sempre
treinei com uma espada de bambu, mas meu pai pouco antes de falecer encomendou
a espada com Guilherme para me presentear, mas nunca chegou à pega-la, então
pouco tempo depois que ele faleceu, Guilherme me ligou e me disse que meu pai
tinha lhe comprado uma espada e que ela estava pronta, então fui lá e a peguei,
por ser de prata ela é bem leve e fácil de manusear, sabe não tenho muita força
física. –Disse ela rindo.
Eva sorriu, mas logo parou ao ver que Lucy estava andando
pela casa. Ela deixou sua xícara de bambu sobre a mesa e foi até ela.
-Com licença. –Disse ela para a anfitriã e foi em direção
a mais nova. –Não ouse roubar essa também.
-Relaxa, ela não tem nada de valor aqui.
Eva a encarou e voltou para perto de sua anfitriã.
Lucy chegou perto de um dos quadros pintados pela usuária
da espada do rato e colocou o dedo sobre ele o fazendo cair da parede.
O barulho do quadro caindo ressoou pela casa, chamando a
atenção das outras duas.
-O que foi que você fez? –Eva disse se levantando. –Nos
desculpe Angelina.
-Foi sem querer. –Disse Lucy com cara de cachorra pidona.
A agente a encarou. Eva sabia que havia sido de
propósito. Ao perceber que a agente a conhecia muito bem apesar do pouco tempo,
Lucy deu um sorriso malicioso e se distanciou da bagunça que causou com as mãos
no bolso.
-Entendo. –Disse Angelina se aproximando. –não se
preocupe. –Ela disse para Eva. –Fui eu que o pintou, não vale muita coisa.
A perita respirou fundo e disse segurando forte no braço
de Lucy.
-Mesmo assim lhe peço desculpas, Angelina. –Ela começou a
puxar a garota pelo braço. –È melhor irmos, obrigada pelo chá, estava ótimo.
Ao chegarem à rua, Lucy disse.
-Me solta você está me machucando.
-Qual é o seu problema, garota! –Erva disse chateada. –Eu
sei que você não queria está aqui, mas já que não quer colaborar ver se não
atrapalha.
-Gente, ela está chateada, o biquinho que você faz quando
está com raiva é bonitinho. –Lucy disse começando a rir entrando no carro em
seguida.
-Para onde agora? –Erva perguntou tentando se acalmar
entrando no carro.
-Não faço ideia. –Lucy respondeu.
-E o que você está fazendo como celular?
-Você disse que não era para eu me meter, então estou
marcando um encontro.
-Fala sério, garota. –A agente federal havia perdido o
controle. –Você pode agir com maturidade apenas uma vez na vida?!
-Claro que posso, quando é que aquele seu chefe gato
pretende me levar pra cama, com ele eu seria bem adulta.
-Eu vou me matar. –Disse Eva começando a chorar.
-Ótimo, porque a pessoa que possui a espada do peixe é um
agente funerário, a gente aproveita e manda ele te embalsamar, assim nós não
perdemos muito tempo.
IV
A casa funerária era realmente grande, sua estrutura, era
medieval, era toda feita de madeira, e os móveis eram bem rústicos.
-Senhor James, meu nome é Mary. –Mentiu Eva. –essa é
minha colega Samanta. –Mentiu novamente. –Esmamos cursando o curso de
jornalismo, e estamos aqui para fazemos uma pesquisa voltada a área fúnebre. Se
não estivermos lhe atrapalhando, o senhor poderia nos mostrar e falar um pouco sobre o seu trabalho?
-Mas é claro. -Respondeu ele.
Diferente de Poe, James era jovem e forte.
Ele mostrou a casa funerária e falou sobre seu trabalho,
enquanto Eva prestava atenção em tudo Lucy, se esforçava para não cair no sono.
-Aqui é onde embalsamamos e ali é onde incineramos os que
nos pedem.
Lucy olhou para a fornalha e semicerrou os olhos.
-Eu prefiro a velha tradição de devolver o corpo a terra,
do pó ao pó. –Ela disse encarando o agente funerário, atraindo a atenção de Eva
para si.
-Concordo com você senhorita. –Disse James. –As velhas
tradições não morrem, mas há quem queira cremar seus familiares, pelo fato de
ser mais prático, para guardar, ou para espalhar em algum rio ou bosque.
-Compreendo. –Disse ela por fim.
Ao voltarem ao escritório, Lucy disse.
-Aquilo em cima da prateleira de livros, é uma espada de
verdade?
-Oh sim! –Disse James indo até a espada e a retirando da
bainha. –Ela foi feita por um artista famoso, ela possui o desenho do peixe
entalhado nela, eu a comprei porque o peixe significa passagem espiritual, ao
menos é o que meu filho de doze anos diz. –Ele deu uma leve risada. –Achei
apropriada para colocar em uma funerária, sabe, como decoração.
-Ela é linda, posso vê-la? –Lucy perguntou.
-Mas é claro. –Disse ele entregando a arma branca para a
garota.
Ao tocá-la, Lucy ficou séria e devolveu a espada ao seu
dono.
-Ela é de fato perfeita, e está bem polida, você a usou?
-Por que eu usaria uma espada, eu apenas a poli para
evitar a ferrugem.
-Mas ela é feita de prata, prata não enferruja.
-Bom saber disso. –James começou a rir. –Eu acho que
acabei esquecendo. Tem mais alguma coisa que vocês queiram saber sobre minha
profissão?
-Não. –Respondeu Lucy seria. –Acho que é tudo, muito
obrigada.
Eva apenas observava a postura da outra em silêncio e a
acompanhou quando a mesma começou a sair.
-Espada de fênix, está em um escritório de advocacia na
zona norte e pertence a um a advogado chamado George. –Disse Eva logo após
entrar no carro.
-E a da Serpente?
-Pertence a duas irmãs, Rose e Mary, elas são donas de um
ateliê.
-Vamos até elas. –Disse Lucy.
-Por quê?
-Acho que já resolvi o mistério.
-Como?
-As espadas têm uma simbologia por trás de casa desenho,
como James disse, o Peixe representa a passagem espiritual, o trigre representa
a escolha, o poder, já o rato a sabedoria a inteligência, a fênix o
renascimento, e a serpente...
-A traição?
-O poder. –Lucy corrigiu.
-Não entendi. –Eva falou confusa dando partida no carro.
-Você vai entender em breve. –Lucy disse de cabeça baixa,
encarando o objeto que roubou da casa de penhores do senhor Poe.
V
-Com licença, senhoras P.? –Lucy perguntou as duas
senhoras.
-Sim? –Respondeu uma delas.
-Lucy Christie, essa é Eva Home, estamos a serviço do
FBI, vocês teriam um minutinho?
-Mas é claro. –Falou uma que estava de óculos escuros
dentro do salão do ateliê. –Meu nome é Rose aproposito.
-No que podemos ajudar. –Disse Mary.
-Gostaríamos de ver a espada feita pelo renomado artista
Guilherme.
As irmãs se encararam, mas por fim levaram as duas até o
escritório onde estava a espada. Ao pegá-la, Lucy disse.
-Como imaginei. –Ela ergueu a espada para que as outras
três pudessem ver. –Cada espada é diferente uma das outras, Guilherme as forjou
com um propósito de serem únicas.
-Claro. Nenhuma das suas obras é idêntica às outras.
–Disse Rose.
-Eva preste atenção, a espada da serpente tem lâmina como
as demais, mas a diferença que ela tem das demais além dos desenhos é que a lâmina
para onde a cabeça da serpente aponta está envenenada.
-E como você sabe?
-Bom, Acabei de cortar-me nela. –Lucy falou desmaiando.
VI
-Você poderia ter morrido se a agente Home não tivesse me
ligado imediatamente. –Disse um médico de idade avançada.
Lucy ignorou o que o velho havia dito e se dirigiu as
donas do ateliê.
-As senhoras conhecem alguma dessas pessoas? –Ela disse
mostrando as fotos das pessoas desaparecidas?
-Sim. –Disse Rose. –Esse é editor de uma revista de
famosos, ele já esteve aqui em uma exposição e esses foram júris de um concurso
cultural.
-E esse? –Disse Mary. –É um empresário famoso no mundo da
moda.
-Espera. –Disse Eva se aproximando. –Vocês conhecem todos
eles?
-Claro. –Disse as duas formando uma só voz.
-Eles têm uma coisa em comum. –Disse Lucy.
Erva a encarou.
-Todos eram “ladrões”. –Lucy falou a última palavra
fazendo um sinal de aspas com os dedos. –Lembra que te falei que o ato de
arrancar as mãos era algo feito com os ladrões em épocas antigas? Há um motivo
para que os corpos nunca forem encontrados, eles foram cremados.
-Você está dizendo que o responsável é James?
Lucy apenas sorriu e concordou.
VII
-Angelina, você está presa por assassinato. –Lucy disse
mandando os oficias a prenderem.
Eva a encarava com uma expressão de raiva.
-O que foi? –Christie perguntou.
-Você disse que quem era o responsável tinha sido James,
e por sua culpa passei vergonha na frente de meu superior.
-A culpa não é minha de você ser tão burra vadiazinha,
sabe, eu uso drogas, minto, roubo, você não deveria acreditar em uma pessoa que
faz tudo isso na maior cara limpa.
-Vaca. –Disse a Perita.
Lucy sorriu e voltou a falar só que agora olhando para o
homem que lhe obrigou a aceitar aquela missão.
-A senhora Angelina logo após ser ridicularizada por um
júri, que disse que sua arte era uma porcaria, recebendo críticas negativas por
uma revista nacionalmente conhecida, sendo humilhada por estilistas e por donas
de ateliê, ela se irritou e resolveu se vingar, claro que a algumas pessoas que
não se encaixam nos padrões da arte, como alguns empresários, e foi por isso
que o FBI não conseguiu fazer uma conexão entre eles, a senhorita Angelina não
matou apenas as pessoas que se negaram a ver seu talento, mas as pessoas que de
acordo com o pensamento dela machucou seu pai. –Lucy respirou fundo antes de
prosseguir. –Ele era dono dessa casa, e o mesmo a usava para dá aula de artes
marciais, e teve seus negócios arruinados por empresários, que abriram escolas
e academias maiores e modernas. Angelina foi ensinada que os ladrões deveriam
ter as mãos amputadas, e foi por isso que pouco antes de morrer ele a comprou
uma espada, para que a mesma pudesse fazer justiça e vingá-lo, e foi o que ela
fez, o vingou e começou a se vingar. Suas próximas vítimas seriam provavelmente
as irmãs donas da espada da serpente.
-E onde ela escondeu os corpos?
-Como eu disse à oficial Eva, os corpos foram cremados,
essa é uma casa típica japonesa e tem uma sala usada para banhos à base de
lenha, ela a usava em vez de ferver a água, para queimar os corpos, ela obviamente
fez uma adaptação para tornar uma
fornalha e poder usá-la normalmente sem levantar suspeitas.
-Isso é mentira. –Disse Angelina. –Eu não fiz isso, pelo
amor de Deus, vocês tem que acreditar em mim.
-Nós acreditamos, Querida. –Disse Lucy com ironia. –Vadia
de quinta, onde eu estava? Ah é, logo após os corpos virarem cinza, ela os
misturava a suas tintas e as usava na criação de quadros, o esconderijo
perfeito, não?! –Disse Lucy se aproximando de uma das telas. –Se eu não fosse
uma viciada em pó, nunca teria percebido que havia um pouco misturado a tinta.
–Ela olhou para o agente responsável pelos federais e disse. –Seu caso está
encerrado, agora devolve meu broche seu veado ladrão de calcinhas.
-Céus, eu não peguei sua calcinha. –Disse ele. –Aqui está
a porcaria de seu broche. –Disse ele entregando o pequeno objeto de ouro para a
garota. –Rapazes levem-na presa. –Ele disse para os oficias que estavam com
Angelina. –Vamos acabar logo com isso, não suporto mais ouvir essa garota.
–Disse o Agente por fim se retirando da sala.
Lucy já estava na rua quando foi parada por Eva.
-Espera. –Disse ela. –Para onde você vai? Gostaria de jantar
em minha casa hoje?
-Desculpa. –Disse Lucy. –Mas pretendo dormi cedo, tive
uma noite horrível que foi seguido por um dia horrível, e amanhã eu terei que
me encontrar com uns amigos perto do litoral, fica pra uma próxima. –Ela disse
voltando a caminhar.
-Claro. –Eva disse, vendo a outra se afastar.
J. Aeff
Gostei muito da historia, apesar de marrenta a Lucy é incrível nas investigações
ResponderExcluirSer marrenta é um fato, eu a criei com o objetivo de ser louca e essa loucura cativa a vocês meus amados leitores, fico feliz que tenha gostado rsrs um abraço.
ExcluirCara como você consegue criar esse tipo de história. Não tem condição👏👏👏
ResponderExcluirIsso é algo que nem eu sei responder kkk
ExcluirLucy é doidinha kkkk muito boa essa história.
ResponderExcluirdoidinha é pouco kkkkkk
ExcluirKkkkkkk Lucy é muita resenha... kkk cadê a calcinha dela??kkkk Ela lembra bia lá da sala kkk
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, meu Deus kkk, sem citar nomes kkkkk mas é
ExcluirKkkk ops!
ResponderExcluirKkkkk Lucy vc acaba de ganhar uma fã!!! E essa inteligência? Mds amei a história, resenha qnd ela chama Angelina de Vadiazinha!!! 😂😉😉😉😉
ResponderExcluirmds kkkkkkkkkkk
ExcluirKkkkkkkkk adorei o jeito de Lucy,as histórias que você cria e os personagens são incríveis👏👏
ResponderExcluirmuito obrigado, tendo dá o meu melhor.
Excluirfico feliz q esteja gostando minha cara.
Gostei muito foi muito engraçada e incrível otíma historia a Lucy e bem engraçadinha e irônica mas ue ela consegui encontra a assina na historia mas ela não encontrou a calcinha dela meu deus kkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluire o pior de tudo e porque logo no começo fiquei com fome por causa do começo 'O sol alpino' mi lembrou do nome do meu chocolate favorito Chocolate alpino kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkk
ExcluirLucy é um pouco louca isso é um fato, creio q devo contar logo onde a calcinha dela está, ou vocês leitores vão me matar.
PS: desculpa ter lhe deixado com fome, fico lhe devendo uma caixa de chocolate rs
Um eterno abraço de seu amado J. Aeff